maio 2010 - ††† Universo Sobrenatural †††

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sábado, 8 de maio de 2010

Suposta foto do demônio

14:14 2
Fatos
No dia 27 Setembro de 1998, é encontrado um cadáver, muito bem conservado. A primeira vista uma menina vítima de um estupro, recente, com aproximadamente 12 anos de idade. Após uma primeira análise feita pela polícia técnica da cidade, constatou-se que alguns dos objetos pessoais da menina tinham mais de 30 anos. Isto chamou a atenção de uma Universidade Inglesa, que com uma parceria com a polícia local, foi feita uma exumação do corpo.
Feita a análise de DNA, seguida de minuciosos exames, foi constatado que o corpo havia sido conservado, inexplicavelmente, por mais de 30 anos. Foram averiguados todos os crimes ocorridos nesta época mas nenhum bateu com a fisiologia da menina em questão. Porém descobriu-se que ocorreu neste período um desaparecimento de uma menina de dentro de um colégio de freiras, próximo ao local onde o corpo havia sido encontrado.


Foi então feita uma pesquisa nos arquivos da escola para tentar explicar o estranho acontecimento. A menina chamava-se Marian Melisa Taylor e seus arquivos indicavam a data de seu nascimento no dia 6 de junho 1950. Seu desaparecimento no dia 24 de junho de 1962 . No meio dos arquivos da menina em questão, foi encontrada uma foto com a data no seu verso. Porem esta foto estava em péssimo estado, e foi necessário um espectrografia digitalizada a fim de recuperar a foto.
Para espanto dos que estavam fazendo um trabalho de recuperação nesta foto, a menina apareceu despida, com um vulto inexplicável atrás, como se tivesse puxando-a para dentro de uma sala e ela tentando fugir. Porem na foto original, percebia-se claramente a presença da vestimenta tradicional para uma estudante em um colégio de freiras para a época. Um vestido longo, azul marinho, com a cruz de Cristo no peito. E nenhum sinal de vulto algum.
Descobriu-se também que na noite do dia em que a foto foi tirada, a menina desapareceu. Após a foto ter tomado seu formato atual, foram extraviadas inexplicavelmente as outras fotos da menina de dentro dos computadores da universidade e da policia, inclusive a foto original que foi scaneada para que pudessem ser feitos os estudos.
Professores e Mestres de computação gráfica que trabalhavam no caso, não souberam explicar como a foto original transformou-se tão drasticamente. Tentou-se em vão retroceder o processo e chegar a foto original.



Curiosidades
Na foto original afirmam que a postura da menina era normal de quem esta posando para uma foto, com os pés juntos e o vestido longo deixando apenas as sapatilhas de fora.
Algumas pessoas não vêem a imagem da menina, mas vêem a imagem do demônio atrás dela
Outras dizem ver a imagem se movimentando, como se tentasse fugir do satanás. (Essas pessoas após verem a foto tiveram algum parente próximo, geralmente uma filha ou irmã, vítima de violência sexual seguida de homicídio ou simples desaparecimento).


Vejam estes dados matemáticos
A menina foi encontrada 36 anos depois (3+6) = 9
O ano que ela desapareceu foi (1962) = (1+9+6+2) = (1+8) = 9
Numero da Besta (6+6+6) = (1+8) = 9
Agora vamos pegar um número de cada, obteremos o 999
A data cujo ela foi encontrada 27/09/1998 (2+7/9/1+9+9+8) = 9/9/9
Sua foto apareceu misteriosamente com a photopolaridade magnética invertida, ao fazer uma rotação de 180° com os números duplamente encontrados acima "999" encontraremos o número 666, o numero da Besta
O ano que a menina foi encontrada, 1998 que é igual a 3 vezes o numero da Besta 666
A data de nascimento da menina 6 de junho 1950 (6/6/1+9+5+0) ... (6/6/6) ... 666
A data que a menina desapareceu foi 24/06/1962 (2+4/6/1+9+6+2) ... (6/6/6) ... 666
O numero de letras do nome dela Marian(6) Melisa(6) Taylor(6) ... Reparem o número novamente!
O dia em que a menina desapareceu 24 subtraído da data de seu nascimento 6 = 18
3 x 6 = 18 ou escrevendo 3 x 6 de outro modo 6+6+6.
Não seria tudo isso muita coincidência?


Dados
Esta matéria foi tirada de um site de Satanismo hospedado na Inglaterra, que hoje não existe mais. Dizem que a mulher que o fez, sumiu de circulação da Internet e desde então nunca mais se ouviu falar dela. Alguns afirmam que ela ficou louca e suicidou-se, outros que a menina veio busca-la. Algumas pessoas ligadas fortemente ao espiritismo, não tem duvidas em afirmar que a mulher era a própria menina, vinda em forma de um espírito que utilizou o meio de comunicação mais difundido nos dias de hoje, pois teria feito um pacto com o Satanás para que ninguém mais duvidasse dos poderes de Lúcifer (Nome do Diabo) em troca de que ela pudesse descansar em paz, por isso ela mesma haveria indicado o local do seu cadáver para que pudessem encontrá-la.

Quero deixar claro que a Assustador.com.br não tem nada com o satanismo ou o sobrenatural do Diabo, e sim pelos espíritos. Apenas obtém informações semanais de vários arquivos e projetos.


Atenção! se não quiser visualizar a foto, retorne!



Cuidado!!!



Eis a foto.



Fonte: assustador.com.br
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Fantasma - Menina em um corredor

14:02 1
Advertências
- Não fixe o olhar na foto;
- Não encare os olhos da menina;
- Se começar a se sentir inquieto "feche" a foto;
- Se sentir uma incontrolável vontade de ficar olhando APAGUE a foto de seu micro.

Origem
Indonésia, durante os tumultos.
Um fotógrafo estava fazendo uma cobertura dos tumultos em um dos prédios localizados na vizinhança da "cena do crime", que também é, por coincidência, um dos locais onde eles tiveram um massacre imenso.
Ele estava tirando uma foto de um corredor vazio e isto apareceu quando os negativos foram revelados.

Fatos
- O fotógrafo que tirou a foto resolveu enviá-la para estudos;
- Um fotógrafo ficou louco tentando estudar a foto por muito tempo;
- O jornal FOLHA DE SP tentou imprimir para utilizá-la em uma reportagem, nada saiu além de um corredor com uma figura borrada e irreconhecível;
- Fotógrafos especialistas dizem que é um caso raro de fotespelhotefacto onde, dependendo do foco, torna disforme outras partes da foto
- Parapsicólogos dizem que é um caso (que nem é muito raro) de Foto da Além Vida, onde podemos ver claramente a forma ainda viva de um espectro (fantasmas para nós leigos)

Comentários
- Várias pessoas dizem que não vêem nada além de um corredor vazio;
- Outras dizem que vêem várias outras figuras (muitas dessas pessoas morreram);
- Outras juram que viram a figura fazendo um sinal como se desse adeus;
- Outras ainda dizem que a figura os chamam;

"Ninguém sabe ao certo o que é verdade (nem mesmo a procedência exata da foto, sendo que o fotógrafo que a enviou preferiu ficar no anonimato), mas também é fato que após o ocorrido no jornal Folha de SP a foto vem sido difundida e muitas outras pessoas criarão outras estórias sobre ela, porém os parapsicólogos advertem pois acreditam que a energia carregada nesta foto trás juntamente a energia da menina que ainda não desencarnou e isso pode trazer vários fenômenos anamnésicos e materiais às pessoas e aos lugares onde está sendo observada (e isso explica as advertências no inicio da página)."

Fonte: assustador.com.br
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S.O.S (Save Our Souls)

13:55 0
Era começo de madrugada na subida da serra de Petrópolis e o carro seguia lentamente pelas curvas fechadas e beiradas dos vários abismos desse trecho da BR-040 que liga a Capital do Brasil ao Rio de Janeiro. Metade da visão que Jeremias tinha era negra, representada pelo asfalto frio e liso e a outra metade era cinza claro representada pelo nevoeiro e a chuva fina iluminada pelos poderoso faróis de sua caminhonete F-1000.

A viagem era solitária. Jeremias voltava do Rio de Janeiro para Juiz de Fora e não querendo passar mais nenhum dia longe de casa, pegou a estrada logo depois do jantar de negócios que o reteve até as 00 horas. A vigem estava atrasada devido ao cansaço de Jeremias e pelas condições de viagem. Seus olhos não desviavam os olhas da estrada pois qualquer descuido poderia ser fatal. Seu rádio estava mudo, talvez pelo mal tempo ou talvez por causas das montanhas da região. Jeremias tentava relaxar cantando uma pequena canção dessas que todos conhecemos. Ele já tinha feito essa viagem centenas de vezes e em condições piores, mas dessa vez algo estava estranho. Parecia que sua adrenalina estava pronta para explodir e que a qualquer momento iria acontecer alguma coisa.

Mesmo sentindo que algo de estranho estava para acontecer, seu coração quase parou quando viu no meio da estrada um vulto branco de formato humano com os braços abertos acenando vigorosamente. Jeremias experimentou um sentimento de pânico com a imagem mas logo viu que se tratava de alguém pedindo ajuda. Jeremias diminuiu a velocidade do carro e viu com detalhes o vulto assim que ele entrou na área iluminada pelos faróis.

A visão foi assustadora. Era uma mulher em trajes brancos e longos. Sua face demonstrava terror e desespero. Seus cabelos terrivelmente desarrumados, sua face pálida como leite a e olhos arregalados eram mais notáveis que as grande manchas de sangue que estavam pelo corpo e na cabeça. A mulher gritava por socorro sem parar. Jeremias ficou paralisado por alguns instantes quando viu aquele quadro tão assustador mas conseguiu respirar fundo e abaixou o vidro do carro. A mulher se arrastava pela lateral do carro gritando e chorando, mas sem conseguir organizar suas palavras. Ela estava em estado de choque.

Jeremias também estava em choque. A mulher parecia um fantasma. Nunca vira uma pessoas em estado tão deplorável. Ele ligou as luzes de alerta da caminhonete e saiu com uma lanterna. A mulher não olhava em seu rosto mas colocava as mãos na cabeça e gritava sem cessar. Jeremias tentava falar com a mulher mas não conseguia resposta. Olhou em volta e reparou numa parte da proteção lateral da estrada completamente destruída. Também conseguiu ver marcas de pneu indo em direção ao local e mato amassado. Jeremias compreendeu no mesmo instante que ali alguém acabar de sofrer um terrível acidente. Correu até a curva e viu no meio da grota que se formava duas pequenas luzes que logo notou serem da traseira de um carro e um grande clarão mais ao fundo do matagal pois os faróis dianteiros também estavam acesos. Se aproximou um pouco no meio da mata e apesar da escuridão, pode notar que um Monza estava com as rodas para cima e bastante danificado.

Quando Jeremias olhou para a parte que seria a cabine do Monza, um calafrio percorreu todo o seu corpo e seria impossível relatar em palavras o pavor e o espanto que Jeremias sentiu quando viu que um segundo corpo de mulher estava dentro no carro destruído. Mas o mais pavoroso de tudo foi constatar que aquele corpo era exatamente o mesmo que estava ao seu lado pedindo ajuda.

Fonte: assustador.com.br
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Não durma!

13:53 0
Samira sempre teve pesadelos. Sempre. Moradora de Israel, ela achava que as guerras freqüentes em seu país fossem a razão deles. Porém, aos catorze anos, ela se mudou para Londres. E foi então que os pesadelos começaram a ficar piores. Toda noite, assim que fechava os olhos, uma criatura lhe aparecia em sua cabeça. Era de forma humana, mas completamente careca, não tinha olhos e sua boca estava costurada em um pavoroso sorriso. Era o seu guia; um dos muitos daquele lugar. E por incrível que pareça, era quem lhe fazia se sentir segura quando caminhava pela terra assustadora dos pesadelos.

A terra era cheia de gritos, horrores e ranger de dentes. Demônios sorriam enquanto espancavam pessoas. Havia cidades, como as nossas, destruídas, onde havia gente ferida correndo e implorando por suas vidas. E pior de tudo, havia o palhaço que dançava e parecia ser o único a se divertir de verdade naquela terra.

Era um palhaço incomum, é verdade. Tinha pernas de bode e a cara pintada como os palhaços.

- Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele à Samira – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma!

Samira sempre acordava em prantos. Freqüentou os melhores psicólogos, participou das melhores terapias, mas nada a impedia de ver seu guia e o palhaço quando dormia. Aquilo a apavorava e causou seus problemas de relacionamento. Era uma pessoa tristonha, que quase não se comunicava e estava sempre na companhia de remédios que a mantivesse acordada. Não valiam muito.

Certa noite dormiu e voltou a seguir seu guia.

- Por que sempre está rindo, se não é feliz? – perguntou ela.

O guia virou sua cara sem olhos para ela, mas nada falou. Era impossível para ele falar. Voltaram a andar no meio do caos, mas, poucos minutos depois, o guia desapareceu.

- Cadê você?

Novamente, não houve resposta. Ela começou a andar, chorando, pois tinha medo. Muito medo. Queria acordar, dizia a si mesma que era apenas um sonho, mas não conseguia acordar.

Ouviu passos. Toc, toc, toc, no asfalto da rua por onde andava. Cascos. Logo o palhaço com pernas de bode apareceu. E ria.

- Boa notícia – disse ele – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra.

Mas Samira correu. Seus cabelos negros e lisos voavam na noite enquanto o toc toc dos cascos a seguia. E ele assobiava, e ria, e chamava seu nome. Até que, cansada, ela caiu. O palhaço então se aproximou, gargalhando.

- Deixe-me ver esses braços.

Com suas unhas, ele cortou os dois pulsos da menina.

- Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá.

Ao ver aquele sangue escorrendo, ela gritou. E fazendo isso, acordou.

Respirou aliviada.

Mas então viu o lençol cheio de sangue. Seus pulsos estavam cortados.

Desesperada, chamou os pais. Samira foi levada a um hospital, onde deram pontos em seus pulsos. Os ferimentos foram interpretados como tentativa de suicídio. A assistência social e a polícia interrogaram seus pais, vasculharam a casa, pois ninguém acreditava que um palhaço com pernas de bode a ferira em um pesadelo.

Samira estava decidida a não mais dormir. Não queria mais voltar àquela terra onde as pessoas sofriam, onde via vultos, espíritos que riam e demônios que se divertiam. Tudo eram sorrisos naquele mundo. E os sorrisos só vinham de quem praticava o mal, pois era divertido causar dor. Por isso ela nunca mais riu.

Samira estava mudada. Cansada, mais magra, adepta de remédios com apenas dezoito anos. Não tinha fôlego pra universidade, apesar de muito inteligente.

Certo dia viu o palhaço em sua cozinha. Estava sonhando acordada.

- Vou esfaquear seus pais – ele disse, passeando em volta do fogão – e vai ser divertido. Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai?

Samira chorou. Subiu para o banheiro, abriu o armário de remédios e engoliu três potes de pílula. Fechou os olhos na banheira e nunca mais acordou.

Seus pais pensaram que a filha depressiva finalmente fora bem sucedida em sua tentativa de suicídio e se culparam. Mas concordaram que ela finalmente estava em paz.


Ledo engano.


Estou no mundo dos pesadelos agora, com medo. Trancado em um quarto, com alguma criatura estranha arranhando a porta na tentativa de entrar. Tenho medo. O palhaço diz que mereço estar aqui, pois vim para escrever o que vejo da minha janela.

E da minha janela vejo espíritos que brincam. Vejo mortos que andam; alguns até conhecidos meus. E vejo Samira. Ela veio me contar sua história há alguns dias agora que vaga pela terra dos pesadelos. Era bonita da primeira vez que a vi, mas depois me apareceu careca e nua pedindo que eu a ajudasse. Não podia fazer nada; expliquei que eu aparecia ali apenas quando dormia e não conseguia sair do quarto.

Alguns dias depois eu a vi sem seus olhos.

- Eu quero ver – ela gritava em pânico – preciso da luz, da luz...

Logo depois ela me apareceu novamente com a boca costurada num insano sorriso eterno. Nunca mais falou.

Mas isso faz muito tempo.

Hoje ela anda por aí, de qualquer jeito, acompanhando crianças que por alguma razão vão parar nessa terra e confiam nela como um guia. As crianças não sabem, mas confiam nela por que ela já esteve em seus lugares um dia. Mas duvido que hoje Samira se lembre de quem foi. Pra mim ela já esqueceu e se acostumou a ser mais uma criatura dessa terra terrível.

Eu quero ir embora.

Não mereço estar aqui descrevendo toda essa dor.

Só posso dar um conselho... Não durma!


Toc... Toc... Toc... Por que ele sempre tem que aparecer quando fecho os olhos?
Fim

Fonte: assustador.com.br
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O Corredor

13:48 0
Por Tânia Mara Souza

No outdoor, enquanto o cowboy fumava, as luzes de néon invadiram as cortinas vulgares. Em penumbra, no quarto abafadiço, um ventilador girava suas engrenagens corroídas quando Paulo moveu-se na cama, murmurando, preso aos sonhos. O suor escorria pelo pescoço, e ainda adormecido, passou a mão na pele pegajosa, a noite estivera abafada, e o ventilador, em sua ladainha, espalhava a poeira que os hotéis guardam com o tempo. A música vinda da rua era dolorosamente bela: — For you I'm bleeding... For you, for you…
Foi a canção que o despertou. Ainda naquele estado de sonolência, as mãos procuraram o pequeno celular embaixo do travesseiro. Abriu os olhos, e no painel azulado, viu que ainda faltavam quinze minutos para às quatro horas. Mais uma vez despertaria e seguiria viagem, deixando aquele hotel, mas ah, ah como odiava acordar antes do despertador, roubado em quinze minutos do seu sono. Virou a cabeça para o lado, olhos fechados, empurrando os lençóis para longe, tentou não pensar no dia que logo se iniciaria. Tentou não sentir a boca ácida, guardando resquícios de whisky , enjoado com o cheiro da maquiagem e do perfume oriental de alguma prostituta que lhe fizera companhia parte da noite. Vencendo a náusea, cobriu a cabeça para fugir da luz vinda da janela. A canção havia desaparecido, mas a melodia ainda ecoava.
Havia sonhado, a imagem clara sua mente, asas de borboletas, lábios que balbuciavam palavras que não podia entender. E na modorra entre o sono e a realidade, sabia que voltaria a sonhar com a menina, segurando algo não identificado e murmurando.
A cabeça moveu-se no travesseiro úmido, os sentidos entorpecidos, adormeceu. Viu-se em um corredor escuro, cercado por quartos em ruínas, e ao seu lado, as paredes grafitadas. Seus passos arrastavam-se no chão escorregadio, enquanto uma água fétida surgia fininha na parede ao lado. As cores embaçadas da madrugada envolviam a tudo, e cada penugem do seu corpo arrepiou-se, quando a canção cresceu, e ouviu seu nome em sussurros, entrecortando a melodia. Pressentiu nas sombras um vulto passando, virou-se devagar, indeciso entre correr e o medo que o paralisava, mas não havia nada, nada além uma porta entreaberta, de onde vinha um soluço, um pequeno lamento. Paulo empurrou a porta, devagar, e de repente, todos os seus membros amorteceram-se: era ela!
Estava encostada na parede, em um canto imundo, cercada por teias de aranhas, quando ele a viu. Bianca, os cabelos dourados em duas tranças e a fita solta pelos ombros. A velha angústia o envolveu, o ar faltou quando a dor tornou-se física. Sem perceber, uma lágrima começou a cair dos seus olhos. Balbuciou o nome que há muito não ousava pronunciar e os olhos amendoados ergueram-se, fitando-o sem parecer reconhecê-lo, mas os lábios cheios e rosados abriram-se, implorando:

— Socorro, por favor...

Paulo via os lábios moverem-se em um pedido mudo, ouvido dentro de si quando ela apontou com os braços finos o outro canto da sala. Ali, bem a frente de Bianca, da sua Bianca, um gigantesco escorpião branco retorcia-se. Feroz, a pele estranhamente branca, o animal possuía no ferrão uma ponta vermelha, que agitava ameaçador. O ferrão ia e vinha em direção a moça, cada vez mais perto. Paulo olhou ao redor, e em suas mãos, viu de repente um facão, e avançou aço contra carne, e quanto mais fortes eram os golpes, mais o peçonhento se debatia, os olhos arregalados e azuis explodindo em sangue. As sombras cresciam por todo lado, e gemidos finos subiam pelo ar, até que a carcaça albina jazia derrotada. Levantou os olhos, mas ela já não estava, apenas a ponta do vestido branco arrastando-se pela porta, e desesperado, ele a seguiu pelo corredor enlodado. E enfim, quando os corredores bifurcaram-se, ele a viu, esperando-lhe. Ela a sua frente, as tranças douradas, a fita azul, e a renda suave enfeitando a borda do vestido, como da primeira vez que a vira. Os mesmos olhos amendoados fitando-o, em expectativa. Ela agora em seus braços, a boca na sua, a pele, o cheiro que nunca o havia abandonado, os braços o envolveram e Paulo tremia enquanto seu corpo a prendia na parede, explodindo de ternura e paixão, tocando-a por cima do algodão, sentindo o coração batendo sob o seu peito, ele chorou. No ar, as notas espalhavam-se: — And every new dawn... ends in bitterness ...
O ventilador movia-se lentamente no quarto, e as hélices foram parando, parando, até que o silêncio sufocou as horas e Paulo acordou. Os olhos estavam úmidos, e os soluços irromperam no peito do homem. Abraçou o próprio corpo, sentindo o cheiro da pele amada, depois de tanto tempo, porque sua mente a trouxera de volta? A velha dor... amarga dor. O calor crescia, e novamente procurou o pequeno celular, os números diziam claramente: 3horas e 45 minutos. Um pesadelo, um maldito sonho. A cabeça repousou no travesseiro, aquela noite havia sido longa, sentia sede, os lábios ressecados. E ela. Ela impregnando-se em sua alma. Fechou lentamente os olhos, mais quinze minutos, e na esperança de tê-la um pouco mais, forçou o corpo a descansar novamente. Foi se deixando embalar pelo sono, e o sonho voltou. Estava de volta ao corredor escuro. Na parede, recortes de jornais manchados de sangue, letras turvas no papel embolorado impediam-no de ler.
Os sussurros agora chamavam seu nome, e as mãos tocavam o corredor escuro enquanto ele corria. Ouvia os passos leves e revia o campo onde ele e Bianca haviam corrido pela primeira vez, sonhado tantos sonhos, dançando na varanda, as faces tocando-se, ah, era a mesma melodia.
Uma porta abriu-se ao seu lado, e o mesmo lamento de antes veio de uma sala em ruínas. A menina com asas de borboleta apareceu, estendendo-lhe os braços, oferecendo-lhe algo que não podia identificar, as palavras mudas murmuradas nos lábios, mas quando um ruído feroz quebrou a mesa de vidro, ela se afastou, entristecida. Um riso áspero cortou a sala, e no outro canto, Bianca chamava por ele, implorando por socorro. O escorpião branco erguia-se, mas seus pés estavam presos no lodo imundo da sala. A agulha rubra tocou a face pálida, e Bianca gemeu quando o ferrão vermelho perfurou-lhe o peito, a ponta fina dilacerando a renda branca, rasgando a carne e o tecido até um rio rubro escorrer pelo chão, o ventre dilacerado e, horror dos horrores, um bebe chorava entre as vísceras. Paulo gritou, gritou, gritou, até acordar com o próprio grito, as imagens congelando-o na cama, o ódio tomando-lhe o peito, viu-se preso na velha angústia, revendo o casamento, a família, o bolo, a valsa, as imagens dançavam em sua mente, e ele não parava de gritar. Bianca sorrindo, Bianca no jardim, Bianca voltando do médico, Bianca caída no chão da sala, sangue por todo lugar, e desde então, uma viagem eterna por hotéis e putas decadentes, embriagando-se com whisky barato, fugindo da dor. Ao perceber que ainda gritava, Paulo tentou levantar-se, mas a dor na cabeça o impediu. O celular caído no chão marcava ainda 3horas e 45 minutos, olhou para o teto e teve a impressão de que este estava cada vez mais perto, sorveu sequioso um resto de agua mineral da garrafa caída sobre o tapete, e temendo as sombras, fechou os olhos, vendo-se de novo no corredor estreito, os gritos de Bianca chamando-o, jurando amor, pedindo, implorando por socorro, enquanto o escorpião albino balançava ferozmente o ferrão vermelho, os olhos dela nos dele, tantas palavras não ditas, a velha dor.
Via-se de novo no sonho, consciente, porém preso, hipnotizado entre o sonho e a realidade, mas ainda assim, não podia reagir, e o escorpião branco foi se aproximando, e Paulo debatia-se, os braços amarrados, sabendo sem razão que enquanto gritasse estaria salvo. Foi quando, em um canto, percebeu a menina-borboleta, entristecida, estendendo-lhe os braços. Em suas mãos, reconheceu um antigo espelho, quando Paulo viu-se refletido, o ar faltou, e num arquejo, era ele no espelho, era ele, e era o escorpião branco, era ele a fera, e o ferrão que dilacerou o ventre amado, julgando ferir uma semente que não aceitava como sua, era o dele. No rosto da menina que o fitava, reconheceu seus próprios olhos azuis, e as tranças douradas de Bianca, e finalmente entendia o que ela murmurara, em monossilábicos gemidos:
— Por que, meu pai? Por quê? Eram oito horas da manhã, quinta-feira cinzenta, quando os jornais noticiavam a execução por injeção letal. O condenado havia cometido o crime de uxoricídio. A esposa estava gravida e por milagre, a criança sobrevivera. Quatorze anos passados em silêncio aterrorizante, vários laudos depois, enfim a sentença se cumpriria. Na pequena sala, uma jovem de cabelos trançados observava, ao seu lado, um relógio parado marcava 3 horas e 45 minutos. Com olhos marejados, viu enfim a injeção letal perfurar a tatuagem de um escorpião no braço do pai. Para ela, era o fim.
No velho quarto de hotel, as luzes de neon apagaram-se quando a garota-borboleta partiu. Paulo ficou sozinho no velho corredor, ouvindo a melodia dentro de si, “for you, for you i'm bleeding” e ao longe, a voz suave de Bianca pedindo por ele. Sentindo às suas costas o escorpião branco rastejar nas sombras da eternidade, seus passos seguiram pelo corredor.

Fonte: assustador.com.br
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Vodú

13:37 0
Autor: Zé do Caixão

Um garoto de mentalidade irrequieta, assim era Jairo. Seus 13 anos pareciam ter sido dedicados a caça de problemas. Na vizinhança, na escola, todos o conheciam e ao pressentirem sua presença preparavam-se: algo com certeza ia ocorrer. Uma característica, no entanto, contrastava com a grande atividade mostrada pelo garoto: era fanático por livros, na linguagem dos amigos, um"rato"de biblioteca. Realmente era capaz de ficar horas folheando velhos manuais de reconhecimento de borboletas, enormes atlas antigos ou qualquer coisa que chama-se sua atenção. Era um verdadeiro alívio para os pais saberem que Jairo havia ido para biblioteca.
O que ninguém havia percebido, no entanto, é que muitas de suas idéias com as piores conseqüências havia saído justamente daquele amontoado de saber. Chegara a montar um para-raio improvisado no barracão do quintal, utilizando velhas pontas de ferro. E, por incrível que possa parecer, o projeto funcionou. Isto é, ao menos metade, pois Jairo esquecera o aterramento. Havia sido pura sorte que durante a tempestade, alguns dias depois não houvesse alguém no local, literalmente destruído.
Agora Jairo tinha achado algo mais interessante, que fugia de qualquer ciência: um livro, na verdade um maço de folhas a cerca do vudú caribenho. Imergiu naquele mundo de zumbis e bonecos que representavam pessoas. Fantasiou a possibilidade de ser realmente verdade. Não cogitou por muito tempo; partiu para a prática.
Hábil, costurou dois bonecos. Conforme o livro os mesmos deveriam ter algo da pessoa a quem representariam. Conseguiu uma mecha de cabelo da irmã, enquanto ela dormia, e terminou o primeiro boneco. Enquanto dava os retoques no segundo boneco, pensava na segunda vítima. Distraído, acabou perfurando o dedo com a agulha e resolveu terminar por então. Testaria o boneco já pronto, e se não funcionasse ,deixaria o risco de transformar sua mão em almofada para agulhas. Recitou as preces do livro e foi procurar Marina, a irmã mais velha que tanto implicava com ele. Escondido, pegou a enorme agulha e tocou a perna do boneco; a irmã imediatamente olhou para a própria perna, assustada. Jairo percebeu, e enfiou a agulha, fazendo com que a moça gritasse de dor. A mãe acudiu, mas não encontrava nada que pudesse causar tanta dor a filha. Jairo segurava-se para não rir. Na verdade ficara um tanto assustado, pois ,realmente, não queria machucá-la. Mas a imaginar que poderia usar o segundo boneco para representar o namorado de Marina e trabalhar com os dois juntos, não conseguia conter o riso.
Saindo de seu esconderijo, sentiu uma forte fisgada no braço, como se um prego tivesse ali entrado. Nada havia. Na perna uma dor ainda mais forte. Era como se estivesse sendo dilacerado. Seu corpo começava a sacudir ,sem controle. A mãe e a irmã ficaram estáticas, chocadas. Jairo consegue ainda raciocinar e corre para o quarto. Era o outro boneco. Tinha seu sangue, do ferimento da agulha. O boneco que sobrara, era ele. Mais não havia mais tempo. Nero, seu pastor alemão havia descoberto o brinquedo e o destroçava, sem perceber seu dono partindo-se a cada dentada.


Fonte: assustador.com.br
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Espelhos

13:34 1
Existem tantas histórias que sondam espelhos que achamos que seria legal esclarecê-las, bem os textos a seguir são traduções.
Bem primeiramente vamos a clássica “7 anos de azar”.
Todo mundo repete isso mas poucos sabem o porque. É hábito associar a imagem do espelho a uma versão do original e se você danificar essa versão de alguma forma estará se danificando, estará danificando sua alma, não tão antigamente associava-se imagem à alma, sua imagem é a sua alma, até onde pesquisamos isso é uma crença de povos primatas que perdurou até o início de nosso século! Algumas pessoas tinham pavor de tirar foto pois achavam que aprisionava a alma naquela imagem!
Por exemplo, porque o vampiro não tem reflexo no espelho, segundo a lenda? Por que ele não tem alma, e com o tempo o reflexo de suas vítimas vai se exaurindo também, sua imagem vai ficando translúcida, pois o sangue vai escoando e com ele a alma vai embora.
Acreditava-se até mesmo uma pequena perturbação no espelho pode desequilibrar a relação entre corpo e alma.O longo período de 7 anos se justifica na crença de que a cada 7 anos o corpo se renovava inteirinho, inclusive sua imagem.
Mas se você quebrou o espelho nem tudo está perdido! Para acabar com o infortúnio lave os cacos em um rio que siga para o sul e lavará junto a má sorte ali deixada, ou você poderá enterrar na terra e se livrar do mal potencializado.
Não tem rio perto de você? Também não tem terra? Então tire o espelho de casa e não se olhe nele de forma alguma, mas francamente...nem terra?
Quem viveu com avós ou bisavós do começo do século já observou que os espelhos eram cobertos durante as tempestades pois acreditava-se que os espelhos atraiam raios.
Os espelhos dos quartos também eram cobertos pois de alguma forma sua alma poderia ficar presa no espelho e ninguém quer dormir longe da sua alma, ela deveria ir para a cama com você.
Outro hábito antigo é o de cobrir os espelhos da casa de alguém que morreu, pois a alma do finado poderia levar a alma de algum vivente da casa junto com ele em sua jornada.
Vamos colocar o pé em nossos dias. Dizem que ficar lado a lado com uma pessoa de energia negativa frente a um espelho é perturbador.
Verdade! Pesquisas mostram que tensão é energia negativa e o espelho reflete uniformemente, tornando a incidência sobre você muito maior, portanto se você estivar relaxado não fique junto com outra pessoa na frente do espelho e se estiver tenso não prejudique os outros.

Fonte: www.zonao.hpg.com.br
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A Mensageira da Morte

13:27 0
Dizem que nas ruínas do Castelo de Berry Pomeroy, no sul da Inglaterra, existem vários fantasmas, entre eles o de uma bela jovem, condenada por sua própria crueldade. Chamava-se Margaret, filha de um dos primeiros Barões de Pomeroy. A jovem ficou grávida do próprio pai e estrangulou a criança ao nascer. Depois de morta, alega-se que seu fantasma pressagiava a morte de um Pomeroy ou de criados da casa.
Entre os muitos que dizem tê-la visto está Sir. Walter Farquhar, um eminente médico do final do século XVIII. Estava ele no castelo cuidando da mulher enferma do administrador da família, quando viu de repente uma jovem belíssima parada à sua frente. Ela se virou e sumiu pelo corredor, em direção à escada. Ele a viu claramente, iluminada pela luz que vinha de um vitral, antes que desaparecesse num dos aposentos do andar superior.
No dia seguinte, Sir. Walter perguntou ao administrador quem era a bela jovem que havia visto. Para imensa surpresa do médico, o homem se pôs a chorar, dizendo que a visita significava que sua mulher estava à morte. Aí contou que Margaret assassinara seu bebê no cômodo logo acima e que desde sua morte começara a anunciar as mortes no Castelo; ela já anunciara a do filho do administrador. O médico garantiu-lhe que sua mulher estava se recuperando e que não fazia sentido tal história. O homem ficou muito nervoso e mesmo com a certeza do médico de que ela estava fora de perigo, ela calmamente morreu na manhã seguinte.

Fonte:
Texto retirado da Coleção "Mistérios do Desconhecido" da Ed. Abril.
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sexta-feira, 7 de maio de 2010

O ET de Corguinho

16:17 0


No interior do Mato Grosso do Sul, um grupo de ufologistas busca extraterrestres e teme 2012.

Não é bem à velocidade da luz, mas sacolejando a 40 por hora em uma estrada de chão batido que se chega à fazenda Boa Sorte, em Corguinho, interior do Mato Grosso do Sul.

O município de 4.370 habitantes, a 96 km da capital, Campo Grande, ganhou o nome da forma acaipirada com que os locais chamam o pequeno córrego que passa por ali.

Corguinho anda muito mudado. Nos últimos anos, os agricultores e as comunidades quilombolas que povoam a região de relevo acidentado, matas verdes e céu límpido têm recebido estranhas visitas.

Um grupo de ufologistas firmou pouso ali, com o objetivo de observar e contatar seres extraterrestres.

Em datas predeterminadas, excursões desembarcam centenas de curiosos, homens e mulheres de todas as idades e das mais variadas profissões, em busca de um contato imediato com os ETs.

Esse tipo de turismo ecoufológico não é novidade no Brasil. A diferença, asseguram os organizadores do chamado Projeto Portal - liderado por Urandir Fernandes de Oliveira, um paulista que se diz paranormal e traz no próprio nome o acrônimo UFO -, é que a atividade-fim ali é outra.

Eles estão determinados a erguer em pleno Centro-Oeste uma cidade-refúgio para a catástrofe planetária "prevista" no calendário maia para o ano de 2012 - tema do blockbuster hollywoodiano estrelado por John Cusack no ano passado.

Nós não estamos sós, é a mensagem que Urandir e seus seguidores querem passar ao mundo. Não são os únicos convictos, a julgar por uma pesquisa divulgada no último dia 8 pela agência Reuters.

Feita pelo instituto francês Ipsos em 22 países que representam 75% do PIB mundial, ela concluiu que um em cada cinco cidadãos do mundo (20%) acredita que seres alienígenas vieram à Terra e caminham entre nós disfarçados de seres humanos.

Como se o enredo da série cinematográfica Man in Black, com Will Smith e Tommy Lee Jones, transcorresse na vida real, das ruas.

Nos números do Ipsos, o Brasil, com 24%, aparece como o sexto país em que as pessoas mais acreditam na ideia, empatado com os Estados Unidos. Os campeões são Índia (45%) e China (42%).

"Eles são seres de outras dimensões e a sua forma, assim como a de suas naves, é energética", explica um dos associados mais antigos do grupo, o instrutor de voo gaúcho Alexandre de Oliveira, de 42 anos.

Embora nunca tenha visto um óvni durante o trabalho, Oliveira diz que sempre se impressionou com os relatos de "avistamento" feitos por colegas pilotos.

E, embora luzes misteriosas no céu já o tenham intrigado durante a infância, considera ter visto sua primeira nave "com certeza" em Corguinho, há cerca de dez anos. Hoje, afirma ter "contatos presenciais frequentes" com Ets.



"Não somos místicos, nem uma seita religiosa, mas um grupo de pesquisa sobre o tema", resume Oliveira, cujo discurso, assim como o de boa parte dos participantes, tempera referências a pirâmides egípcias ou civilizações maias e astecas com teorias da física quântica moderna, como a de supercordas - que sugeriu a existência de 11 dimensões no universo, além da realidade tridimensional a que estamos acostumados.

Tudo ao melhor estilo Eram os Deuses Astronautas?, best-seller do suíço Erich von Däniken que especulava, já em 1968, sobre a presença alienígena em registros de civilizações antigas.

Difícil é entender como tal elucubração teórica foi parar na cabeça do fundador do grupo, Urandir Fernandes, de 47 anos, um homem simples, de pouca educação formal e personagem tão pitoresco quanto controverso.

Filho de um pedreiro com uma dona de casa, Urandir nasceu em Marabá Paulista, no interior de São Paulo, em uma família de 11 irmãos.

Aos 4 anos, diz que foi surpreendido pelo pai acariciando uma cobra urutu-cruzeiro, sem ser picado. Manifestavam-se, pela primeira vez, seus poderes especiais.

Ganhou apelido de "Santinho" e fama de milagreiro. "Eu era tímido, quase não tinha amigos e os vizinhos vinham colocar as mãos em mim para se curar de doenças", diz.

Foi às vésperas de seu aniversário de 13 anos, que Urandir diz ter vivido sua experiência mais extraordinária.

"Eu nunca tinha tido uma festa e pedi para minha mãe um bolo e um sapato", conta. De noite, estava sozinho no quarto quando "uma luz violeta suave" surgiu.

Diz ter levitado e atravessado o telhado da casa como se aquele não existisse. Em seguida, viu-se no interior de uma nave espacial, deitado em uma maca.

"Na hora eu não estranhei, achei que fosse a festa que eles tinham me preparado." Ali, três seres com aparência humana, exceto pela íris dos olhos na vertical - "como um olho de gato" -, teriam colocado implantes em seu pescoço para amplificar suas habilidades paranormais.

"Eles disseram que tinha uma coisa importante para fazer e que fui escolhido por ter uma frequência cerebral acelerada, que favorece o contato com eles."

Trabalhando com o pai, percebeu ser capaz de entortar vergalhões de ferro sem fazer força. Em pouco tempo, passou a ganhar a vida fazendo shows no interior.

Nas apresentações, dobrava e rasgava moedas e entortava talheres, como o israelense Uri Geller.

Esteve em programas populares de televisão e participou de uma edição do Globo Repórter em 1995, movimentando objetos, ligando e desligando lâmpadas e aparelhos de TV "com a força do pensamento".

Em 2002, uma negociação para levá-lo a um desafio paranormal no laboratório do americano James Randi, na Flórida - que oferece US$ 1 milhão para qualquer um que prove ter poderes paranormais e desmascarou Thomas Green Morton, guru de artistas e políticos de Brasília -, não prosperou.

O psicólogo Jayme Roitman, que chegou a participar como consultor dessas reuniões, não se convenceu: "Não digo que Urandir seja charlatão, mas cabe a ele o ônus da prova dos poderes que alega ter".

Urandir afirma que a desistência não foi dele. Mas o site do ilusionista Thiago Neves, o Kronnus, representante de Randi no Brasil, registra que aguarda desde 2004 - há "5 anos, 6 meses e 14 dias" - para levá-lo aos EUA.

Representantes da Revista Brasileira de Ufologia também vêem com descrédito a linha direta que Urandir diz ter com gente de outro mundo.

Foi "por orientação dos seres" que Urandir diz ter obtido a propriedade onde está instalado o Complexo Turístico Zigurats, cujo nome faz referência à pirâmide de 38 metros de altura que será construída até o ano que vem.

São 1.042 hectares, 98 casas de alvenaria e 9 iglus que acolhem moradores e visitantes. Em cima de um morro foi construído um pequeno observatório, que vai ganhar um telescópio.

Tudo comprado, conforme diz, com a renda dos cursos e palestras que ministra nas principais capitais do País (que rendem cerca de R$ 4 mil cada), os pacotes de final de semana em Corguinho (de R$ 250 a R$ 400) e a mensalidade (R$ 40) dos cerca de mil associados, além de doações.

O que mais impressiona, no meio do nada, é a "centro de pesquisas", com computadores e oito antenas parabólicas para captar sinais via satélite do mundo todo.

"Imagine que quando chegamos aqui não tinha nem luz elétrica", conta o engenheiro e técnico em informática Alessandro Oliveira, de 39 anos, um dos responsáveis pelas instalações.

Ele deixou o emprego fixo no Tribunal de Justiça de Porto Alegre e mudou-se de mala e parabólica para Corguinho.

Nerd típico, conta que escalou o imponente morro de São Sebastião para instalar uma antena repetidora.

"Aqui, eu aprendo, crio e vivo uma aventura." Alessandro também desenvolveu o insólito projeto de construção de um "aerodisco", que será movido, conta, por uma tecnologia que será passada pelos ETs.

O centro inteiro, asseguram eles, é um "álibi para dar credibilidade" às informações que pretendem passar sobre 2012.

"Os terremotos, as inundações, a erupção do vulcão na Islândia que estamos vendo agora, são indícios de uma grande transformação pela qual o planeta vai passar", profetiza Urandir, para quem, diferentemente do ex-vice-presidente e militante verde americano Al Gore, a culpa não é do aquecimento global.

"É um ciclo natural, causado pelo alinhamento de galáxias, que vai alterar o eixo de inclinação da Terra."

E a área mais protegida para se enfrentar a tormenta é... o Centro-Oeste do Brasil. "Mas não será o fim do mundo", tranquiliza ele.

"A partir de 2018 as condições vão se estabilizar e uma ordem social mais evoluída será instalada no planeta."

Abduzidos pelo céu de Corguinho, repórter e fotógrafo do Aliás viram estrelas e luzes piscantes, mas nada que pudesse inequivocamente ser chamado de disco voador.

No ponto alto da viagem, acompanharam as 95 pessoas que iriam testemunhar o contato imediato de quarto grau (conversação direta) de uma família de Belo Horizonte - pai, mãe e filha de 12 anos - com um extraterrestre.

No meio da trilha escura, pouco antes das 5 da manhã, uma voz de tom infantil pediu que apenas a família se aproximasse. Luzes piscaram aqui e ali, no breu.

"É Bilu, um ser de Pégasus, da raça dos Laquins, de 1,40 m", informou Urandir. Os três degustaram "tabletinhos", a comida extraterrestre oferecida por Bilu, que sumiu em seguida. A reportagem, infelizmente, não teve direito a tabletinho nem prosa com o ET.

"Não queremos convencer ninguém. Cada um deve tirar as próprias conclusões", diz o advogado uruguaio Danilo Costalunga, de 40 anos.

Em março de 2000, foi ele quem defendeu Urandir, que ficou quatro dias preso em Porto Alegre, sob acusação de venda ilegal de terrenos em Corguinho. "O juiz arquivou o inquérito, nem houve processo.

O Portal é uma associação civil sem fins lucrativos." De profissional contratado, Costalunga se juntou ao grupo.

"Eu, que por ofício era uma pessoa para quem só valia o escrito, estou seguro da existência de outros mundos."

Para quem não acredita na profecia de 2012, Urandir dá de ombros. "Quando as coisas começarem a acontecer, as pessoas vão dizer: ‘Bem que aquele grupo de malucos dizia’". Quem viver, verá - nas ruas ou nas telas do cinema.


Fonte: Estadão/arquivosdoinsolito

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A batalha ouvida quase dez anos depois

16:09 0
Soldados canadenses mortos em Dieppe na costa francesa



Duas mulheres inglesas ouviram uma sangrenta batalha da Segunda Guerra Mundial, porém quase uma década depois. Aqui está essa história surpreendente.

Nos primeiros dias de Agosto de 1951, duas irmãs Inglesas estavam de férias na Normandia, quando seu sono foi perturbado por tiros de canhão.

Em pouco tempo elas perceberam que estavam ouvindo os sons de uma guerra, e estes continuaram em intervalos, durante três horas.

No dia seguinte, quando as mulheres assustadas tentaram descobrir o que havia acontecido, ficaram surpresas ao saber que não tinha havido nenhuma batalha. Na verdade, ninguém tinha ouvido nada.

No entanto continuaram perguntando, e descobriram que Puys, onde passavam as férias, havia sido uma zona ocupada e fortificada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.

Alí nas praias de Dieppe, há quase exatamente nove anos antes, os Aliados haviam feito um ensaio fracassado do dia D.

Infelizmente a invasão cara e sangrenta, custou metade dos 6.086 homens, na maioria canadenses, que desembarcaram em 19 de agosto de 1942, todos mortos, feridos ou capturados.

Soldados canadenses capturados


As mulheres logo perceberam que ouviram uma reprodução quase exata dessa batalha, como se tivessem estado alí no momento em que ocorreu.


Ouviram bombardeios e gritos de madrugada, "aproximadamente as quatro da manhã" e o barulho parou abruptamente cinquenta minutos mais tarde.


O bombardeio real começou as 3hs 47 m da manhã e parou, de acordo com registros militares, as 4hs 50m.


Elas ouviram as bombas e os gritos dos homens, e novamente o silêncio, e os arquivos militares também confirmam que o bombardeio parou, as 5hs 07 m e as 4hs 50 m da manhã.

Todos os sons que ouviram coincidiam com os dados oficiais da batalha. É interessante notar que o combate acabou às 6 hs da manhã, hora em que cessaram os ruídos escutados pelas mulheres.

Mas as duas mulheres ouviram os gritos dos feridos e moribundos durante a hora seguinte, gritos que diminuiram com o passar do tempo.


Tradução: Carlos de Castro



Fonte: Terra Chile/arquivosdoinsolito
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O fantasma de Allatoona Pass na Geórgia, E.U.A.

16:06 0
Após uma batalha feroz da Guerra Civil em Allatoona Pass, um soldado confederado desconhecido foi enterrado ao lado da via férrea. Se acredita a muitos anos que o seu espírito assombra a área, particularmente pegando carona nos trens.


Em 28 de outubro de 1934 o Atlanta Journal Magazine publicou uma reportagem sobre E.L.(Polly) Milan, um homem que começou sua carreira de ferroviário em 1877.

Nascido em 25 de maio de 1861, um mês após a primeira batalha da Guerra Civil, ele tinha setenta e três anos de idade e havia trabalhado na ferrovia por cinquenta e sete anos, ocupando o cargo de maquinista.

Três anos depois de começar a trabalhar na ferrovia, com a idade de dezenove anos, viu o fantasma de Allatoona Pass.

"Eu estive em vários desastres ruins", ele testemunhou, "mas encontrar com aquele fantasma foi pior que todos os meus desastres."

Quando jovem, Milan trabalhou em um trabalho perigoso, que exigia que os homens girassem os freios entre os vagões quando o trem passava pelas montanhas.

"Os freios a ar eram desconhecidos, e a trilha era curva e traiçoeira através das montanhas solitárias e agourentas", relata Milan, "mas nunca aconteceu nada que me assustasse até a noite em que encontrei o fantasma".

"Nós vínhamos do sul num pequeno trem de frete com uma carga para Allatoona, quando descobriram que o trem havia se separado em dois", continua o velho maquinista. "Um pouco antes da meia-noite eu fui chamado para sinalizar para uma composição que vinha logo atrás".

"Com minha pistola na mão direita e minha lanterna vermelha e branca na esquerda, eu corri de volta até a colina. Eu parei no meio de um corte com aproximadamente 18 metros de profundidade e cerca de 120 metros de comprimento".



Allatoona Pass vista do Norte, cerca de 1864. À esquerda pode ser vista a Casa Clayton, e no alto, o Forte Star. Entre as duas colinas o corte profundo


"Havia o túmulo de um soldado no extremo norte e uma caverna escura e assustadora, e eu tinha ouvido falar de coisas estranhas ouvidas e vistas por lá. Então eu parei no meio do corte, porque eu não queria passar pelo túmulo".

"Ali estava eu, no escuro, com a minha pistola na mão. O trem tinha atrelado e ido, me deixando sozinho lá fora, nas montanhas, onde podia acontecer de tudo naqueles dias".

"Bem, alguns minutos depois que o trem desapareceu na noite, fiquei horrorizado ao ver algo que parecia um homem com um lençol jogado sobre ele, saindo do escuro, perto do extremo norte do corte, e que lentamente se aproximava de mim".

"Assustado quase à morte, e não sabendo o que fazer, eu fiquei lá e assisti a "coisa" vindo em minha direção. Quando chegou a uns 18 metros de onde eu estava, ele caiu cansado".

"Apenas se sentou lá, como se estivesse esgotado, enquanto eu refletia sobre o que fazer. Finalmente falei com ele, mas ele não respondeu. Falei de novo, mas apenas o som da minha voz ecoou no corte sombrio. Eu não sabia o que fazer!"

"A lanterna tilintava em minhas mãos e meus dentes estavam chacoalhando como ervilhas secas em uma vagem. "Então algo pareceu me empurrar em direção a coisa. Quando o alcancei, eu o toquei com as costas da mão da pistola".

"Eu nunca vou esquecer a sensação enquanto eu viver! Era frio, e em menos tempo do que se leva para dizer isso, eu estava chorando descontroladamente e correndo como louco".

"Corri mais de uma milha e meia antes que o trem que eu devia sinalizar me alcançasse", Milan concluiu: " Eu não sei o que era. Muitos ferroviários afirmam ter visto muitas coisas nesse corte."



Os primeiros encontros com o fantasma do trem de Allatoona ocorreram na década anterior, de acordo com o Savannah Morning News de 09 de dezembro de 1872, apenas sete anos depois do fim da guerra.

Durante meses, "operadores, condutores, maquinistas e homens dos freios "perceberam" que tinham o reforço de uma mão extra nos trens, quando a locomotiva entrava na área de Allatoona.

O ser "aparece de repente em cima dos vagões, ocupa um lugar, e ali permanece por muitos quilômetros, então o homem dos freios desconhecido desaparece."

Condutores que se aproximaram ficaram chocados ao vê-lo "desaparecer como a neblina." Recentemente, um maquinista avistou "o homem do freio fantasmagórico" sentado em cima de seu terceiro carro.

Determinado a resolver o mistério, ele escalou os carros com os olhos fixos na aparição, mas quando ele se aproximava da visão, "gradualmente ela desaparecia de vista" afirma o relatório.

O teimoso maquinista, continuou até o vagão e procurou em cada possível esconderijo. Ele não encontrou ninguém, mas quando voltava ele encontrou o fantasma na posição que ocupava anteriormente, o que achou "incompreensívelmente estranho e inexplicável."

Pela segunda vez quando abordou o fantasma ele "dissolveu-se em nada." Chegando na locomotiva, o maquinista olhou novamente para trás e viu o seu hóspede indesejável no lugar habitual, que ocupou por alguns quilômetros, até que "desapareceu."

Sua aparição encima dos trens tem sido vista com indiferença entre os homens da estrada de ferro", conclui o artigo," e todo o esforço para descobrir quem ele é cessou".

Allatoona também tem uma história de luz fantasma tradicional. Uma misteriosa bola iluminada é vista balançando à noite nas trilhas, e é supostamente o espírito do soldado enterrado que carrega uma lanterna à procura dos companheiros há muito tempo desaparecidos, e bolas de luz esvoaçam ao redor da sua sepultura.

Uma variação da história tem o cachorro fantasma do soldado que corre ao lado dos trens antes de parar na sepultura do seu dono.


Tradução: Carlos de Castro


Fonte: Brown's Guide/Allatoona Pass Battlefield/arquivosdoinsolito
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Agradecimentos!!!

15:59 0
Venho agradecer a minha amiga Heid [japah], por me ajudar a responder algumas perguntas enviadas pelos leitores do blog.




Thanks Japah!
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