Paleontólogos
venezuelanos e brasileiros descobriram restos fósseis de uma
tartaruga-marinha que existiu há 12,2 milhões de anos - anunciou na
sexta-feira o Instituto Venezuelano de Pesquisas Científicas (IVIC).
Os
vestígios correspondem ao crânio de uma espécie do gênero extinto
Bairdemys e têm semelhanças com as tartarugas de água doce arrau, que
habitam o sudoeste da Venezuela e estão em risco de extinção, informou o
IVIC.
O crânio desse espécime - batizado como B. Thalassica, do
grego "thalassa", que significa mar - está "quase completo e em
excelentes condições de preservação", relatou o instituto.
A
descoberta foi feita na caverna "El Miedo", no estado de Falcón (oeste),
por pesquisadores do IVIC e da Universidade de São Paulo (USP). Segundo
eles, o fóssil estava parcialmente encerrado em um estrato de rocha
calcária.
"Provavelmente, o grupo ao qual B. thalassica pertenceu
foi o equivalente ecológico das atuais tartarugas-marinhas Carettini
(Caretta caretta)", disse o coautor do estudo, o venezuelano Ascanio
Rincón, citado pelo IVIC.
A
espécie encontrada em El Miedo é representante da linhagem
Stereogenyina, que se caracteriza por ter um segundo palato, "único
entre esses répteis dotados de carapaça", e ter uma dieta composta de
animais duros, como os crustáceos.
"As tartarugas Stereogenyina
têm uma extensa distribuição geográfica e temporal, sendo conhecidas por
povoar a África durante o período Eoceno e o sudeste da Ásia ao longo
do Pleistoceno", detalhou o relatório.
Fonte: Yahoo! Via: Arquivos Do Insolito
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