A CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, liberou para o acesso público cerca de 13 milhões de documentos secretos.
Os
documentos foram liberados na internet nesta quarta-feira depois de
muita pressão de defensores das leis de liberdade de informação e de um
processo contra a agência.
Entre os documentos estão comunicados internos, pesquisas, relatos de avistamentos de óvnis e até mesmo experiências psíquicas.
Trata-se de quase 800 mil arquivos, que totalizam 13 milhões de páginas - eles podem ser acessados aqui.
Entre
os documentos estão registros de Henry Kissinger, secretário de Estado
americano durante os mandatos dos presidentes Richard Nixon e Gerald
Ford, além de centenas de milhares de páginas de análises de informações
secretas e pesquisas científicas.
Stargate
Entre
os registros considerados mais "exóticos" estão os documentos do
chamado programa Stargate, que analisava poderes psíquicos e percepções
extrassensoriais.
Nesses documentos estão incluídos os testes
feitos para analisar as habilidades psíquicas de Uri Geller em 1973,
quando ele já era famoso por apresentações demonstrando seus "poderes".
Os memorandos detalham como Geller conseguiu reproduzir em parte
figuras que foram desenhadas por outras pessoas em uma sala separada de
onde ele estava.
Ele reproduziu os desenhos com graus variáveis de
precisão - em algumas vezes, replicando o que estava sendo criado por
outras pessoas.
Isso
levou os pesquisadores a escrever que Geller "demonstrou sua habilidade
perceptiva paranormal de uma forma convincente e sem ambiguidade".
Os documentos também incluem uma série de relatos de avistamento de discos voadores e os recibos de compra de tinta invisível.
Acesso difícil
Boa
parte das informações liberadas já podia ser acessada pelo público
desde o meio da década de 1990, mas de uma forma muito difícil.
Os
documentos só estavam disponíveis a partir de computadores localizados
nos fundos de uma biblioteca nos Arquivos Nacionais, em Maryland. E a
consulta só podia entre as 9h e as 16h30.
O grupo sem fins lucrativos MuckRock, defensor da liberdade de
informação, processou a CIA para obrigar o serviço secreto a
disponibilizar a coleção de documentos online, um procedimento que
demorou mais de dois anos.
Ao mesmo tempo, o jornalista Mike Best usou outra estratégia para pressionar a agência.
Por
meio de crowdfunding ("vaquinha virtual"), Best conseguiu US$ 15 mil
(mais de R$ 48 mil) para visitar o local, imprimir esses arquivos e
então divulgá-los para o público, um por um.
Em sua página de
crowdfunding, Best explica que o orçamento para o projeto foi
relativamente pequeno porque a "CIA está reembolsando os Arquivos
Nacionais pelo custo do papel e da tinta - a impressão dos documentos é
de graça".
"Ao escanear e imprimir os arquivos às custas da CIA,
consegui começar a torná-los disponíveis para o público e dar à agência
um incentivo financeiro para simplesmente colocar o banco de dados
online", escreveu o jornalista em um blog.
Fonte: BBC Via: ArquivosDoInsolito
Fonte: BBC Via: ArquivosDoInsolito
Nenhum comentário:
Postar um comentário