Sonda da NASA em Plutão utiliza mesma CPU do primeiro PlayStation

Depois de todo burburinho acerca da chegada da Curiosity em Marte, rendendo imagens fantásticas do Planeta Vermelho até hoje, o novo equipamento desse tipo que ganha destaque entre os aficionados pelo espaço é a New Horizon, que na última terça-feira (14) finalmente ficou bem perto de Plutão. O mais impressionante é que essa viagem de cerca de 4,8 bilhões de quilômetros contou com a ajuda da CPU MIPS R3000, mesmo processador do primeiro PlayStation. Seria a NASA uma Sonysta? Nada disso, a questão é confiança nessa peça.

A sonda utiliza o hardware especificamente para cuidar de uma série de funções importante para a missão, como motores de propulsão, sensores de análise e transmissão de dados – afinal, os 40 GB de dados captados pelo “brinquedinho” não vão chegar na Terra sozinhos. De qualquer modo, é estranho pensar que o cérebro do console da Sony – lançado em 1994 e rodando a fabulosos 33,8 MHz – foi incluído no projeto da agência espacial norte-americana que partiu em direção ao planeta-anão em 2006.

Será que roda o primeiro Metal Gear Solid nesse equipamento?

Basta pensar que, mesmo antes da New Horizon deixar a Terra, a Sony já havia lançado pelo menos mais dois video games, o PlayStation 2 e o PlayStation 3, ambos com upgrades consideráveis na CPU. A aposta em um hardware com mais de 12 anos de idade por parte da NASA se deu exatamente pela confiabilidade da peça, que só precisou de alguns ajustes para aguentar os nove anos de jornada até Plutão, cruzando o espaço a a cerca de 58 mil quilômetros por hora. Nada mal para um “tiozão” do mundo da tecnologia, não é?

Em relação ao papo de a agência ser “Sonysta”, pode ficar tranquilo, era só brincadeira! Afinal, a NASA provou mais de uma vez que não tem restrições a marcas na hora de recorrer ao mundo dos games para complementar seus projetos, utilizando o Kinect e o Oculus Rift para controlar um braço robótico em tempo real e projetando o uso do HoloLens futuramente no treinamento de astronautas da Estação Espacial Internacional. No fim, tudo isso faz as discussões sobre resolução, fps e plataforma preferida parecerem menos importantes.





Via: Tecmundo