Cada
povo, tribo ou religião tem práticas distintas. Algumas podem ser muito
parecidas entre elas, mas outras podem ser um tanto esquisitas. Por exemplo, o
que é muito comum para um muçulmano xiita, como sangrar horrores em rituais de
autoflagelação, pode significar um show de horrores para nós.
Assim como essa, outras práticas culturais e religiosas chamam a atenção
do mundo pela bizarrice no presente e também foram alvos de espanto no passado.
Conheça algumas logo abaixo:
1 – Amputação de dedos na Indonésia
Imagine
se a cada parente falecido seu você cortasse uma parte de seu dedo? Além da dor
emocional, se tivéssemos essa prática por aqui, passaríamos por dores físicas
extremas em alguns períodos de nossas vidas. Pois esse costume cruel faz parte
da tribo Dani que fica na Indonésia e essa dor a mais sobra para as mulheres.
Lá,
quando um membro da família morre, as mulheres da tribo expressam fisicamente o
seu pesar cortando um pedaço da ponta de um de seus dedos. A prática cultural é
realizada como um meio para satisfazer os fantasmas ancestrais. Apesar de já
não ser tão frequente como no passado, alguns integrantes da tribo continuam a
fazer o ritual.
Antes
de serem amputados, os dedos são amarrados com uma corda por 30 minutos para
adormecer a região. Depois disso, as pontas em feridas são queimadas para criar
novo tecido cicatricial.
2 – Autoflagelação dos muçulmanos xiitas
Você já
deve ter visto algumas cenas de manifestações xiitas em que os homens se
autoflagelam com chibatadas nas costas até sangrarem ou mesmo batendo a mão nas
suas cabeças. De fato, esse povo muçulmano é bastante conhecido por se
martirizarem em praça pública.
No
Ashura, que é um evento islâmico reconhecido por muçulmanos de todo o mundo, é
celebrado o dia do martírio de Husayn ibn Ali (ou Imam Hussein), neto do
profeta Maomé, na Batalha de Karbala no século 7. De acordo com a história,
Hussein e seus companheiros foram repetidamente atingidos na cabeça com punhais
e seu sangue foi derramado sobre as ruas muçulmanas.
Assim
como foi no passado, o mesmo ritual é realizado por centenas de homens que
derramam o seu próprio sangue em chocantes atos de autoflagelação com batidas
de facões na cabeça. Segundo eles, isso serve como forma de absolver o pecado e
lamentar o fato de que eles não estavam presentes para salvar Hussein.
3 – Ritual funerário dos esquimós
Alguém
aí se lembra da Família Dinossauros? Em um episódio, chamado O Dia do Arremesso, o Dino deveria
arremessar a sua sogra do alto de um penhasco num poço de piche para o seu fim,
pois ela já tinha completado 72 anos e o “arremesso” para a morte fazia parte
da tradição. Com exceção de arremessar a pessoa, com os esquimós acontecia algo
parecido.
Embora
quase não exista mais, a cerimônia consistia em colocar o corpo de um ancião
falecido ou mesmo ainda vivo para enfrentar a sua velhice em um tipo de maca
que ficaria a deriva das águas gélidas para a eternidade.
Os
esquimós acreditam na vida após a morte e esta prática era uma forma de
garantir que os idosos não fossem um fardo para a família, enviando-os para o
seu fim forma digna e graciosa, de acordo com as tradições.
4 – Endocanibalismo em tribo amazônica
Na
tribo Yanomami, da floresta amazônica (entre o Brasil e Venezuela), tomar uma
sopinha pouco tempo depois do falecimento de um membro pode vir com um
“temperinho” especial.
Essa
tribo indígena é conhecida por sua tradição de endocanibalismo. Quando uma
pessoa morre, o ritual consiste em envolver o cadáver em folhas e permitir que
os insetos ataquem o corpo em decomposição.
Após 30
a 45 dias, os ossos são recolhidos, triturados, pulverizados e misturados numa
sopa de banana para ser consumida por todos. Mas ainda sobra um pouquinho do pó
de índio para ser consumido após um ano, quando eles consomem novamente com uma
sopa de folhas de bananeira. Segundo a tradição, o ritual ajuda a garantir que
as almas encontrem seu caminho para o paraíso.
5 – Sacrifício de ursos em tribos do Japão e Rússia
Ursos
de verdade são ferozes e perigosos, mas nem por isso há motivo para matá-los se
eles não atacarem. Bem, isso não era problema para o povo Ainu, que engloba
algumas tribos indígenas que vivem em ilhas do Japão e da Rússia (Hokaido,
ilhas Curilas e Sacalina).
Nesses
locais, esses povos sacrificavam ursos em nome da devoção à religião e à
natureza, acreditando que esses animais eram deuses andando entre os seres
humanos. Dessa forma, eles achavam que o sacrifício do urso abençoava a alma da
humanidade.
Além de
sacrificarem os ursos, os membros das tribos bebiam o sangue do animal, comiam
a carne e colocavam o crânio em cima de uma lança envolvida com a pele dele.
Apesar da prática já não ser tão difundida, ela ainda ocorre em algumas áreas.
6 – Carregar a noiva andando em brasas na China
Embora
seja praticado ainda em poucas regiões da China, esse costume, de o noivo
carregar a noiva andando sobre brasas antes de chegar a sua casa, ainda é um
tanto bizarro. Segundo a tradição, o ritual garante que a mulher tenha
uma gravidez tranquila e um parto bem-sucedido.
7 – Vivendo com os mortos na Indonésia
Qualquer
semelhança com o filme Um Morto
Muito Louco não é
mera coincidência. Pegar o falecido mumificado, botar uma roupa maneira e levar
para passear é algo bastante comum para alguns grupos étnicos no distrito
Toraja, na Indonésia.
Lá,
eles praticam um ritual de viver com os cadáveres de seus entes queridos
durante meses antes de enterrá-los. Uma coisa, assim, bastante agradável, não é
mesmo? O cadáver é mantido em segurança em uma sala separada na casa até que o
corpo possa ser devidamente enterrado. Nesse meio tempo, eles carregam eles
para alguns lugares, equilibrando os corpos de pé.
Este
ritual, no entanto, tem menos a ver com a tradição e mais com dinheiro. Segundo
a tradição, o morto é julgado no céu e só é considerado bem-sucedido para ter
passe livre por lá pela quantidade de espírito de animais que o levou até o
território celestial.
Dessa
forma, de julho a outubro acontecem as cerimônias fúnebres com o sacrifício de
centenas de animais. Mas as pessoas devem pagar uma fortuna por isso, para que
o seu parente possa ser enterrado e “levado” pelos animais. Por isso, eles
ficam tanto tempo dando bandeira na casa dos familiares.
Fonte: CovaDoInferno
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