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domingo, 7 de junho de 2015

Porto Alegre recebe fórum de pessoas que relatam ter visto extraterrestres


 
3º Fórum Mundial de Contatados ocorre de 12 a 14 de junho no Plaza São Rafael.
 
 
Com a cortesia que nem sempre acompanha os estudiosos frente às indagações sobre seus estudos, Ademar José Gevaerd discorre, por telefone, sobre o 3º Fórum Mundial de Contatados, evento de ufologia que organiza há três anos e que chega pela primeira vez a Porto Alegre, entre os dias 12 e 14 deste mês, no Plaza São Rafael.


— Estamos percorrendo a Região Sul. Fizemos o primeiro fórum em Florianópolis, e o segundo, em Curitiba. E, seja onde for, sempre encontramos muitos gaúchos na plateia. Estava na hora de fazermos o fórum em Porto Alegre — diz o jornalista, professor e ufólogo mato-grossense que há 40 anos se dedica à pesquisa de vidas extraterrestres e a tudo que envolva contatos, imediatos ou não, com seres de outro planeta.


O fórum promete um rol de pelo menos 15 palestrantes. Alguns vêm de países como Estados Unidos, Argentina, Chile e Itália. Todos com histórias extraordinárias para contar. A proposta do encontro é dividir experiências para tentar, quem sabe, encontrar um fio condutor que permita compreender, afinal, o que os ETs querem de nós.


Não está em discussão se eles existem ou não. Para a turma do fórum, eles não só existem, como fazem contatos, levam humanos em suas naves (algumas vezes, à revelia dos escolhidos) e circulam por aí como qualquer um de nós. Pergunto a Gevaerd se há chance de se ver algum ET em pleno Plaza São Rafael. Ele ri e explica a probabilidade à luz do que pesquisa:

— Se isso acontecer, as pessoas nem notariam a diferença porque 99% desses seres são muito parecidos com a gente, mas com saúde e beleza superiores, e eles é que determinam o local dos contatos. Acho até que essa semelhança seja um dos motivos das abduções. Deve haver um grau de parentesco entre nós. Temos muitas perguntas a serem respondidas.



Relatos passam por crivo de um comitê


Nesta terceira edição do Fórum de Contatados não haverá espaço, ao menos na programação oficial, para que a plateia narre suas histórias. A equipe organizadora planeja ampliar de três para cinco dias o evento para que isso possa ocorrer já na próxima edição, no ano que vem, em São Paulo. Até lá, e como tem sido por todas as edições, os relatos selecionados para apresentação passam por um crivo. É um comitê, formado por pesquisadores em ufologia, que segue uma metodologia de trabalho. Primeiro, considera-se a credibilidade das testemunhas, geralmente pessoas que já relataram outras experiências de contato com extraterrestres. O impacto dos casos e o número de pessoas que os testemunharam também é relevante na decisão final.


Médica cirurgiã formada na Unicamp, a paulista Mônica de Medeiros, 58 anos, recebe de 10 a 12 relatos por semana, mas classifica de três a quatro como possíveis fatos reais. Ela fará a palestra de abertura do fórum, sobre abdução e xamanismo, e ainda ministrará um workshop sobre o tema durante o evento na Capital.


— Você percebe quando há coerência e quando alguém pegou um relato e transformou em uma história. O abduzido nunca está feliz por isso, porque é algo traumático, que causa alterações físicas e psicológicas nas pessoas — ressalta a médica, presença constante na Semana Ufológica de Porto Alegre, evento que deve chegar à sétima edição neste ano.


Mônica revela que tem experiências com seres extraterrestres — de contatos a abduções — desde os cinco anos. Ela conta que esteve em naves, onde passou por exames e teve retiradas amostras de seus tecidos por inúmeras vezes, mas só depois que viu um ser materializado na sala de casa, em 2003, passou a se dedicar aos estudos desses fenômenos.


— Muito de eu ter escolhido ser cirurgiã tem a ver com o que vivi nessas experiências — diz.
Uma das figuras mais esperadas no fórum, Mônica trará para o encontro um pouco da convicção que tem sobre a necessidade de a população se aprofundar nos temas ufológicos. Para ela, é praticamente uma questão de sobrevivência para os terráqueos, já que assegura ser a evolução do planeta Terra o objetivo maior dos contatos alienígenas.


Negando qualquer idolatria aos UFOs, a médica paulista acredita que esses seres vêm ao encontro dos humanos também para se protegerem.


— Eles não são uns queridinhos, que só querem nos ajudar. Estão aqui por autopreservação também, porque aquilo que a gente faz na Terra tem influência nos outros planetas. Eles podem nos ajudar nessa transição de uma espécie imatura para uma mais amadurecida, que pode evoluir preservando o planeta — avalia.


Tudo isso parece conversa de outro mundo, e de certa forma é. Tanto Mônica quanto Gevaerd e a maioria dos palestrantes que estarão no Fórum de Contatados em Porto Alegre estão acostumados com olhos e ouvidos incrédulos ao que narram por aí. Já foram apontados muitas vezes como lunáticos. A isso, Mônica responde com uma ponderação:

— Mas a Terra não é um hospício? Então, tá tudo certo.


GLOSSÁRIO


Testemunha
-São aquelas pessoas que relataram terem visto UFOs, mas sem qualquer interação com esses seres.


Contatados
-São aqueles que relatam contatos diretos com seres extraterrestes e são convidados, inclusive, a embarcar em discos voadores. Há interação consciente, recordam perfeitamente o que viveram.


Abduzidos
-É levado a bordo de uma nave ou disco voador, sem consentimento, geralmente com alteração da consciência. Têm pouca lembrança do que viveram, mas podem recuperá-la por meio de técnicas como hipnose.


UFO
-A sigla vem do inglês unknown flying object, que significa objetos voadores desconhecidos. É o mesmo que Ovni (objetos voadores não identificados).


OS PALESTRANTES


Marco Antônio Petit de Castro

É escritor e um dos mais importantes ufólogos brasileiros, segundo ativistas do assunto.
Dedica-se ao estudo de fenômenos envolvendo ovnis e ETs desde a década de 1970. Integra o grupo de fundadores da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e defende o acesso a informações confidenciais, que estariam resguardadas por órgãos do governo e militares, que evidenciariam casos de UFOs no Brasil.

Néstor Berlanda

Médico psiquiatra argentino, dedica-se à pesquisa científica das abduções em seu país. Realizou investigação de campo em várias partes do mundo e publicou resultados em revistas sobre o tema. Ao fórum, ele apresenta os casos mais impressionantes da ufologia argentina, em especial, aquele que envolve o camponês Juan Oscar Pérez, também confirmado no evento.

Amaury Pontieri
 
Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Na década de 1980, foi um dos fundadores do Centro Ufológico Paulista (CUP). Desde 1997, é professor do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC) e atualmente está radicado em Foz do Iguaçu (PR). A palestra tratará sobre uma pesquisa acerca de uma entidade espiritual extraterrestre que acompanha outro pesquisador há 50 anos.

Asa Branca

Locutor de rodeios popular especialmente no interior de São Paulo, conta sua experiência de abdução quando passava por um tratamento de saúde em função de uma doença grave. Ele teria se curado pela experiência extraterrena.

Charles Halt

O coronel da Força Aérea Americana tem uma extensa lista de serviços prestados ao seu país. Ele serviu como comandante de duas grandes bases aéreas, sendo uma delas a de Bentwaters, na Inglaterra, onde diz ter testemunhado o pouso de uma nave.

Giorgio Bongiovanni

Nasceu na Sicília, na Itália, e seu interesse por ufologia teve início quando conheceu o contatado Eugênio Siragusa, que se converteu em seu guia espiritual. Ele recebeu os primeiros estigmas em seu corpo em setembro de 1989, ao visitar o Santuário de Fátima. Desde então, assumiu como missão anunciar ao mundo a presença pacífica de outros seres na Terra. É autor de livros, entre eles La Ira de Dios en la Bíblia.

Mônica de Medeiros

Médica cirurgiã, é reconhecida mundialmente no meio ufológico por seu trabalho de pesquisadora, além de ser a fundadora e dirigente da Casa do Consolador, instituição universalista e filantrópica em São Paulo, palco do Encontro de Ufologia Avançada da capital paulista. Mônica afirma ter contato com seres extraterrestres desde a infância. É autora dos livros Projeto Contato I e Projeto Contato II. Ela falará sobre abduções e xamanismo.

Laura Eisenhower

Terapeuta holística, é graduada em Ciências e conduz grupos a locais especiais da Terra. Seu interesse por ufologia vem de berço, após descobrir que seu bisavô, quando presidente dos Estados Unidos, encontrou-se com ETs. Afirma que teve uma experiência de contato extraterrestre quando criança, o que a levou a trabalhar com abduzidos e contatados. Ela relatará, no encontro, como o governo americano mantém contato com esses seres e até estaria estabelecendo acordos.


 
 

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