Por dentro do mundo luxuoso das bruxas mais ricas da Romênia - ††† Universo Sobrenatural †††

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domingo, 26 de julho de 2015

Por dentro do mundo luxuoso das bruxas mais ricas da Romênia



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Ouro é uma parte essencial da cultura roma, especialmente para a rainha das bruxas, Maria Câmpina.
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Essas cadeiras douradas pertencem a uma bruxa chamada Sultana. Sultana disse à autora que seus estudos só vão deprimi-la e que toda vez que se sentisse infeliz, ela devia virar uma pedra de cabeça para baixo. 
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 As casas das bruxas são pura ostentação, seja com cadeiras douradas ou TVs de tela plana. Essa é a casa de uma bruxa chamada Amalia, que, na época, estava treinando sua sobrinha na arte da bruxaria. 
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 Os móveis de Maria Câmpina, que disse poder falar com os mortos.
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 As bruxas acendem velas para "abrir o olho interior", antes de lançar feitiços ou ver o futuro.
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Loventa disse que conseguia ver a tristeza por trás do sorriso da autora. A bruxa também disse que a tristeza cresceria depois que um ente querido dela morresse.
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Atena sabia que a autora não acreditava em seus poderes nem em Deus. Ela disse que Lucia nunca seria feliz se não abraçasse a Deus.
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 A escadaria de Atena, que acredita que sua vida é guiada por sonhos com sua avó falecida.
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Sunita disse que um ponto de guinada importante está chegando na vida da autora, e que ela devia ter cuidado com a saúde.
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 Poções são uma parte importante da cultura das bruxas.
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A bruxa Ivana Sidonia disse que o ex da autora a queria de volta e que um ente querido dela morreria em breve.
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 Bolas de cristal podem ser usadas para ver o futuro.
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 Maria Câmpina sentada em seu sofá dourado.
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Selena está aprendendo magia para se tornar uma bruxa. Ela está no colegial, mas aprende as artes mágicas com a tia Amalia.
Ano passado, a fotógrafa eslovaca Lucia Sekerková viajou para a Romênia para conhecer Maria Câmpina, a autoproclamada rainha das videntes. Localmente, videntes são conhecidas como "bruxas". 
Geralmente de origem roma, essas bruxas seriam capazes de ler o futuro na palma da mão, em grãos de trigo ou nas estrelas.
Lucia fez amizade com Maria e passou um tempo documentando as bruxas, suas casas e seu negócio – uma prática passada de geração em geração desde os tempos antigos. 
VICE entrevistou a fotógrafa sobre esse projeto:
VICE: Como você acabou documentando a vida das bruxas romenas?
Lucia Sekerková: Tenho um fascínio e um certo medo do oculto desde que era criança. Decidi vir para a Romênia através do programa de intercâmbio estudantil Erasmus porque achei que o país era muito misterioso e rico em folclore. Eu estava procurando informações sobre os vilarejos, as pessoas e as tradições do país na internet, quando achei um vídeo no YouTube dessas videntes. Soube de cara que precisava conhecê-las pessoalmente.
Então, pedi para a comunidade CouchSurfing me ajudar a encontrar o fotógrafo local Cosmin Iftode. Ele acabou sendo meu guia e tradutor, o que foi muito bom, porque poucas dessas bruxas falam inglês. Eu não teria conseguido sem ajuda dele. Ficamos amigos desde então.
Como você achou as bruxas?
Procurei os endereços e telefones delas pela internet e em jornais, mas foi muito difícil convencê-las a me deixar fotografá-las. Algumas pediram dinheiro, outras não. De qualquer forma, a maioria estava disposta a barganhar. Os preços variavam entre 20 (R$70) e 50 (R$175) euros por sessão.
Eu disse a elas que estava fazendo fotos para um jornal da Eslováquia. Elas provavelmente não concordariam se eu dissesse a verdade: que esse era meu trabalho de conclusão de curso. Além disso, dizer que eu trabalhava num jornal as assegurou de que eu podia pagar o preço que elas estavam pedindo.
Depois de dias de procura e negociação, finalmente encontrei Maria Câmpina – que se apresenta como rainha das bruxas – e fechei um negócio com ela. Para tirar a foto dela e de suas conhecidas, tive que prometer que o jornal em que eu trabalhava publicaria uma história completa sobre ela, além de lhe dar a primeira página. Assim não tive que pagar nada pela sessão de fotos. A foto de Maria acabou na primeira página do SME, um jornal semanal da Eslováquia.
Foi difícil interagir com essas mulheres?
A parte mais difícil foi convencê-las a serem honestas. Enquanto as entrevistava, eu tinha a sensação de que elas tendiam a exagerar suas histórias. Era óbvio que elas queriam dar uma boa impressão. Vidência é um negócio no final das contas. Eu não estava acostumada a lidar com pessoas assim, então as conversas podiam ser exaustivas.
Você testou as habilidades delas de prever o futuro?
Sim. Parte do projeto era ver quão diferentes seriam as previsões. E foram bem diferentes – algumas negativas, outras positivas. Todas bem curtas e bastante gerais.
Por exemplo, uma das bruxas disse que eu iria me casar e ter três filhos dentro de um ano. Faz mais de um ano desde que ela previu isso e nada aconteceu. A parte mais estranha foi quando uma bruxa se aproximou de mim, puxou meu cabelo e disse que alguém próximo de mim ia morrer. Felizmente, isso não aconteceu também.
Você acha que o esteriótipo local dos roma como feiticeiros ajuda essas videntes a fazer dinheiro?

Nas comunidades roma, é geralmente o homem quem sustenta a família. Se eles fazem isso honestamente ou não, é uma questão totalmente diferente. Vidência é um negócio muito antigo – o único que as mulheres roma podem praticar. Também é o único jeito das mulheres roma ganharem respeito e terem sucesso dentro de suas comunidades.
As garotas roma vão para a escola até os 18 anos, mas também aprender vidência com as mães, tias e avós. Cada garota decide por si mesma se o negócio é moralmente correto ou não, porque a prática geralmente implica se aproveitar da ingenuidade dos clientes. 
O que você acha dessa prática tão antiga ainda resistir na sociedade moderna?

Primeiro, fiquei fascinada. Fotografei algumas das bruxas mais ricas e respeitadas do mundo. Essas mulheres conseguiram conquistar algo incrível: elas construíram um negócio moderno usando rituais antigos originados em suas raízes étnicas. Seus costumes são exatamente os mesmos de um século atrás. O que mudou é a percepção que as pessoas têm delas.

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