agosto 2014 - ††† Universo Sobrenatural †††

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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Mario Bava: Maestro do Macabro

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Conheça mais sobre o maestro italiano do macabro, que provocou grandes revoluções no gênero como um dos que conhecem as cores da escuridão!


Mario Bava
“Quando eu faço filmes de horror, meu objetivo é assustar as pessoas, mas ainda assim eu sou um covarde de coração fraco. Talvez por isso que meus trabalhos ficam tão bons em apavorar o público, pois eu me identifico com meus personagens… Seus medos também são os meus”.
Um dos grandes expoentes do cinema de horror e o maior diretor do cinema italiano da chamada Era de Ouro (período que vai de 1957 – com o lançamento de I, Vampiri – a 1979 – onde termina o estilo gótico e inicia a popularidade sobre o grafismo de produções como Zombie 2, Demons e Cannibal Holocaust), Mario Bava é um herói da resistência, um homem que por amor a arte abriu mão de salários, regalias e ambição, com o tipo de caráter forte que segue todos os que foram influenciados por seu trabalho, tais como Lucio Fulci, Tim Burton e Quentin Tarantino.
Bava era um profissional incompreendido por estar à frente do seu tempo, mas hoje é cultuado, pois o exigente público atual percebe que uma vez que se assiste a qualidade de um filme de Mario Bava, quer se assistir a todos. E você conhece o Mario? Se não conhece, aproveite a oportunidade e conheça mais sobre a vida e trabalho do maestro italiano do macabro, que provocou grandes revoluções silenciosas no gênero como um dos poucos que conhecem todas as cores da escuridão.
Mario Bava nasceu no dia 30 de julho de 1914, na cidade de San Remo, na região da Ligúria – um dia antes de a Alemanha declarar guerra à França e Rússia, na Primeira Guerra Mundial. Era filho de Eugenio Bava, um escultor que se tornou pioneiro na fotografia de efeitos especiais em meados de 1910 e se tornaria futuramente um dos grandes operadores de câmera e cinematógrafos do cinema mudo italiano e apesar de algumas tentativas mal-sucedidas como diretor acabou apenas dirigindo efeitos óticos no recém-formado Instituto Luce, de propriedade do ditador Benito Mussolini, em 1926.

Mario Bava (1)

Mario, no entanto, pretendia ser pintor até seus 20 anos, mas o ambiente propício ao cinema falou mais alto, aprendendo todas as técnicas com seu pai enquanto trabalhava como seu assistente, legendando filmes para exportação e animando sequências título de produções italianas.
Até que, no final dos anos 30, quando se casou e passou a sustentar uma família, Mario decidiu que era hora de almejar vôos mais altos em sua carreira. Tornou-se cinematógrafo como seu pai e então diretor de fotografia em 1939.
Durante a Segunda Guerra, o cinema italiano estava quebrado e se recuperando aos poucos com o interesse americano em rodar grandes produções por lá. Neste período filmou com os grandes diretores da época como Roberto Rossellini, G. W. Pabst, Raoul Walsh e Robert Z. Leonard e seu estilo era crítico no desenvolvimento de personagens de estrelas internacionais como Gina Lollobrigida e Steve Reeves.

Mario Bava (3)

Pulamos então para 1956 quando Bava colaborou com o diretor Riccardo Freda no filme I Vampiri/Lust of the Vampire, o primeiro terror italiano com som. No começo Bava seria apenas operador de câmera e designer dos efeitos, mas acabou dirigindo metade da programação de 12 dias em apenas dois dias, quando Freda, em seguida, abandonou o projeto depois de ter negado um pedido de adiamento das filmagens.
Resgatar o trabalho dos outros se tornou um hábito para Bava, que dirigiu partes de La Fachi Di Ercole/Hercules (1958) e Ercole e La Reina de Lydie/ Hercules Unchained (1958), filmes de Pietro Francisci inspirados em Flash Gordon e que Bava comandava “enquanto o diretor oficial tirava um cochilo depois do almoço“. Foi nesta época que Bava teve seu debut com Le Morte Viene Dallo Spazio/The Day the Sky Exploded (1958), mas por possuir pouca experiência os créditos foram dados a Paolo Heusch.

A mesma situação ultrajante aconteceria novamente quando Freda engana Bava o contratando para a fotografia de Caltiki Il Monstro Immortale/Caltiki the Immortal Monster (1959) e abandona o posto após dois dias. O produtor do filme, Lionello Santi, recompensa Bava por completar o trabalho de Freda dando-lhe o direito de escolher o que queria filmar para sua estreia “oficial” na direção – já com 46 anos de idade.

Mario Bava (4)

Devoto da literatura russa, Bava escolhe a história Vij, de Nikolai Gogol como fundação para La Maschera del Demonio/Black Sunday (1960), o último grande terror italiano em preto e branco. Com o sucesso internacional, a película levou ao estrelato a atriz britânica Barbara Steele, que foi rapidamente considerada como a primeira rainha do horror. O título era uma modificação do nome italiano dado ao filme da Hammer A Maldição de Frankenstein – chamado La Maschera di Frankenstein – e estabeleceu uma sensibilidade irônica que foi perpetuada nos nomes e atitudes dos trabalhos subsequentes do diretor.
Mario Bava não estava interessado em repetir seu sucesso com mais um terror em preto e branco e demonstrou sua técnica sem paralelos em cores com Ercole Al Centro Della Terra/Hercules in the Haunted World (1961), uma descida fantasmagórica ao inferno improvisada com efeitos não usados das produções da Cinecitta. O título era, mais uma vez, uma paródia ao recente sucesso nos cinemas romanos Viagem ao Centro da Terra. Ele retorna para sua última produção em preto e branco com La Ragazza Che Sappeva/The Girl Who Knew Too Much (1962), filmado direto para o mercado europeu e que ganhou toques de humor para o mercado americano graças a péssima dublagem. A versão pode ser reconhecida como uma das origens do giallo que futuramente ganharia adeptos de peso entre eles, Dario Argento e seu próprio filho Lamberto Bava.

Black Sabbath (1963)
Black Sabbath, 1963


As próximas produções de Bava I Tre Volti Della Paura/Black Sabbath (1963), La Frusta e Il Corpo/The Whip and the Body (1963), Sei Done Per L´Assassino/Blood and Black Lace (1964) e Terrore Nello Spazio/Planet of the Vampires (1965) – este último considerado influência para o roteiro de Alien – mostraram a força de seu poder criativo. A crescente visão irônica do mundo fez com que, em cada um destes filmes, ocorresse a morte de seus protagonistas ao fim; e a temática cada vez mais pesada e adulta em suas histórias fez com que Bava dissolvesse seu contrato com a American International Pictures, que distribuía seus filmes com grande sucesso nos Estados Unidos. O principal argumento da AIP era que a violência e erotismo incrementados a cada filme de Bava não podiam ser colocados numa matinê, onde era o principal mercado para estas películas.

Em 1966, Bava faz a frustrada comédia Le Spie Vengono Dal Semifreddo/Dr. Goldfoot an the Girl Bombs, mas voltou com tudo no mesmo ano em Operazione Paura/Kill, Baby…Kill!, uma obra de arte de baixo orçamento sobre uma vila assombrada por um fantasma de uma menina cuja aparição compele seus habitantes ao suicídio. Sequências inteligentes e uma técnica refinada fizeram que Kill, Baby…Kill! fosse ovacionado de pé na sua grande estreia na Itália. O filme também é influência declarada nos últimos filmes de Frederico Fellini e também de Martin Scorsese em A Última Tentação de Cristo e David Lynch no seriado Twin Peaks. Ironicamente a produção ficou sem dinheiro após as duas primeiras semanas de filmagens e só pôde ser completada com Bava e os atores doando seus serviços sem receber por isso, apenas por amor ao projeto.

Mata Baby Mata (1966)
Mata Baby Mata (1966)

Cheio de trabalho, estressado por problemas pessoais e pela morte de seu pai e mentor em outubro de 1966, Bava evitou o gênero pelos próximos dois anos. Foi atraído ao trabalho quando Dino DeLaurentiis ofereceu a maior chance no mainstream de sua carreira, Diabolik/Danger: Diabolik (1968). Com orçamento estimado em 3 milhões de dólares, Bava completou o filme usando apenas 400 mil. Foi aclamado como uma das adaptações mais inteligentes dos quadrinhos e enormemente rentável na Europa.

Acostumado com a liberdade que vem com pequenos orçamentos, Bava decidiu que não queria mais interferências com escritórios de produtoras e outras pressões oriundas de orçamentos mais gordos, assim polidamente recusou a oferta de DeLaurentiis para encabeçar uma continuação. Bava encerra o ano de 1968 colaborando com Carlo Rambaldi nos efeitos especiais da minissérie Odisseia. Em seguida volta aos thrillers com o obscuro Il Rosso Familiar Della Follia/A Hatchet for the Honeymoon (1969) filmado em Barcelona, Espanha.

No ano da estreia de Dario Argento como diretor com As Plumas de Cristal (1970), Bava dirige e edita o giallo Cinque Bambole e La Luna D´Agosto/Five Dolls for an August Moon, um filme mais moderno e mais voltado ao humor negro do que ao suspense.
Banho de Sangue (1971)
Banho de Sangue (1971)

É quando acontece a expansão do gênero que ele mesmo ajudou a criar com Reazione a Catena/A Bay of Blood (1971), o qual Bava também co-roteiriza e fotografa. Um filme com treze personagens e treze mortes sangrentas que foi ignorado na época de seu lançamento, mas provou ser profético quanto à imitação Sexta-Feira 13 (1980) lançou uma nova generalização de filmes por “contagem de corpos“. Nos Estados Unidos a obra prima de Bava chegou a receber o explorador título de Last House on the Left, Part 2.

Uma associação com o produtor americano Alfredo Leone resultou na produção Lise e il Diavolo/Lisa an the Devil (1973), uma combinação extraordinária de filme de horror, filme de arte e um testamento pessoal, pois foi baseado nas memórias que Bava tinha das esculturas de seu pai. Com diálogos copiados de Dostoevski e um projeto não realizado sobre o necrófilo da vida real Viktor Ardisson, Lisa an the Devil se desenrola como um sonho (ou pesadelo) seguindo uma heroína desorientada (Elke Sommer) em um labirinto de amor, sexo e morte. Uma produção a frente de seu tempo, a obra provou-se não ter mercado durante o festival de Cannes de 1973. Lisa an the Devil teve enxertos filmados por Alfredo Leone para embalar o sucesso de O Exorcista resultando em The House of the Exorcism, que foi bastante lucrativo nos drive-ins dos Estados Unidos.

Rabid Dogs (1974)
Rabid Dogs (1974)

Foi na sombra de seu recente fracasso que Bava recebeu sinal verde para um projeto pessoal que estava desenvolvendo há algum tempo, Man and Boy, baseado em uma história que encontrou em uma revista de mistério. O nome mudou para Cani Arrabbiati/Rabid Dogs durante a produção. Mesmo quando estava num ambiente sem estúdios, o diretor encontrou má sorte: pouco tempo depois das filmagens terminadas, o produtor Roberto Loyola declarou falência e todas suas propriedades foram confiscadas, incluindo o incompleto Rabid Dogs. Bava não viveu para ver o resultado final e o lançamento de seu filme mais querido pessoalmente – e o único feito fora do contexto da fantasia. Os fotogramas ficaram presos por 20 anos, quando foram adquiridos pela atriz Lea Lander (que também trabalhou em Blood and Black Lace) e finalizado por Alfredo Leone e Lamberto Bava tendo sua premiere em Bruxelas no ano de 1996 sob o título Semaforo/Kidnapped recebido com grande notoriedade. Rabid Dogs é uma história de assalto e sequestro que possui um enredo simples, tenso e uma característica que é moda hoje; foi rodado como se a ação acontecesse em tempo real. Ambas as versões podem ser comparadas no Mario Bava Box Set Vol. 2, lançado nos Estados Unidos pela Anchor Bay.

Ficou difícil para o diretor na virada dos anos 60 para os 70 trabalhar com esta série de erros, fracassos e sucessos não pagos por trás. Sentindo isso, seu filho Lamberto (que já trabalhava como seu assistente de direção desde 1966) roteirizou o que se tornaria o último filme de cinema em sua carreira, Schock (1977), a história do colapso mental de uma mulher após retornar a casa onde ela viveu com seu último marido viciado em drogas. Mario fez todos os storyboards, mas dirigiu apenas em partes para ajudar Lamberto a ganhar experiência como diretor. Além disso, o mestre italiano estava desiludido com os negócios no cinema. Na América do Norte o título Schock virou Beyond the Door II.

Pai e filho dividiram os créditos na adaptação da história da Vênus de Milo – La Venere d’Ille, de 1978 – rodado em 16mm para a rede de televisão RAI. Mesmo este sucesso na forma de canto do cisne encontrou um jeito de desapontar seu criador, permanecendo sem exibição por dois anos e mostrado somente depois da morte de Bava.

Seu último trabalho foi como designer de efeitos especiais não creditado em Inferno (1980), de Dario Argento. Mario construiu maquetes, pintou mosaicos em vidro e produziu efeitos óticos para o filme, incluindo o eclipse lunar. Como Argento hoje admite, Mario também dirigiu algumas cenas durante sua ausência enquanto estava acometido com uma hepatite.
Mario Bava faleceu em Roma devido a um ataque cardíaco no dia 25 de abril de 1980 – com 65 anos de idade – dias após um check-up médico revelar que estava com perfeita saúde. Numa ironia final, a última de várias que pontuaram sua vida, o homem que nasceu um dia antes de estourar a Primeira Guerra faleceu no dia que é lembrado pelos sobreviventes italianos da Segunda Guerra como o Dia da Libertação.


FILMOGRAFIA SELECIONADA

1977: Schock/Shock
1974: Semaforo Rosso/Kidnapped – versão editada de Rabid Dogs
1974: Cani Arrabbiati/Rabid Dogs
1973: La Casa Dell´Exorcismo/The House of Exorcism – versão editada de Lisa an the Devil
1973: Lisa e Il Diavolo/Lisa an the Devil
1972: Gli Orrori del Castello di Norimberga/Baron Blood
1971: Banho de Sangue/Mansão da Morte (Reazione a Catena/A Bay Of Blood)
1970: Roy Colt e Winchester Jack (Roy Colt and Winchester Jack)
1970: Cinque Bambole e La Luna D´Agosto/Five Dolls for an August Moon
1969: Il Rosso Familiar Della Follia/A Hatchet for the Honeymoon
1968: Diabolik/Danger: Diabolik
1966: Mata, Baby, Mata
1966: Le Spie Vengono Dal Semifreddo/Dr. Goldfoot an the Girl Bombs
1965: O Planeta dos Vampiros (Terrore Nello Spazio/Planet of the Vampires)
1964: Seis Mulheres para o Assassino
1963: Drácula, o Vampiro do Sexo
1963: Black Sabbath – As Três Máscaras Do Terror – (Ti Tre Volti Della Paura/Black Sabbath)
1963: Olhos Diabólicos
1961: Gli Invasori/Erik the Conqueror
1961: Hércules No Centro Da Terra (Ercole Al Centro Della Terra/Hercules in the Haunted World)
1960: A Máscara de Satã (La Maschera del Demonio/Black Sunday)
1959: La Battaglia di Maratona/Giant of Marathon
1959: Caltiki Il Monstro Immortale/Caltiki the Immortal Monster
1958: Le Morte Viene Dallo Spazio/The Day the Sky Exploded
1956: Vampiri I/Lust of the Vampire

Fonte: BocaDoInferno
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O Perfil Filosófico do Vampirismo

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Creio que seja quase impossível filosofar sobre vampirismo sem falar em sexo, prazeres, orgias, e sonhos fantasmagóricos!


Vampirismo e Filosofia
por Marcos T.R.Almeida

“O milagre da relação erótica masculina é o de uma total confiança e abandono endereçados somente ao prazer, sem qualquer dever, compromisso ou coerção.” – Francisco Alberoni
Creio que seja quase impossível filosofar sobre vampirismo sem falar em sexo, prazeres, orgias, e sonhos fantasmagóricos, afinal um assunto tão complexo deverá por força encarnar na sua essência uma apologia direta ao culto do erotismo, Onde a estética de um belo corpo, jovem e saudável, pode ser fonte inesgotável de prazer e vida!

O vampirismo caracteriza-se basicamente por um perfil aristocrata de personalidade e segundo J. Gordon Melton, que estudou profundamente por mais de trinta anos seguidos sobre o assunto, no prefácio “O que é um vampiro“, do famoso “Livro dos Vampiros“, temos as seguintes palavras:
“A definição comum, nos dicionários, serve como referência para a investigação: vampiro é um cadáver reavivado que levanta do túmulo para sugar o sangue dos vivos e assim reter a aparência da vida”.
Somente nesta ideia central já se evoca a horrenda imagem de um corpo morto em estado hipnótico ou de alucinação, reavivado por um poder diabólico direcionado contra o princípio das eternas leis naturais de vida e morte dentro do monismo da natureza!

É exatamente aí que prevalece a força indestrutível do mito como encarnação de um antigo horror endêmico herdado pelo inconsciente coletivo, à civilização moderna e contemporânea.
As primeiras hordas de seres humanos primitivos, habitantes de cavernas, não tinham um conhecimento científico-biológico sobre a função do sangue no corpo vivo. Eles observaram porém, que quando um animal perdia sangue, a vida também abandonava o corpo…

O mesmo se dava com o ente humano e em muitos casos, o sangue humano foi bebido no intuito de “transferir a vida” do semelhante ao corpo do que havia ingerido o sangue, num macabro ritual onde a violência e o crime foram atos decisivos num combate.
O sangue simboliza de alguma forma o “espírito” dos animais, a própria vida animada na criatura viva, e no homem este significado transfigurou sua própria imagem a um universo mítico, ilustrado por ritos e crenças das mais variadas naturezas.

O vampirismo nasceu já de alguma forma exatamente quando um homem primitivo bebia o sangue de seu inimigo acreditando herdar do mesmo toda a vida, coragem e ferocidade! Bebia-se o sangue em um ritual de triunfo e rigozijo em comunhão ou numa orgia, num deleite que causava prazer acima de tudo por vencer o rival que antes era uma ameaça, disputando o direito de gozar as fêmeas da ordem primeva, as mulheres agrupadas em submissão absoluta!

Vampire (1)

Neste período da pré-história da humanidade, já se traçava um perfil marcante e fundamental do culto do vampirismo, ou seja, beber sangue numa volúpia selvagem e irracional, abusando do próprio instinto!

A carne humana também podia ser comida num ritual antropofágico de primitivo canibalismo. Daí também se pode extrair num paralelo, o mito do lobisomem, um monstro que come carne humana!

O alemão Hans Staden descreveu situações desta natureza, há quatrocentos e cinquenta anos e muito próximo de nós, aqui mesmo no Brasil, no seio de tribos indígenas primitivas. Sua obra publicada por volta de 1557 em Marburg, na Alemanha, tinha o seguinte título que chegava a ser extravagante:
“Descrição verdadeira de um país de selvagens nus, ferozes e canibais, situado no Novo Mundo, América, desconhecido da terra de Hessem antes e depois do nascimento de Cristo”.
Porém, as alusões mais antigas a respeito de tais práticas como beber sangue humano ou comer carne humana remontam a milênios da história natural. Mas estes “estranhos” modos de comportamento humano só puderam ser estudados nos últimos duzentos anos de avanço científico, através das duas catedras, rainhas absolutas do verdadeiro conhecimento humano, a psicanálise ou psicologia, e a antropofagia. Através do estudo aprofundado de certas tribos indígenas ou de negros, puderam-se compreender de alguma forma como estes grupos comportam-se e como comportava-se o homem de sessenta mil anos atrás. Os ritos e as práticas religiosas variam em abundância os aspectos principais, porém, tem um só elo em comum, ou seja, a plena consciência da temida morte!

Vampire (3)

A morte entra em cena como uma das principais personagens da odisseia do vampirismo, não como mito de ficção, mas uma amarga e dura realidade a tudo que vive! Posso fazer um trocadilho de palavras chaves para ilustrar a base do mito do vampirismo: vida-morte – vida através do sangue – morte ao perder sangue…

Revendo a mitologia judaica, encontrei um nome que muito significou para mim e para a própria história do vampirismo. A rainha das trevas, o lado oculto da lua, Lilith, a filha legítima de Satã e a primeira esposa de Adão! Lilith!…
Lilith será sempre a mais bela das belas, a mais fogosa, a mulher mais deliciosa do mundo, o símbolo absoluto do prazer, o cheiro mais excitante que é o cheiro característico que exala-se abaixo do ventre feminino, o cheiro do mel almiscarado, o cheiro da mulher! Lilith é a mãe primeva dos vampiros e espectros malignos. Lilith foi também esposa de Caim, que logo tornou-se o primeiro assassino que derramou o sangue do próprio irmão, tornando-se também uma espécie de vampiro errante, répobro maldito.

Com o surgimento de Lilith, o vampirismo ganha a sensualidade e a conotação sexual que faltava para completar a grandeza de um mito tão forte dentro da cultura humana, ou seja, sem sexo o vampirismo não teria atrativo suficiente para sobreviver dentro das civilizações do mundo.

Vampire (4)

Os mitos, assim como as crenças em seres que alimentam-se de sangue emergem de vários povos de todo o mundo e em várias épocas da história da civilização. Na Grécia, por exemplo, encontramos citações significativas de vampiros com nomes como “Empusai“, “Mormolykiai“, “Lamiai” e “Strige“.

Este último nome, “Strige“, significa uma sinistra referência a uma enorme coruja que habitava torres. Este ser tornou-se um monstro noturno equiparado a uma Lilith que atacava somente criancinhas para beber o sangue.

Lamiai” deriva de “Lamia“, uma belíssima rainha da Líbia que foi seduzida por Zeus. A mulher deste, Hera, num ataque de ódio e ciúmes castigou Lamia transformando-a num monstro hediondo condenada a habitar cavernas e beber também sangue de crianças como alimento.

Vários fatores caracterizam estes monstros sugadores de sangue e um dos pontos mais significativos é que a maioria dos vampiros são seres noturnos, que habitam nas trevas, seres que repelem a luz do sol.

Vampire (5)

O cinema e a literatura ilustrou bastante este universo vampírico, por isso sabemos de antemão que “luz do sol“, “alho“, “crucifixo” e “água benta“, afugentam os vampiros. Queria, porém, desviar o curso natural destas informações, ou melhor, acrescentar costumes de comportamentos sociais com hábitos que muito caracterizam alguns indivíduos como vampiros!

Em relação aos últimos dois mil anos de história por exemplo, vemos a vitória do Cristianismo em todo o Ocidente, onde reina ainda uma fé um tanto ultrapassada para a nossa época. Porém, observei o seguinte: que o símbolo do Cristianismo, a “cruz” ou o “crucifixo“, demonstra uma vitória e afirmação absoluta sobre qualquer “vampiro” ou “demônio“, que repele o símbolo devido “ao poder de Cristo pregado em uma cruz!“.

Espantosa observação, onde um vampiro passa a ser um “fruto mítico do próprio Cristianismo” para ser apontado como a própria encarnação do mal, um demônio, que representa a oposição a todo o “bem Cristão“. Desta forma, toda vez que se mostra um crucifixo a um vampiro, simbolicamente o Cristianismo se afirma como o “sumo bem“, regado às vezes com “água benta” ou “óleo benzido” por estúpidos crentes.

Tudo nos leva a crer que somente Cristo e a doutrina pregada pelos seus seguidores é que pode salvar o mundo, o que é de fato também um mito sem a mínima sombra de dúvidas.
Com essa gigantesca inversão de valores, sempre a religião Cristã sai ganhando campo, às vezes sobre os mitos mais importantes da humanidade, e assim boa parte da literatura sobre vampiros é de alguma forma fruto deste Cristianismo avassalador que tudo quer dominar para fortalecer a fé. Porém, o mito do vampiro é muito mais antigo que a religião Cristã, ele já pode ser identificado em mitologias pagãs de vários povos do passado, entre gregos, judeus, romanos, orientais, e vários agrupamentos de povos indígenas e de negros, que já falavam de alguma forma sobre “monstros ou cadáveres sugadores de sangue“…

Vampire (6)

Um traço interessante que observei num vampiro moderno são as duas forças pagãs de divindades mitológicas que podem caracterizar esta figura curiosa e incomum.
Nietzsche, o filósofo da cultura, identificou duas forças dentro da alma do Homem, uma ele chamou de “Apolínea“, a outra ele chamou de “Dionízica“. Em sua obra “A origem da tragédia“, este complexo e aprofundado estudo pode ser melhor compreendido ao reservarmos obrigatoriamente ou por simples prazer, algum tempo para a leitura desta obra singular.

O perfil “apolíneo” de um vampiro está muito além à regra de um homem comum, ao contrário, ultrapassa este num radicalismo seguido à risca! A postura aristocrata e nobre de um vampiro distingue-se das outras pessoas comuns, seu porte físico, seus traços de rosto, seus olhos, mãos, cabelos, tudo em se tratando de corpo é de porte elevado e misterioso.

Um gosto por arte e acabamento estético dão aquele toque “diferente” na casa ou castelo de um vampiro. Pinturas do romantismo, referências ao helenismo greco-romano em artes, colunas e pilares de sustentação em estilos jônicos-dóricos-coríntios, cortinas vermelhas simbolizando paixões, gosto por profundas leituras de livros raros de autores célebres, prazer absoluto no culto ao conhecimento, ao estudo pontificado, meditado, a transformação nas palavras em argumentos filosóficos e referências de literatura ou poesia nas conversações.

Esta postura e este gosto pelo belo que todo vampiro aspira são a manifestação de cunho apolíneo em graus elevados de poder! Tudo que embeleza a vida, ofereça conforto absoluto e segurança, grandeza de cultura, por detrás de todas estas manifestações à luz apolínea, a força e o poder de Apolo como exemplo de equilíbrio permanente. O traço “dionízico” de um vampiro também é explicitamente visível no gosto por sexo, por orgias e paixões desenfreadas, busca incessante de companhia para os prazeres, o desejo ardente de sedução, os beijos de fogo, a fúria cega na busca eterna de noivas, e por fim, a conquista de uma só musa bela, sensual, nobre, submissa, verdadeira nos encantos doces de um belo corpo harmonioso, jovem, muito jovem e cheia de vida e calor para fundir-se no deleite supremo do gozo e da vampirização absoluta!

Vampire (8)
Apolíneo e dionízico, dois traços marcantes na alma de um vampiro identificando estas curiosas personalidades com seus respectivos gostos e aspirações muito além do homem comum. Este, condenado a errar até a morte num raciocínio senso-comum que o limita e reduz seu campo de conhecimento e compreensão do mundo e civilização.

Mas espantoso mesmo é o traço lúgubre do vampirismo que aparentemente está em contradição com o que acabei de descrever, mas aí é interessante notar que o vampiro é um ser que resiste à ação do tempo e às transformações sociais. Se seu castelo está em ruínas devido às guerras e à corrente dos séculos, resistiram porém estas ruínas impondo-se ainda, com o perfil radical de uma raça dominadora que impôs um dia na linha do tempo a marca da sua maneira de ser no mundo!
Vlad Tepes hoje é apenas uma referência histórica para fortalecer um personagem de literatura, mas os castelos que habitou no tempo em que reinou, as ruínas que emergem do alto dos rochedos são ainda uma realidade visível a quem visitar a Romênia nos dias de hoje!

Já falei sobre Vlad Tepes Dracul em um outro escrito mais específico onde pudemos rever algumas maneiras “diferentes” de se fazer justiça no mundo, e como seria gratificante ver esta justiça “Draculesca” se abater radicalmente sobre todos estes bandidos marginais que barbarizam as sociedades modernas, estes assaltantes, estes ladrões violentos, estes anti-helenicos por natureza, esta choldra de inúteis serem todos, torturados com fogo, empalados com estacas pontiagudas com mais de dois metros de comprimento, ou serem esquartejados vivos, esfolados e cozidos em enormes panelas de ferro!

Vampire (7)

Lembremos dos relatos medievais escritos por Ambrosiu Huber em 1499 na cidade alemã de Nuremberg, onde Drácula, o calamitoso, espalhava o terror da sua lenda com as atitudes reais e ferrenhas de uma justiça horripilante e assustadora, mas que funcionava de verdade!
Drácula é a manifestação absoluta do mito do vampirismo, é o vampiro por excelência, o símbolo superior que jamais será destruído, pois é a própria força da vida eterna conquistada! Não existe meio termo, ou se cultua Drácula ou odeia este mito como o diabo odeia a cruz, ou se identifica com Drácula ou será apenas mais um perdido no meio da massa humana dos grandes aglomerados em número!

Que símbolo mais ousado e másculo do que a imagem do vampiro criado por Bram Stoker?
Por certo o dandy da Irlanda não imaginaria a proporção que ganhou o seu personagem do romance publicado em 1897, uma das obras mais horripilantes escritas em língua inglesa, o livro “Drácula” vem sendo lido e relido a todo instante no mundo todo por adolescentes e adultos! Eu mesmo confesso que li o livro nos meus gloriosos dezesseis anos de idade pela primeira vez e de lá para cá já reli de oito a dez vezes mais ou menos!

Todo homem que sonha com as mais belas jovens cheirando água de flores, que sonha com as virgens impossíveis, ideal helênico de beleza clássica feminina, o sonho perdido com um número considerado de ninfas, todas estas fantasias oriundas de uma mente esclarecida e bem resolvida em questões de prazer, tem na imagem do vampiro a realização plena destes desejos reprimidos e sufocados pela falsa moral, tem no vampiro a transferência e a canalização direta dos próprios anseios eróticos que sufocam os moralistas ingênuos e as beatas frígidas castradas por preconceitos medíocres impostos por gente que no fundo é inimiga da vida e do prazer.

Um vampiro é uma espécie de “super-homem” que Zaratustra tanto falou, porém não é o “super-homem” em sua plenitude, pois é um ser diferente no perfil do comportamento e da personalidade que classifica-o como “um super-homem misterioso“.
Muitos de nós, cultuadores do vampirismo e da feitiçaria, magos, bruxos, ocultistas, goticistas e dandys, identificamo-nos com o perfil de um vampiro exatamente porque este personagem é a projeção absoluta de tudo aquilo que gostaríamos de ser! Acreditando nessa filosofia, vamos na medida que adquirimos conhecimento das verdades, tornando-nos espécies raras de vampiros!

Vampire (10)

O vampirismo passa a ser uma maneira exótica de pensar e agir num mundo repleto de riquezas e prazeres diversos que precisam serem conquistados, afinal chega o grande momento na vida onde temos que decidir por nossos gostos e desejos e só no universo do vampirismo estaremos plenamente realizados, e vingados de todo o mal que a realidade comum nos tem feito todos estes anos!
Juventude eterna” e “poder sobre os outros“, somente aqui um reino e harém aos nossos pés como “bon vivants” que somos, passaríamos o nosso tempo desfrutando prazeres que somente os vampiros podem gozar!

A transgressão ao pensamento dominante cristão de “fraternidade“, “perdão“, “piedade“, “igualdade social” e todas estas mentiras convencionais na moderna civilização, prevalecerá na filosofia do culto ao vampirismo como a rebeldia aristocrata por excelência!
Nelson Liano Jr., em sua célebre obra “Manual Prático do Vampirismo“, traça um perfil bastante singular sobre a filosofia do vampirismo. Quando estudei este livro, imediatamente classifiquei-o como um dos melhores trabalhos já escritos sobre um assunto tão complexo. Ali o autor abordou a essência do vampirismo de uma maneira perfeita em linguagem histórica e poética aprofundando neste obscuro universo onde orgias com ninfetas em rituais e sabás são realizações comuns aos neófitos iniciados.

As fantasias sexuais são os impulsos que precisamos para renascermos outra vez, mais humanos e mais saciados dos nossos desejos, que é a coisa mais importante da vida. “Só o prazer e a juventude valem a pena nesta vida“, ensinou-nos também o genial escritor irlandês Oscar Wilde.
Nestes rituais secretos, escondidos, pois tudo que é escondido é mais gostoso de fazer, ali o vinho era também um símbolo de comunhão, mas antes mesmo do vinho, o sangue humano era uma bebida ideal!
Mas a verdadeira maldição pode estar em um sangue sujo, contaminado com infecção venérea, sífilis ou HIV por exemplo, desta forma, o líquido mais precioso que existe pode oferecer uma morte eterna àquele que ingerir tal beberagem!
Atualmente uma orgia vampiresca é coisa raríssima de ocorrer, e o sangue é substituído por vinho quando ocorre tais deleites, onde os mais ousados se entregam aos prazeres…

O próprio Cristo em sua ceia com os apóstolos realizou na última noite um ritual fantástico de vampirismo simbólico, dando seu próprio sangue, substituindo por vinho em uma taça, aos doze apóstolos escolhidos para compartilhar do interessante ritual!
Tomai e bebei todos vós, este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por mim, por vós e por todos os homens, para o perdão dos pecados, faço isso para celebrar a minha memória!“. Aqui, nestas profundas palavras, o iniciado Jesus Cristo realiza um ritual pacto, onde o sangue está presente para ser bebido… Seu corpo que é simbolizado por um pão, será devorado também pelos apóstolos, numa comunhão, onde nos lembra simbolicamente um ritual de antropofagia que remonta há mais de 60 mil anos, onde se celebrava um culto primitivo ao redor do fogo! A mística da “Santa Ceia“, pintada por Leonardo da Vinci na parede de um grande refeitório do Mosteiro de Santa Maria Delle Grazie, em Milão na Itália, entre os anos de 1495 e 1498, expressa um verdadeiro clima de agitação ao revelar a Jesus que um dos que ali estavam iria traí-lo! O sal derramado na mesa é o símbolo desta traição…

O vinho tem a cor do sangue e o misticismo que remonta às próprias mitologias pagãs. Baco é o deus do vinho, logo a embriaguês, a dança e o prazer, são a glorificação da própria vida. Ingerir vinho (sangue simbólico) é reviver ou ressuscitar do tédio, que é uma espécie de morte psicológica, é embriagar-se de vida!…

Vampire (9)

Por todos os lugares que passei, com todos os homens que conversei, encontrei neles um desejo ardente por possuir deliciosas ninfas e mulheres sensuais, fogosas, fartas, delicadamente doces, selvagemente perversas! Em todos vi a frustração, a impotência perante o harém perfeito que é o mundo e a diversidade da realidade. Em todos estes homens, os mesmos queixumes, as mesmas fraquezas, as mesmas taras, os mesmos desejos de serem mais viris, os que mais gozam com um maior número de mulheres possíveis, todos tarados, todos sonhando com orgias impossíveis, nenhum exemplo prático, concreto, como um verdadeiro Sade ou Byron, nenhum Sultão, nenhum Casanova, nenhum César, nenhum Napoleão, nenhum Drácula! Todos bem abaixo do verdadeiro papel de homem!

Toda orgia, por mais ou menos requintada que seja, pertence ao culto do vampirismo, aos que vivificam esta maneira de ser e de agir no mundo. Só os vampiros são capazes de se realizarem plenamente porque fazem do prazer e da juventude um culto supremo.
Os homens comuns praticam sexo apenas e pronto, por ali se resumem as suas aspirações. Não vão além de um gozo comum e natural que também foi um presente da natureza. Estes impõem-se, como somente eles que fossem os eleitos, sendo que todo o reino da natureza é regido por esta força natural! Ou seja, “nada de novo debaixo do sol“. Mas quando mergulhamos na ilusão ou realidade do culto do vampirismo, abrimos novos campos para o prazer sexual e estético, então é revelado a nós de uma maneira muito especial que o prazer e o sexo são uma prática sagrada e milenar, que a fantasia abre os caminhos para multiplicarmos este tesouro que a natureza nos deu. Então, através da estética, ficamos mais exigentes até depararmos de fato com o “belo“, a beleza humana em si mesma.

Só se torna vampiro quando se descobre de fato o que é belo, então vem a necessidade apurada da grande conquista, da sedução vampírica, da posse física daquilo que de fato é vida!
Existem casos de mulheres mais velhas apaixonarem-se por garotos mancebos. Estas espécies de “vampiras” não buscam mais do que gozar o pleno vigor físico e a jovialidade dos mancebos de forma absoluta! E tudo elas fazem em matéria de sexo, iniciando estes jovens às verdadeiras loucuras eróticas onde a regra é o sexo livre, para a sorte absoluta dos eleitos por “Vênus“.
Teoricamente, o vampirismo se apresenta por mais de mil maneiras diferentes de interpretação, desde aquele goticismo sinistro e fantasmagórico até as mais excitantes maneiras e modos de erotismo e masoquismo, onde os neófitos atingem orgasmos através de dor e tortura. Tudo de mais profundo e criativo do imaginário humano compõe o cenário do vampirismo.
O célebre e genial Graça Aranha fez algumas importantes observações a respeito do medo no ser humano, em sua dissertação sobre “A função psychica do terror“. Ele nos relata o seguinte:
“Não é somente por uma manifestação physica retrógrada que o terror reside no homem, é também pelo retrocesso à alma antiga dos antepassados, reação em que a cultura adquirida se esvai, como a luz solar no mistério da infalível noite. Esse retrocesso à sub-consciência se acentua na vida coletiva, nas sociedades humanas, em que o estado de aglomeração faz despertar os instintos selvagens dos antropóides e homens primitivos que viviam em tribos. Outra causa do medo é a dor, antes do sofrimento moral, a dor física agindo nos centros nervosos do animal determinando o pavor do desconhecido e no homem cria o sentimento da morte.”
A imagem sinistra de um vampiro desperta nos homens este medo antigo pelo desconhecido, pelo ser excêntrico que o ameaça por diferentes formas transfiguradas no seio da escuridão.

Dhampir
O vampiro tradicional das páginas da literatura é o ser mais horripilante que pode existir, nas palavras, nos gestos, na imagem e no perfil, o vampiro equivale à mil homens em força e inteligência!
O vampiro sabe das verdades, conhece os tesouros do mundo, o valor do que é belo, o valor da beleza em si, por isso arrisca, por isso sai todas as noites à luta por uma presa de pele de seda e ventre aveludado, aspira o perfume ideal a sua tara ancestral e precisa gozar até o êxtase, sugando o sangue do pescoço ou pulsos da vítima. Aqui, como todos sabem, é uma espécie de símbolo esta mordida vampiresca que no fundo representa sempre uma selvagem relação sexual.

O que são as orgias depravadas dos filmes pornográficos senão a plena realização de instintos vampirescos de cunho perverso e escarnecedor?
As estrelas desses filmes, escolhidas a dedo, são a encarnação da própria beleza em si mesma, e o que é belo, arrebata sem piedade, então por alguns instantes nos vemos diante das forças primitivas da natureza auxiliada pela perversão dos que estão atuando por detrás dos bastidores!

Mito ou realidade, o vampirismo é esta força indestrutível de sedução, saque, posse, busca, conquista, realização e vitória sobre a morte, e só se vence a morte vivendo a vida intensamente, sem trégua e sem demonstrar fraqueza, avançando sempre em busca de um ideal.

Todo misticismo e poesia do culto do vampirismo deve ser preservado e apreciado cada vez mais como fonte de vida eterna e para enriquecer o nosso conhecimento e as nossas fantasias que são as armas que temos para destruir os nossos inimigos e o próprio tédio que se converte em spleem quando esmorecemos o nosso espírito criador.


Fonte: BocaDoInferno
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Nosferatu, o início da mitologia vampírica no cinema

19:58 0
Entre no filme, se envolva, extraía toda a essência filosófica sem deixar nada tirar sua emoção em frente ao vampiro-mor, do mestre!

por E.R.Corrêa


A década de vinte na Alemanha foi marcante pelo surgimento do movimento artístico cinematográfico denominado expressionismo. Este movimento nos presenteou com verdadeiras relíquias cinematográficas, que expressavam, além de outros fatores, a depressão e o pessimismo, visto que a Alemanha estava política e economicamente arrasada devido a sua derrota na Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918).

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E é neste ambiente que surge Nosferatu – Eine Symphonie des Grauens (Nosferatu, Uma Sinfonia do Horror, 1922), o maior clássico de horror de todos os tempos; uma verdadeira sinfonia de pesadelos ao luar.
A Alemanha é realmente uma nação surpreendente, pois foi trabalho deles introduzir o vampirismo como fonte de inspiração ao cinema. Já tinha acontecido algumas tentativas de usar o vampirismo como fonte de inspiração, porém o primeiro filme importante foi este, que sem dúvida nenhuma é a obra prima de Murnau. Friederich Wilhelm Murnau foi o responsável por esta gigantesca criação, que, como todos devem saber, foi inspirada na novela Drácula do escritor irlandês Bram Stoker, escrita em 1897. Porém, algumas alterações foram feitas para contornar problemas de direitos autorais. O nome do conde passa a ser Orlok e a ação é deslocada no espaço e no tempo: de Londres (Inglaterra) de 1897 para Bremen (Alemanha) em 1838.
Por não pagar os direitos autorais da história, Murnau perdeu a causa para a esposa de Stoker, e dessa forma foi proibida a divulgação do filme. Esse processo resultou na apreensão e destruição da maioria das cópias. Mas como um vampiro não pode morrer, Nosferatu torna-se um caso clássico de pirataria, servindo para tornar a obra ainda mais rara e importante para os fãs do vampirismo.

Nosferatu (1922) (5)

Já no início do filme, Huttler (correspondente a Jonathan da novela de Stoker), um corretor de imóveis, vai ao castelo de Nosferatu e este faz um longo monólogo a respeito da angustiante impossibilidade da morte, antes de mordê-lo. O filme traz alguns traços característicos da obra de Murnau como a eterna luta do homem com as forças do mal, o pavoroso medo da humanidade com a solidão, o papel da mulher como vítima expiatória etc. Embora pertença a tradição de terror do cinema expressionista alemão, a obra procura desvincular-se do condicionamento pictório e teatral da escola, na medida em que incorpora cenários naturais.
Ao contrário da maior parte dos filmes expressionistas alemães da época, como por exemplo, O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Weine, em Nosferatu as paisagens foram filmadas ao ar livre, desprezando os ambientes artificiais. A justaposição de certos elementos (a carroça do vampiro, por exemplo) com grandes espaços naturais sugere um mistério mais genuíno do que o pintado pelos grandes cenários dos expressionistas. Realizando o filme com o mínimo de recursos financeiros, Murnau conseguiu extrair do ambiente natural a noção do sobrenatural.
O filme se tornou um modelo para a posterior utilização de técnicas para a criação de ambientes insólitos. No filme desfilam pássaros sinistros, casas sombrias, grandes espaços vazios, atmosfera pesada, árvores fantasmagóricas que formam labirintos macabros (a aparência fantasmagórica das árvores foi conseguida graças a inteligência de Murnau, que mandou colar negativos no tronco das mesmas.
A maior parte do filme foi rodado em externas na região dos altos Tatra, na antiga Tchecoslováquia e no mar Báltico, para obter, desde as primeiras imagens, o clima denso descrito pelo roteirista Bela Bálaz como “um arrepiante sopro do Juízo Final”.
E graças às técnicas perfeitas do cameraman Fritz Arno Wagner, Murnau conseguiu as posições e enquadramentos que tinha como objetivo, com o uso de alguns truques básicos como a carruagem que atravessa a floresta dos Cárpatos, num cenário envolto em névoa (que seria muito utilizado posteriormente como uma característica do vampirismo), com tomadas de cavalos assustados, lobos e aldeões inquietos como num pesadelo…

Nosferatu (1922) (4)

Filmagens quadro-a-quadro também são utilizadas no filme, como aquela cena em que a carruagem do vampiro atravessa uma estreita e vazia estrada cercada por ciprestes negros. No plano estético, podemos observar o uso do jogo de luz e sombras dos cenários, e a força das expressões faciais davam o tom carregado e depressivo, imortalizando cenas perfeitamente góticas. Como a maior parte dos filmes expressionistas, os olhos dos atores eram vivamente pintados, numa forma que nos causa arrepios.
Este filme se destaca dos outros, pois apresenta um vampiro angustiado com a própria existência (bem de acordo com a sociedade alemã da época). Enquanto para Drácula a eternidade era um objetivo a ser alcançado, para Nosferatu a impossibilidade da morte era como um fardo a ser carregado.
O conde Orlok (Nosferatu), interpretado pelo magnífico ator Max Schereck, se tornou o vampiro mais poderoso da história do cinema, pois o ator ao interpretar o vampiro idealizado por Stoker, formou uma das mais poderosas caracterizações do personagem.
Max Schereck (o ator mais requisitado na época) caiu como uma luva no papel, pois não tinha nada de sedutor, era um zumbi esquelético, corcunda e careca, com orelhas pontiagudas, dentes incisivos (e não caninos), cara de rato, dedos longos e ossudos e um infernal apetite por aranhas e moscas. Um monstro absolutamente repulsivo e angustiado, condenado a viver do sangue alheio, sem nunca conhecer a morte nem o amor. Isto sem falar do branco marmóreo de sua pele contrastando com sua capa preta e comprida, tornando-o um fantasma completamente mórbido.

Nosferatu (1922)
Este visual um tanto carregado são fatores que nos fazem parar e pensar a respeito do angustiante fantasma da solidão. E é justamente a solidão o ponto referencial do filme; é nesta solidão que se baseia Drácula, e é ainda mais forte em Nosferatu. Com movimentos duros e expressivos, Nosferatu mais parece uma interpretação teatral, numa forma de atuar que colocaria os Dráculas posteriores no bolso. Algumas lendas rodeiam o filme (como não poderia deixar de ser) como a hipótese de, em poucas cenas, não ser Max Schereck quem interpreta o conde Orlok, mas sim um grande amigo de Murnau, o roteirista Hans Ramo. Um motivo a mais para se prestar melhor atenção às cenas.
A maldição do vampirismo é retratada de forma surpreendente por Murnau, mostrando o lado sombrio da vida, o lado que todos procuram evitar, isto é mostrado pelo próprio conde Orlok; toda angústia vivida pelo vampiro é completamente explorada ao longo do filme como uma redenção do próprio homem.
O filme apresenta cenas altamente depressivas, como o castelo vazio, procissões, pessoas enlouquecidas pelo surto de peste que Nosferatu havia trazido consigo. Ellen (correspondente a Mina, da novela de Stoker) pressente a chegada do navio de Nosferatu, enquanto observa o mar em um cemitério (!). Aliás, a cena mais antológica do filme é quando chega a Bremen a bordo de seu navio macabro, trazendo consigo centenas de ratos e, como não poderia deixar de ser, a tripulação completamente morta.

Nosferatu (1922) (2)

Ele leva seu próprio caixão até sua nova residência, onde, como um garoto tímido, apenas fica rodeando a casa de Ellen, até conseguir a oportunidade certa para atacar. Outra cena antológica apresenta, no meio de uma praça, uma enorme mesa, onde homens, mulheres e ratos disputam a mesma comida: é, certamente, uma alusão clara à última ceia de Cristo. Nosferatu destrói, em apenas uma cena, dois grandes inimigos de Drácula: a ciência e a igreja.
Porém o conde Drácula domina as mulheres, Nosferatu é dominado por elas. Tanto é, que, sua destruição é causada pelo amor de uma mulher que havia causado sua ressurreição ao amor. Ela se entrega a ele, mas não para seduzi-lo, e sim para destruí-lo, pois seria a única forma.
Ele, completamente envolvido por ela, suga tranquilamente seu sangue (simbolicamente, uma relação sexual) e não percebe a chegada do sol, mas um galo o avisa. É tarde, Nosferatu é completamente desintegrado pelos raios mortíferos de seu principal inimigo em frente a janela, numa das cenas mais emocionantes do cinema (somente os verdadeiros fãs entendem!).
Entre no filme, se envolva, extraía toda a essência filosófica sem deixar nada tirar sua emoção em frente do vampiro-mor, do mestre, daquele que, verdadeiramente, entende o sentido da vida… (ou da morte?).

Nosferatu (1922) (1)

N.E.: Em 1979 foi filmada uma outra versão chamada Nosferatu, The Vampyre (Alemanha / França), com direção, produção e roteiro de Werner Herzog, e estrelado por Klaus Kinski como o vampiro, e Isabelle Adjani como a sua vítima. Durante a década de 20 foram filmados alguns filmes mudos que, ao lado de Nosferatu, entraram para a história do cinema fantástico. O Gabinete do Dr. Caligari, Fausto, O Corcunda de Notre Dame, O Fantasma da Ópera e Metrópolis são obras primas que merecem ser revistas sempre.


Fonte: BocaDoInferno
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Atividade sobrenatural é testemunhada em sessão espírita

19:55 0
 Sharon Tate
Sessão aconteceu no aniversário do assassinato de cinco pessoas por membros da seita de Charles Manson.
No dia 9 de agosto, 45º aniversário do assassinato de Sharon Tate e outras quatro pessoas, de autoria de membros da seita de Charles Manson, participantes de uma sessão espírita que ocorria no local do crime foram testemunhas de eventos, supostamente, paranormais.


De acordo com o site TMZ, pouco depois da meia noite o alarme de incêndio do local disparou sem motivo aparente. Não havia sinal de fogo ou fumaça, mas duas velas se acenderam na mesa.


A sessão aconteceu próximo do número 10050 da Cielo Drive, onde membros da família Manson mataram cinco pessoas. Duas outras vítimas, Leno e Rosemary LaBianca, foram mortos na noite seguinte em outro local. A casa já não está mais lá, mas histórias de fantasmas na área permanecem frequentes.
 
 
Confira aqui um vídeo gravado durante a sessão.

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Ao ver filme, pai descobre que amiga da filha era garota morta

19:52 0


Um dos usuários da rede social Reddit fez uma pergunta aos outros internautas: "Qual foi a coisa mais perturbadora que seu filho disse ao falar sobre seu 'amigo imaginário'?" Algumas respostas, no entanto, foram perturbadoras, e o site "Mega Curioso" reuniu algumas delas.


Em uma, um pai escreveu: "Quando minha filha tinha três anos, ela tinha uma amiga imaginária que se chamava Kelly e vivia no seu guarda-roupa. A Kelly ficava sentada em uma pequena cadeira de balanço enquanto ela [a filha] dormia, brincava com ela etc. Bobeiras normais de amigos imaginários. De qualquer maneira, o tempo passou e dois anos depois, minha esposa e eu estávamos assistindo o filme 'Horror em Amityville' (aquele com o Ryan Renolds) e nossa filha entrou bem na hora em que a garota morta [na foto] fica com os olhos negros. Longe de parecer inquieta, ela disse: 'Essa se parece com a Kelly'. 'Que Kelly?', nós dissemos. 'Vocês sabem, a garota morta que vivia no meu guarda-roupa'".


Além dele, outros usuários compartilharam outras respostas, como, por exemplo, um usuário que relatou a história de um membro morto da família que possivelmente visitava uma criança: "Meu irmão menor costumava falar sobre a mulher que o visitava no quarto à noite. Ele dizia que ela usava um vestido vermelho, que seu nome era Frannie e que ela cantava para ele... E ela flutuava. Bem, de fato, eu tinha uma parente que havia morrido anos antes de ele nascer que se chamava Frannie; sua cor favorita era vermelho e eu acho que ela foi enterrada com um vestido vermelho. Quando mostramos uma foto dela, ele confirmou que ela o estava visitando."


Outra internauta falou sobre o avô que visitava a netinha: "Minha filha costumava me contar sobre um homem que entrava no seu quarto todas as noites e fazia o sinal da cruz na sua testa. Eu achava que era só um sonho. Então, minha sogra me mandou algumas fotos de família. Minha filha olhou diretamente para a foto do pai do meu marido (que faleceu há 16 anos) e disse: 'Esse é o homem que vem no meu quarto todas as noites'. Depois meu marido me contou que o seu pai sempre fazia o sinal da cruz na testa dele quando ele era pequeno."


Em outras duas histórias, as crianças pareciam assustadas ao receber ordens dos amigos. "A mãe de um dos meus alunos nos contou em uma reunião que estava preocupada porque seu filho (de 7 anos) falava sobre um fantasma invisível que conversava e brincava com ele no seu quarto. Ele disse que o fantasma se chamava O Capitão e que era velho, branco e tinha barba. A criança contava para a mãe que O Capitão dizia que, quando ele crescesse, seu trabalho seria matar pessoas e que O Capitão diria quem precisava ser morto. O menino chorava e dizia que não queria matar ninguém quando crescesse, mas O Capitão falava para ele que não havia escolha e que ele se acostumaria a matar com o passar do tempo", relatou uma usuária da rede social.


Outro internauta também chocou ao contar sua história. "Quando meu irmão era pequeno, ele agia como se houvesse anjos falando com ele o tempo todo. Um dia, minha mãe acabou o ouvindo dizer: 'Eu não posso matá-lo! Ele é meu único pai!'"


Outro internauta falou sobre o pai de família homicida que visitava seu irmãozinho: "Roger, o amigo imaginário do meu irmão menor, vivia embaixo da nossa mesa. Roger tinha uma esposa e nove filhos. Roger e sua família viveram pacificamente conosco durante três anos. Um dia, meu irmãozinho anunciou que Roger não estaria mais por perto, já que ele havia se matado e atirado em toda a sua família. Eu não sei se ele se lembra disso, mas a sua real falta de remorso foi inquietante."




Fonte: BOL Via: ArquivosDoInsolito
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sábado, 16 de agosto de 2014

Governo Brasileiro libera um dos mais importantes documentos secretos sobre UFOs até agora

15:13 0
 
 
Depois de longa espera, um novo lote de documentos foi liberado pelo governo e Forças Armadas, contendo dois relatórios estatisticos além de filmes e gravações, que serão alvo de detalhada análise em breve

Após a histórica reunião no Ministério da Defesa em Brasília, em 18 de abril de 2013, entre representantes das Forças Armadas e da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), esperava-se o definitivo estabelecimento de uma cooperaçao entre civis e militares sobre a questão ufológica no Brasil. Infelizmente não foi o que ocorreu, e a Comunidade Ufológica Brasileira já se perguntava se seus esforços seriam em vão. 
 
 
Porém, nesta quinta-feira, 07 de agosto, finalmente um novo lote de documentos foi liberado, novamente graças aos esforços da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), dentro da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já da Revista UFO. Uma análise preliminar comprova que os documentos trazem informações extraordinárias, conforme descrevemos abaixo.


Os documentos disponibilizados para consulta pública no site do Arquivo Nacional, ou Sistema de Informação do Arquivo Naciuonal (SIAN), contém informações sobre UFOs compiladas por oficiais da Aeronáutica. E pela primeira vez, entre eles estão fitas VHS e cassete, contendo entre outras informações filmagens de objetos não identificados e gravações entre pilotos e controladores de voo. 
 
 
Contudo, o mais surpreendente em todo o material são mais de 500 páginas que se constituem em dois relatórios estatísticos do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), praticamente um resumo de todos os casos que chegaram ao conhecimento da Força Aérea Brasileira (FAB), dos anos 50 até o ano 2000.


Até este ano de 2014 esses dois relatórios estavam classificados na categoria Secreto da legislação brasileira. Sabia-se de sua existência desde o início de 2002, quando o então deputado e jornalista Celso Russomanno divulgou em seu programa noturno Nigth And Day, na Rede TV as capas dos cadernos, mostrados pelo comandante do COMDABRA à época, brigadeiro José Carlos Pereira. 
 
 
Desde então, tais documentos sigilosos foram alvo de insistentes pedidos da CBU, inclusive na visita que os membros da Comissão fizeram ao CINDACTA, onde encontram-se as instalações do COMDABRA, em maio de 2005. 
 
 
Entretanto, só após a vigência da Lei de Acesso à Informação (LAI) de 2011 tornou-se possível acionar legalmente o Ministério da Defesa, a fim de obter a desclassificação de informações relativa ao tema, entre elas os mencionados cadernos.


CUIDADOSO TRABALHO ESTATÍSTICO E PARTICIPAÇÃO DA INTELIGÊNCIA DA AERONÁUTICA


O primeiro relatório estatístico disponível no SIAN e no site da Revista UFO é um compêndio com dados sucintos de centenas de casos registrados pela FAB, 614 nesse primeiro levantamento, até março de 2000. 
 
 
Aparentemente o documento foi assim classificado como Secreto por conter expressões que, se são comuns ao meio ufológico, poderiam representar certo embaraço entre os militares e noi meio acadêmico. 
 
 
Em várias passagens os documentos aludem a “contato com ET”, ou “contato imediato”, claramente aludindo à possibilidade de contato com entidades extraterrestres. Há uma indicação de que os casos ali relatados não sofreram pesquisa científica, mas evidentemente os militares utilizaram na confecção dos dois relatórios um rigoroso método de levantamento e ordenamento, incluindo testemunhas gabaritadas como pilotos civis e militares, controladores de voo, além do uso de aparelhos como radares e binóculos e logística militar em alguns casos. 
 
 
Tal profissionalismo exalta a importância dos documentos, que deveriam ser alvo de uma detalhada investigação inclusive por veículos de divulgação científica.
 

Continue lendo na fonte da Notícia: Portal UFO 
 
 

Fonte: Ets & Etc
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Brincadeira do Copo: como fazer, advertências e relatos de quem fez

15:10 0


Conheça a história da brincadeira do copo, leia as advertências e os relatos de quem já fez e até aprenda a fazer a brincadeira. Preparado para entrar em contato com o mundo dos espíritos?

Em uma festa, encontro ou mesmo em uma sala de aula, sempre alguém vira e fala "Vamos fazer a brincadeira do copo?". Antes de responder "sim", é melhor ler este post...


Um pouco de História

Comunicação com os espíritos sempre existiu de uma forma ou outra, basta pegar os manuais de invocação que você encontra em livros como São Cipriano, mas quem se comunicava eram os bruxos e estudiosos do assunto. Em 1848 tudo mudou, pois uma família comum de um vilarejo próximo à cidade de Rochester, estado de Nova York, chamado Hydesville começou a se comunicar com os espíritos através de batidas (raps), conseguindo respostas como 'sim' e 'não' para as perguntas. A notícia se espalhou e desse episódio surgiu o espiritismo moderno.


Bem, então eles começaram a fazer perguntas mais complexas, como saber o nome do espírito, e para isso, ele dava batidas conforme as letras, sendo uma batida para A, duas para B, três para C e assim por diante. Imagina como demorava para escrever o nome do espírito? Já pensou quando o espírito se chamava William ou Washington? O espírito tinha de dar mais de 100 batidas!

Então como você presume, eles tentaram aperfeiçoar a técnica de comunicação e começaram a usar as mesas girantes. Os médiuns colocavam os dedos na mesa e ela levitava, girava para os lados e batia as pernas no chão. Também era bem oneroso. Tinham de aperfeiçoar. Saiba mais sobre as mesas girantes no livro O Fenômeno das Mesas Falantes de José Lhomme. Tem disponível na loja Sobrenautral.

Bolaram então a planchette, que nada mais era do que uma base em forma de coração com rodinhas e um lápis acoplado, na qual o médium apoiava sua mão. Tornou-se bastante popular em 1860. Só tinha um problema: ninguém conseguia entender os garranchos que eram escritos!


Foi então desenvolvido o Tabuleiro Falante, que tinha as letras do alfabeto, sim, não, números e boa noite (havia variações). Funcionava assim: duas pessoas sentavam de frente e apoiavam o tabuleiro sobre as pernas. Pegavam a planchette e ela deslizava pelo Tabuleiro Falante. Bem mais prático! Com o tempo, as pessoas foram trocando a planchette por um simples copo. Tá quase heim.


O tabuleiro falante



Tábua Ouija. Veja as mãos sobre o planchette e o tabuleiro apoiado
sobre os joelhos
Assim, em 1898, Charles Kennard, William Fuld e sócios patentearam o Ouija Board (tabuleiro Ouija). Foi um sucesso. Era vendido como brinquedo e quase toda casa americana tinha um. Mas então veio o filme "O Exorcista" e um monte de gente jogou fora e os pais proibiram os filhos de "brincarem".

Assim, quem não tinha mais uma tábua ouija ou dinheiro para comprar, deu um jeito e bolaram a famosa brincadeira do copo. Existem até algumas variantes que simplificaram ainda mais o tabuleiro, como o jogo da caneta e do compasso.

A comunicação com os espíritos continuou a sua evolução e temos o uso da tecnologia a nosso favor, como a Transcomunicação Instrumental e os FVEs. (fenômenos de voz eletrônicas)

Não foi divertido ouvir a história?

Advertências: Antes de Fazer, leia!

Claro que tem de haver muitas advertências!

Ana Carolina: Este tipo de brincadeira não deve ser feita de maneira alguma!!!!!! Não façam! Ao fazê-la vocês atraem espíritos que ficam vagando pela Terra...muitas vezes, são espíritos que estão atrás de vingança, ainda não sabem que morreram ou estão apenas à procura de divertimento. Espíritos bons não respondem a esse tipo de chamado!! Para conversar com bons espíritos, ore! Os espíritos que respondem a essas brincadeiras não o fazem gratuitamente, ao responderem suas perguntas, eles acham que vocês ficaram devendo algo a eles e logo vão ficar perseguindo até que paguem pelo favor. Ou seja, vocês serão obsediados, como é chamado na linguagem espirita! Eles não sabem de nada, respondem o que lhes da vontade. Fingem ser quem quiser e enganam as pessoas. Ter um espírito como esses com você é algo muito ruim, portanto não façam esse tipo de brincadeira! 

Pedroso: Um aviso de extrema precaução para que as pessoas não façam jogo do copo: elas não fazem ideia do mal que estão puxando para si mesmas, a loucura que tomará a mente delas. Espíritos puros e bons se comprazem fazendo o bem incessantemente, não façam o jogo do copo procurando respostas ou alívio, pois após o jogo do copo só haverá mais sofrimento e pavor. Espíritos maus se comprazem com este jogo respondendo o que vêm à cabeça deles, e se divertem muito. Se as pessoas querem auxílio, rezem intimamente, sem rituais, uma oração de coração é extremamente ao contrário do jogo do copo. Pensem nisso, não façam, as conseqüências são gravíssimas.

Ligia: Bem pessoal, em primeiro lugar não brinquem com o copo ou qualquer outra coisa porque simplesmente espíritos de luz, esclarecidos não se prestam a esse tipo de coisa, então o que sobra são os espíritos zombeteiros, impuros, levianos etc. É uma coisa muito séria e se querem saber mais do assunto o que pode acontecer quando se brinca com o copo, leiam o livro "Copos que Andam" de Vera Lucia Marinzeck... muito interessante... Lembrem-se: nunca mexam com o que não se sabe...


Livro alerta para os perigos
da Brincadeira do Copo
Muitas vezes o jogo termina de uma forma tensa. Existem diversos relatos de copos que simplesmente explodem e você sofre um corte com estilhaços. (Quem lê o resumo semanal que escrevo vai lembrar de quando, lavando louça, quebrei um tipo de pires de vidro e fiz um super corte na mão. Não fui ao médico, a Ana colocou uns esparadrapos, só que agora ficou com uma queloide bem feia no local. Aprendi que tem de ir ao hospital e fazer o certo.)

Se as advertências foram poucas, existe um livro clássico sobre o assunto, chamado "Copos que Andam", romance do espírito Antônio Carlos e psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho.

O espírito de António Carlos, neste romance busca nos alertar através de seus personagens (extraídos da vida real), para o grande risco e perigo em que incorrem todos aqueles que, por meio de objetos, tais como copos, pêndulos, etc, acabam atraindo para si mesmos a atenção de espíritos inferiores, ignorantes e maus e, a tal ponto de acabarem sendo perseguidos e obse-diados pelos mesmos, uma vez serem estes, portadores de fluídos pesados e negativos. Bons espíritos jamais se prestam a tais brincadeiras ou invocações.

Como Fazer a Brincadeira do Copo


Está certo que quer fazer? Leu com atenção as advertências? Quer prosseguir? Por sua conta e risco heim!

Na internet você encontra formas e mais formas de fazer a brincadeira. Alguns dizem que precisa de um médium. Outros dizem que tem de rezar Pai-Nosso e o que puder mais antes, que o copo tem de ser virgem, e por aí vai. Vou descrever a forma simplificada.

Primeiro, é recomendável fazer em grupo, não sozinho, mas você pode tentar.

Pegue cartolina, papel sulfite ou o que der e recorte retângulos em tamanhos iguais. Escreva todas as letras do alfabeto, números de 0 a 9, "Sim", "Não" e "Sair".

Feito isso coloque em uma mesa em formato de círculo e o copo no centro. Se tiver uma tábua ouija, fica mais fácil. Basta colocar o copo sobre ela.

Agora, todos os presentes colocam o dedo indicador sobre o copo, e um faz a pergunta. Começa com "Tem algum espírito aqui?". Aguarde o copo se mover. Pergunte se é um espírito do bem, faça as perguntas que desejar.

Quando quiser terminar a brincadeira, diga que deseja sair. Aguarde o copo ir para o "sair" e pronto, você acabou de participar de uma experiência sobrenatural!


A mesa da brincadeira do copo fica parecida com a da imagem acima.
Tudo disposto em forma circular e o copo no meio
Dicas: 

- Crie o ambiente! Acenda uma vela, apague todas as luzes, conte umas histórias de quem fez antes a brincadeira. Crie um clima para o que vai fazer. Se fizer no meio da tarde ouvindo uma música agitada não vai ser a mesma coisa.

- Não faça perguntas do tipo "O Gustavo gosta de mim", "Quando vou morrer", "A Karina vai na escola amanhã?". O espírito não tem como saber disso, ele não é um oráculo!

- Faça perguntas objetivas! Imagina o trabalho que seria para responder: "O que vai cair na prova amanhã?". Seja objetivo!

- Não irrite o espírito e nem peça sinais físicos, como pedir para ela abrir a porta ou fazer ventar. Concentre-se no copo mexendo.

- Não vá fazer a brincadeira em estado alterado de consciência, ou seja, bêbado ou drogado! A chance de um espírito ruim vir "conversar" com vocês será bem grande....

Relatos de quem fez


Tábua Ouija
Jogo do Copo: Alunas Atormentadas em São Paulo
Enviado por Apanhador de Contos
Fonte

"Nunca diga que aquilo é uma brincadeira." (Sabrina C.)

Este relato foi feito por três pessoas da cidade de São Paulo, mais especificamente moradores do Bairro Jardim Ângela. Uma dessas três pessoas que fizeram o relato (Sabrina) foi testemunha ocular do fato, as outras duas estavam presente em alguns momentos dos envolvidos e pediram seus nomes preservados.
Sabrina resumiu o fato:

"Nós três estudávamos juntas em uma escola no Jardim Ângela mesmo. Às vezes, no fim de semana, a gente dormia uma na casa da outra e ficávamos noites acordadas conversando sobre diversos assuntos.

Em certo final de semana, nós três ficamos em casa. Nós ficamos até de madrugada na internet. Foi quando me mandaram um vídeo pelo Facebook de uns caras fazendo aquele "jogo". Minha amiga V., que era a mais corajosa de nós, na mesma hora já nos deu a ideia : "VAMOS FAZER ESSE JOGO TAMBÉM!". Eu concordei, mas a B. que era a mais quietinha ficou meio assim e disse que não.

No outro dia (um sábado), V. veio com um monte de papéis e disse pra nós dormirmos na casa dela. Ela havia pesquisado como se jogava e disse que queria tentar. A B. disse que não iria, mas conseguimos convencê-la. Nenhuma de nós acreditava, mas alguma coisa dizia que aquilo não era bom. Mas no impulso da adolescência nós fomos em frente.

No quarto da V. nós ascendemos velas, apagamos as luzes, ficou horrível, o clima mudou de verdade.
B. ficava sempre debochando, dizendo que éramos ridículas.

Em clima de brincadeira fizemos o procedimento todo, depois de uma oração. Chamamos "Tem alguém aí?", "algum espírito de luz deseja se comunicar?", entre outras frases do tipo.

Todas com o dedo no copo, se seguravam para não rir. Eu ficava olhando na vela, com a intenção de ver a chama se mexer ou coisa parecida que provasse a veracidade de alguma presença. De repente o copo mexeu. Foi até a letra "E". Uma olhou pra outra e começamos a rir. Um sentimento de agonia foi me tomando. Eu ria, mas uma euforia, uma vontade de levantar dali e correr era enorme. Não era medo, e ainda não acreditava, mas era um sentimento meio maluco, uma vontade lá no fundo de jogar aquele copo longe (muito estranho).

Foi então que o copo começou a mexer aleatoriamente. Da letra "E" ele foi pra "O" e pra várias outras. Nosso riso parou. E depois do fim da nossa risada o copo também parou.

Então V. perguntou : "Você é do bem?"

O copo demorou quase um minuto, mas foi na letra "A", "M", "I" e nós começamos a rir de novo. Ele parou ali, deduzimos que podia ser a palavra "AMIGO", sei lá.

Ficamos sérias novamente. V. perguntou se ele sabia o nome dela. O copo foi na palavra "NÃO". Após isso a B. disse que queria parar, nós perguntamos se podíamos parar, esperamos por uns 40 segundos, o copo permaneceu no "NÃO".

Então V. perguntou o que ele ainda queria. O copo foi na letra "S" . Nesse momento meu coração gelou.
O copo seguia. Do "S" foi pra letra "E", fiquei mais aliviada, pensei: "Ele nem sabe quem sou eu". Do "E" foi para o "B", "R","N" e "A". Quase meu nome certo.

Eu disse que também queria parar. Disse que elas que estavam fazendo aquilo.

Então V. perguntou se ele estava muito perto da gente. Dessa vez o copo nem demorou, foi direto no "sim". Nós olhamos uma pra outra, V. pediu para sair, ele não respondia.

Eu comecei a chorar, já estava apavorada. Depois que ele disse que estava perto, eu comecei a sentir uma presença, como aquela sensação de que alguém está chegando por traz. É agonizante.

B. retirou o dedo resmungando e se levantou. A V. disse pra ela voltar porque não podia sair sem ele deixar. Nesse momento aconteceu a coisa mais horrível que já vi.

Quando a B. pôs o dedo de novo no copo, ele começou a ir de um lado pro outro, sem sentido algum. A V. caiu pra trás. Nós levantamos e fomos ver, V. estava desmaiada. Chamamos os pais dela, eles vieram e contamos o que aconteceu. Quando ela acordou não falava uma palavra, ficamos com muito medo dela. Nesse dia fomos dormir já era de manhã.

V. começou a ter visões na sua casa. E não era somente uma pessoa, eram várias. Ela não ficava sozinha em casa por nada. Sempre que ia dormir, não queria entrar no quarto, dizia que alguém aparecia quando os pais saiam de lá. Eu tive isso por uns dias também, mas passou.

Agora com a V. as coisas foram muito terríveis, ela tentou suicidar-se duas vezes. Hoje (dois anos após aquela noite) ela foi internada em uma clínica. Quando eu e B. vamos visitá-la, ela chora muito. Diz às vezes que, nós não estamos livres, que ela ouve vozes falando de nós. Está irreconhecível, o modo de falar e o semblante de seu rosto. Nunca comento com ninguém essa história, é uma página que quero virar na minha vida. E também é difícil que alguém acredite e possa ajudar efetivamente.

Algumas vezes tenho sonhos com aquela noite, muitas vezes é muito real, a minha mente remonta aquela cena fielmente. Mas com uma diferença: Eu vejo uma pessoa atrás de nós durante o jogo. E sempre a mesma pessoa, a qual nunca vi na minha vida.

Posso dizer com propriedade: Nunca façam o que fizemos! A vida de uma pessoa se arruinou por pura curiosidade. Ainda posso sentir algo por perto."

Sabrina C.


Cuidado com essa brincadeira....
Jogo do Mal
Enviado por Isabella Somerset
Fonte

Como todo adolescente, eu já joguei o jogo do copo. Sou muito reservada para falar sobre isso pois aconteceram coisas anormais após jogarmos o "jogo", houve até uma morte. Mas depois de pensar resolvi contar, pois aqui permite o anonimato.

Era uma tarde de domingo, uma tarde chuvosa, e fria. Eu estava com meus primos, nós estávamos sozinhos em nossa casa da praia. Meus pais e meus tios haviam saído de carro, não me recordo bem mas parece que eles foram ao supermercado.

Como em casa não tinha nada para fazer, minha prima teve a ideia de fazer o maldito Jogo do copo. Eu discordei. Sempre fui a mais 'do contra' e medrosa da família, mas depois de tanta insistência dos meus primos eu decidi jogar.

Pegamos uma cartolina, fizemos o abecedário, escrevemos o sim e o não, os números, e fizemos o pentagrama. Meu primo pegou um copo novo e virgem que meus tios tinham acabado de comprar, e umas velas que tinha na casa para casos de faltar luz, ou algo assim. Rezamos o que pedia, apagamos a luz, acendemos as velas, e começamos a 'sessão espírita' digamos assim. Minha prima, começou a rir descontroladamente falando que não iria funcionar, e fez a seguinte pergunta:

- Que dia eu vou morrer então?

Ninguém estava com a mão no copo como se pede o ritual. Ele começou a mexer, devagar, nos deixando apavorados, minha prima que debochava, se calou. O copo ia para os número 1, em seguida para o 2, em seguida para o 0, e depois para o 8. Formando 12 - 08, mas ele não parava, até dar a data completa, ele ia para o 2, em seguida para o 0, em seguida para o 1 e depois para o 2. Formando por fim, 12/08/2012, e assim voltando para o pentagrama. Detalhe: Nós fizemos essa sessão em 2011.

Nós ficamos apavorados, sem ação, eu já comecei a chorar, e pedi permissão para sair do jogo, típico de uma menina medrosa, ele deixou. Meu primo logo em seguida pediu também, ele deixou. Minha prima, ficou apavorada, e saiu do jogo sem permissão. E depois de alguns minutos nossa família, chegou. Pegando todos apavorados, com o jogo. Assim minha tia furiosa, falou que não era gente brincar com isso, que era sério. Ela pegou o tabuleiro acendeu a luz e disse: Eu quebro esse jogo, eu quebro esse portal, em nome de Deus, rasgando a cartolina. Depois de uma semana, eu quase morri afogada na piscina do clube, eu estava sendo puxada para baixo, minha perna estavam vermelhas, e eu estou com a cicatriz de um arranhão, que parece um pentagrama, até hoje. Meu primo quebrou o pé jogando bola. Depois de uns meses, minha prima havia esquecido do jogo, e tals. O dia que o espírito falou já estava se aproximando.. E quando chegou o dia, de manhã bem cedo, minha tia liga para a minha mãe desesperada, falando que minha prima havia morrido.

E dia 12/08/2013 (hoje), faz um ano que ela morreu.  Eu me arrependo muito de ter jogado isso, até me sinto culpada pela morte da minha prima.





A Ciência Explica

Assombrados, a ciência explica a brincadeira do copo: é tudo culpa do Efeito Ideomotor, que são pequenas e involuntárias contrações musculares.

Não pode ser, o copo move tão facilmente, é sobrenatural!

Para provar que tudo não passa de Efeito Ideomotor, a ciência pede para os participantes de uma sessão de brincadeira do copo vendarem os olhos. O efeito será devastador! O copo vai mover, mas cada um dos participantes vai levá-lo para um lugar distinto. Vira uma guerra!


Experimenta fazer a brincadeira com os olhos vendados...
O efeito ideomotor é mais comum do que se pensa e você provavelmente já foi vítima dele. Como quando assistia a uma partida de futebol e, sem mais nem menos, chutou a poltrona no momento em que o atacante hesitou com a bola diante do gol. Ou todas as vezes que seus pés procuraram instintivamente o pedal do freio a cada manobra arriscada do seu amigo na direção. Médicos e psicólogos vêem o efeito ideomotor como um tipo de imitação involuntária; o observador age conforme o que vê ou o que gostaria de ver.

Outros argumentam que se existe um espírito, porque ele precisa que os participantes coloquem o dedo no copo. Por que ele mesmo não faz isso?

Agora você decide se prefere acreditar no além ou na ciência.

Hollywood Demonizou a Tábua Ouija

A tábua ouija antigamente era usada como entretenimento da família, principalmente nos EUA. No Brasil, a empresa Estrela lançou um brinquedo - que na verdade era uma tábua disfarçada - chamado “Converse com seu Anjo”, mas Hollywood fez alguns filmes que fizeram as pessoas ficarem com medo só de olhar para ela.


Olha que joguinho legal para dar para seu filho! Leia um post que fizemos sobre esse jogo clicando aqui!
Alguns filmes que demonizaram a tábua ouija:

- "Amytiville 3D" (1983): John Baxter (Tony Roberts) é um cético repórter e após se divorciar de Nancy (Tess Harper), compra por um preço bem baixo (já que ninguém queria o imóvel), a assustadora casa de Long Island, onde já tinham havido várias mortes. Logo John constata que a razão deste temor não eram tolas superstições e sim algo bem terrível.

- "A Verdade Escondida" (2000): Já passou um ano desde que o Dr. Norman Spencer (Harrisson Ford) traiu a sua linda mulher Claire (Michelle Pfeiffer). Agora que o caso terminou e desconhecendo Claire a verdade, a vida e o casamento de Norman parecem perfeitos - tão perfeitos que quando Claire lhe diz ouvir vozes misteriosas e ver a imagem fantasmagórica de um jovem mulher em casa deles, ele minimiza esses episódios como sendo meras alucinações. Contudo, à medida que Claire chega cada vez mais perto da verdade, torna-se claro que estas aparições não podem ser minimizadas e que vieram atrás do Dr. Norman Spencer... e da sua linda mulher.

- Trilogia "O Espírito Assassino" (Witchboard, 1985). Durante uma festa, amigos resolvem brincar de espiritismo usando uma tábua Ouija para fazer contato com o além. Apesar de ninguém levar a brincadeira a sério, ocorrências sinistras tomam conta da casa e ameaçam a vida dos participantes.


- "O Jogo dos Espíritos" (Long Time Dead, 2000): Um grupo de jovens estudantes londrinos, em meio a drogas e álcool, resolve realizar uma brincadeira com a tábua de Ouija. Eles acidentalmente libertam um espírito maligno, que passa a causar uma série de mortes bizarras entre eles. Eles precisam então descobrir uma maneira de devolver o demônio à tábua de Ouija antes que todos sejam mortos.

- "O Exorcista" (1973). Esse sepultou a tábua ouija para sempre, pois mostra Regan usando o tabuleiro para conversar com seu amigo invisível, o Capitão Howdy, que na verdade era o diabo disfarçado. Foi simplesmente o filme mais aterrorizante já feito.

Depois de tanta propaganda negativa, é bem difícil encontrar uma tábua ouija para venda em alguma loja (pelo menos aqui no Brasil). Você só vai encontrar na internet.

Via: Assombrado

Fontes (Acessadas em 15/05/2014)
- Sobrenatural.Org: Brincadeira do Copo
- Projeto Ockham: Conversando com os Mortos - A História da "Brincadeira do Copo"
- AssombradO.com.br: 10 Relatos sobre Brincadeiro do Copo
- AssombradO.com.br: Hydesville: O Berço do Espiritismo
- AssombradO.com.br: Jogo “Converse com seu Anjo”
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