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quinta-feira, 12 de março de 2009

Águas Agitadas

Eles são grandes, rápidos, silenciosos e raramente vistos. Os megapeixes habitam lagos, rios e oceanos, e alguns deles são perigosos, esporadicamente fazendo vítimas humanas.

A última foi um jovem francês de 19 anos, morto por um tubarão na Nova Caledônia, noroeste da Austrália. Anteriormente, no inicio de fevereiro, um mergulhador da marinha australiana foi atacado por um tubarão touro no porto de Sidney. 

O tubarão touro é uma das 30 espécies de tubarões reconhecidas como potencialmente perigosas.
 Apesar de mal afamados, a maioria das 350 espécies de tubarões conhecidas, são inofensivas para os humanos.



Tubarões perigosos atacam em qualquer lugar, mesmo numa das praias mais movimentadas do mundo. No final dos anos 70 um jovem catarinense foi atacado por um tubarão na praia de Copacabana. Em 2003 ocorreu outro ataque.


Esses verdadeiros fósseis vivos, sobreviventes das últimas extinções em massa, nadam nos oceanos há milhões de anos, e eventualmente até nos rios.



Tubarão capturado em rio no sul do Iraque


No Iraque em 2007 um tubarão de 2 metros foi encontrado a 200 quilômetros do oceano, tubarões já foram vistos no Rio Amazonas e no Nilo. 

No verão de 1916 em Nova Jersey, nos Estados Unidos, provavelmente um tubarão touro invadiu o rio Matawan e aterrorizou a população por treze dias. O animal matou quatro pessoas e mutilou uma.


Em 1975, multidões de cinéfilos formavam enormes filas para ver o monstro da vez. Na tela, a atração era um tubarão monstro mecânico, com mais de 11 metros.
 

O tubarão do filme de modo algum é um tubarão branco, que pode alcançar no máximo, atualmente, devido a pesca predatória, os 6 metros, mas seu incrível ancestral, o Carcharocles megalodon, um tubarão pré-histórico de 13 metros.





Mas desde que o livro Tubarão (Jaws) de Peter Benchley foi publicado, seguido do filme sensacionalista de Steven Spielberg, e seus congeneres, as águas nunca mais foram as mesmas, e o nome tubarão branco (Charcharodon carcharias) passou a fazer parte do imaginário popular, como o arquétipo de todos os tubarões.
 

No entanto, alguns peixes perigosos, são quase que inteiramente desconhecidos da população, como as barracudas por exemplo.





Geralmente esses peixes marinhos são piscívoros, mas ocasionalmente, por razões ainda não totalmente explicadas, cardumes de barracudas podem tornar-se extremamente agressivos, atacando inclusive seres humanos.
 

Os colossos das profundezas vivem em praticamente todo o mundo, nos caudalosos rios da África, nas águas perenes do Rio Amazonas na América do Sul, no Rio Mississípi e seus afluentes na América do Norte, no Rio Mekong no sudeste asiático, e grandes rios europeus. Muitos deles são bagres, também chamados catfish.


Abaixo alguns desses gigantes:





No alto, bagre gigante do Mekong (Pangasianodon gigas) 3 m, à direita, bagre gigante europeu, (Silurus glanis) 2.78 m, à esquerda, "tubarão tailandês (Pangasius sanitwongsei) 2.75 m, abaixo à esquerda, piraíba (Brachyplatystoma filamentosum) 2.37 m, abaixo à direita, bagre de Soldatov (Silurus soldatovi) 2.5 m, e wallago (Wallago attu) 2 m, no centro, Homo sapiens.




Alligator gar capturado em 1910




No sudeste dos Estados Unidos o gigantesco alligator gar (já foram capturados exemplares com mais de 3 metros e 300 quilos), que ganhou seu nome devido a sua aparência semelhante aos jacarés, é o maior peixe predador de água doce da América do Norte. Há relatos de ataques a humanos.



Piraíba (Brachyplatystoma filamentosum) de 2,27 metros, capturada em 2002 no rio Teles Pires em Mato Grosso, Brasil

A piraíba é o maior peixe dos rios brasileiros podendo chegar até os 300 kg e dois metros de comprimento. É encontrada na Bacia Amazônica e Bacia do Araguaia-Tocantins-Araguaia.


pirarucu (Arapaima gigas)


O pirarucu (Arapaima gigas) em tupi significa peixe vermelho, também conhecido como arapina, é encontrado nos rios da parte setentrional da América do Sul. 
Nada nas águas rasas e sobe periodicamente à superfície para respirar.

Trata-se de um dos maiores peixes de água doce, pode alcançar mais de 2 metros de comprimento e 120 kg. Possui uma bexiga natatória que utiliza como um pulmão, aproveitando o oxigênio do ar.

Em época de seca ele é capaz de atravessar grandes distâncias em terra firme procurando água. O pirarucu possui um corpo comprido e cilíndrico, sua cabeça é achatada e as mandíbulas são salientes. É o maior peixe de escamas do Brasil. 



Peixe tigre (Hydrocynus goliath)


Aparentado com as piranhas e encontrado em muitos lagos e rios africanos, o peixe tigre é conhecido por sua voracidade e dificuldade de captura. O peixe tigre golias (Tigerfish goliath) o maior da espécie, é comumente encontrado no Rio Congo e seus afluentes, pode alcançar os 100 quilos.


Cachorra ou Pirandirá


Peixe de água doce que na Amazônia é conhecido também como “saranha”. É voraz e habita principalmente corredeiras de rios.

Suas presas ou dentes caninos são tão grandes que possuem furos especiais na parte superior da boca para que possam sair. Sua coloração é prateada com traços avermelhados. Chega a pesar até 15 kg e medir 1 metro de comprimento. 



Bagre gigante do Mekong (Pangasianodon gigas)


O maior peixe de água doce do mundo. Pode chegar aos 3 metros e pesar 300 quilos. Herbivoro e inofensivo, corre sério risco de extinção devido a pesca predatória. Habita o Rio Mekong.

Tubarão tailandês (Pangasius sanitwongsei)


Existe pouca informação sobre essa espécie que habita o rio Mekong. Pode ultrapassar os 2 metros de comprimento e pesar hipoteticamente até 300 quilos. Ataca pequenos animais como cachorros e gatos. Apesar do nome, não é aparentado com os tubarões, é um bagre da familia Pangasiidaee.


Wallago attu

Outro bagre habitante da Ásia e da bacia do Mekong, o Wallago attu é um peixe voraz e perigoso, pode atacar pessoas. Em seu estômago já foram encontrados restos humanos. Alcança os 2 metros de comprimento.


Bagre gigante europeu (Silurus glanis)


Pode alcançar os 3 metros e 150 quilos, é voraz e ataca pequenos animais como rãs e aves aquáticas. É o segundo maior peixe europeu de água doce, perdendo apenas para o esturjão beluga. No sul da Europa chega a grandes dimensões, vive no sul e leste europeu, europa central, região do Mar Báltico e do Mar cáspio.



Esturjão beluga


Esturjão branco de 3 metros e 222 quilos, capturado e solto em 2008 no rio Frasier, na Colûmbia Britânica. Se acredita que o animal tem 100 anos.



Habitantes das águas temperadas, subtropicais, e sub-árticas da Eurásia e América do Norte, esses peixes de aparência pré-histórica vivem em lagos, rios e mares, e assim como os tubarões, são fósseis vivos.

Seus registros fósseis datam de 200 milhões de anos atrás. Devido a pesca predatória e a poluição, estão com sua existência seriamente ameaçada.

Os esturjões podem viver muito tempo, pelo menos uma espécie, aAcipenser huso, pode ultrapassar os 210 anos.

Em 2007 um esturjão chinês de 291 quilos e 3,37 metros foi resgatado ferido por um pescador no rio Yang Tsé. O peixe foi enviado para um centro de recuperação da espécie em Xangai.

Sua população diminuiu drasticamente nas últimas décadas, passando dos dois mil exemplares, em 1980, para 500 hoje em dia.

Desde novembro de 2006, 11 esturjões chineses adultos foram achados mortos no Yang Tsé, e dos 2.156 exemplares criados em cativeiro e jogados na água, para tentar salvar esta espécie da extinção, apenas cinco foram encontrados vivos.


Fontes:The Lord Geekington/Curiosidade Animal/OPEFE ARCHIVES/arquivosdoinsolito.blogspot.com

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