Nos meses de junho e julho de 2007, uma série de assassinatos brutais
foram cometidos na cidade de Dnepropetrovsk, Ucrânia, e ganharam
notoriedade por todo o mundo depois que uma filmagem feita por um dos
assassinos com seu celular, e que mostrava um dos assassinatos cometidos
pelos maníacos, acabou indo parar na internet. O vídeo acabou se
tornando conhecido como Three guys and one hammer (alusão ao filme
pornográfico e extremamente nojento Two Girls and one Cup).
Na noite de 25 de junho de 2007 Ekaterina Ilchenko voltava para a casa
depois de passar a tarde na casa de uma amiga. As duas conversaram e
tomaram chá. Dois rapazes, Viktor Sayenko e Igor Suprunyuck atacaram-na
com um martelo. Ilchenko recebeu uma martelada do lado da cabeça. Seu
corpo foi encontrado pela mãe, de madrugada.
Por volta de uma hora após o primeiro assassinato, Sayenko e Suprunyuck
fizeram uma nova vítima, desta vez foi Roman Tatarevich, um morador de
rua que dormia a poucas quadras do local onde Ekaterina foi morta.
Roaman foi atacado com tanta ferocidade, que seu rosto ficou totalmente
irreconhecível.
Em primeiro de julho, na cidade de Novomoskovsk, duas pessoas apareceram
mortas. Os crimes tinham características semelhantes com os praticados
em Dnepropetrovsk.
Na noite de 6 de julho, uma sexta feira, o recruta do exercito Egor
Nechvoloda foi atacado enquanto voltava de uma danceteria, ele foi
espancado até a morte. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, em
Bohdan Khmelnytsky Street, próxima a sua residência.
Suprunyuck pousando para foto com martelo |
A guarda noturna Elena Shram, de 28 anos de idade, também foi
assassinada. Ela foi golpeada na cabeça enquanto se aproximava de
Sayenko e Suprunyuck. Sayenko golpeou-a usando um martelo que trazia
escondido por debaixo da blusa. Após a queda da moça, os dois a
espancaram brutalmente. Sayenko apanhou a sacola em que Elena carregava
roupas e limpou o sangue do martelo. A dupla ainda fez mais uma vítima
naquela noite: Valentina Hanzha foi assassinada enquanto voltava para
casa. Valentina era casada com um deficiente e tinha três filhos.
No dia seguinte, dois meninos de 14 anos de idade, Andrei Sidyuck e
Vadim Lyakhov, que moravam em Podgorodnoye, um vilarejo próximo
Dnepropetrovsk foram atacados enquanto iam pescar. Vadim conseguiu
fugir, porém Andrei não teve essa sorte.
Em 12 de julho, a vítima foi Sergei Yatzenko, que desapareceu enquanto
andava de motocicleta. O corpo de Sergei foi encontrado em um matagal,
com sinais de selvageria. Foi o assassinato de Sergei que foi filmado e
acabou caindo na internet.
A crueldade dos ataques
Foram muitos os ataques realizados pelos maníacos de Dnepropetrovsk.
Todas as vítimas foram mortas em atos de extrema violência, muitas delas
acabaram ficando irreconhecíveis. Algumas das vítimas tiveram os olhos
arrancados ainda em vida. Houve também o relato de uma mulher grávida
que teve o feto arrancado de seu ventre. Não havia evidencia de ataque
sexual nos corpos, mas pertences das vítimas eram frequentemente
roubados.
Investigações
Apesar dos vários ataques em sequência, e todos com características
muito semelhantes, até o dia 7 de julho, a polícia não havia feito
nenhuma ligação entre os assassinatos, considerando cada um deles como
casos isolados. Como muitas das vítimas tiveram pertences roubados, os
investigadores chegaram a cogitar que a ação tinha apenas motivação
financeira.
Lyakhov, o garoto que conseguiu fugir da dupla de assassinos quando eles
atacaram ele e seu amigo Sidyuck, acabou sendo preso pela polícia que
suspeitava que ele fosse o assassino de Sidyuck. Segundo o próprio
Lyakhov alegou mais tarde, ele chegou a ser torturado pela polícia, que
buscava dele uma confissão para a morte do amigo. Para a sorte de
Sidyuck, os investigadores passaram a cogitar que os vários ataque
realizados nas redondezas estavam relacionados, e acabaram descartando a
possibilidade de que ele tenha assassinado o amigo quando iam pescar.
Lyakhov ajudou a polícia fazendo um retrato falado dos agressores.
Em 14 de julho, Natalia Mamarchuk, de 45 anos, estava caminhando em uma
rua arborizada, na região de Diyovka, vila vizinha de Dnepropetrovsk,
quando foi atacada pela dupla. Vizinhos presenciaram o ataque e
tentaram, sem sucesso, perseguir os agressores. A polícia foi até o
local e colheu depoimentos das pessoas que presenciaram o ataque. Uma
força tarefa, sobre o comando de Vasily Paskalov, foi criada para deter
os agressores. A investigarão decorreu em sigilo e nenhum aviso foi dado
aos moradores das localidades, mas a população alarmada por rumores,
evitava sair durante a noite, horário em que a maioria dos ataques
ocorreram.
Prisão e julgamento dos maníacos de Dnepropetrovsk
Suprunyuck e Sayenko foram presos em 15 de julho, no interior de uma
loja de penhores, quando tentavam vender um celular que pertencera a uma
das vítimas. Sayenko ligou o aparelho para mostrar que estava
funcionando e foi rastreado pela polícia. Um terceiro jovem, Alexander
Hanzha, também foi detido. Ele havia fornecido materiais para os crimes,
além de ser acusado de assalto a mão armada, em um incidente em
Dniprodzerzhynsk.
Depois da detenção os policiais logo descobriram que aos 17 anos de
idade, Suprunyuck espancou um garoto e roubou sua bicicleta, ele a
vendeu para Sayenko. Ambos foram presos, mas não foram para a cadeia
devido à sua idade.
Ao serem interrogados pelos policiais a respeito de onde haviam
conseguido o celular que tentavam vender, os três confessaram
rapidamente os crimes.
O julgamento, presidido por Ivan Senchenko, começou em junho de 2008,
Suprunyuck declarou-se inocente dos crimes. A promotoria apresentou como
provas as marcas de sangue em algumas peças de roupas do assassino e o
vídeo gravado por Suprumyuck, a defesa negou que os dois eram autores do
vídeo e afirmou que as investigações não foram devidas. Sayenko
afirmou ter medo de Suprunyuck, devido há ameaças sofridas na época do
colégio.
Apesar dos muitos vídeos e fotos, onde os jovens torturavam animais e do
vídeo onde Sergei Yatzenko era assassinado com grandes doses de
crueldade, as famílias insistem que eles eram completamente inocentes.
Eles dizem terem sido enquadrados em uma conspiração para proteger os
verdadeiros assassinos: pessoas poderosas que estão acima da lei.
Suprunyuck recebeu pena de prisão perpétua por 21 homicídios e 8
tentativas de homicídios, Sayenko recebeu pena de prisão perpétua por 18
homicídios, 5 roubos e por dezenas de atos cruéis contra animais. Hanza
recebeu pena de 15 anos de trabalho forçado.
As possíveis motivações para os maníacos
Os três jovens se conheceram na oitava série. Eles afirmaram que todos
sofriam de fobias - Suprunyuck e Sayenko temia alturas, e Hanzha sangue,
e todos eles tinham medo de ser espancados por valentões - e como
forma de terapia resolveram caçar animais pela vizinhança. Esses animais
eram torturados e mortos. Durante o julgamento a promotoria apresentou
ao tribunal várias fotos de cães e gatos pendurados em árvores. As
fotografias haviam sido registradas pelos próprios delinquentes. Em uma
dessas imagens Suprunyuck aparecia usando um bigode postiço semelhante
ao bigode de Hilter, o que levou muita gente a considerar a ligação dos
jovens com grupos nazistas.
A imprensa local afirmou que os assassinatos tinham motivação
financeira. Segundo investigações da imprensa, Suprunyuck teria feito
contato com o dono de um Website, que pagaria aos jovens uma quantia
generosa de dinheiro por vídeo de assassinatos. A namorada de um dos
suspeitos informou que eles estavam planejando fazer vídeos de quarenta
assassinatos. Esse fato foi confirmado por um antigo colega dos
suspeitos, pois muitas vezes, ele ouviu o Suprunyuck entrar em contato
com um desconhecido "operador de um site rico estrangeiro" que ordenou
quarenta vídeos de mortes e pagaria uma grande quantidade de dinheiro
caso fossem feitas.
Apesar do chefe de polícia, Ivan Stupak, desmentir essa informação
disseminada pela imprensa,esse fato acabou reacendendo os debates a
respeito da existência de uma rede de sites na Deep Web destinados a
comercializar Snuff Movies (clique AQUI
para conhecer mais sobre o assunto). Segundo Ivan Stupak, não havia
nenhuma evidência concreta a respeito dessas alegações, e ele acreditava
que os crimes não tinham motivação financeira, pois os envolvidos eram
pessoas de famílias de boa renda.
O detetive Bogdan Vlasenko declarou que os três fizeram isso por hobby.
No julgamento, verificou-se que Suprunyuck guardava recortes de jornais
sobre o caso.
Fonte: Noite Sinistra
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