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sábado, 8 de maio de 2010

S.O.S (Save Our Souls)

Era começo de madrugada na subida da serra de Petrópolis e o carro seguia lentamente pelas curvas fechadas e beiradas dos vários abismos desse trecho da BR-040 que liga a Capital do Brasil ao Rio de Janeiro. Metade da visão que Jeremias tinha era negra, representada pelo asfalto frio e liso e a outra metade era cinza claro representada pelo nevoeiro e a chuva fina iluminada pelos poderoso faróis de sua caminhonete F-1000.

A viagem era solitária. Jeremias voltava do Rio de Janeiro para Juiz de Fora e não querendo passar mais nenhum dia longe de casa, pegou a estrada logo depois do jantar de negócios que o reteve até as 00 horas. A vigem estava atrasada devido ao cansaço de Jeremias e pelas condições de viagem. Seus olhos não desviavam os olhas da estrada pois qualquer descuido poderia ser fatal. Seu rádio estava mudo, talvez pelo mal tempo ou talvez por causas das montanhas da região. Jeremias tentava relaxar cantando uma pequena canção dessas que todos conhecemos. Ele já tinha feito essa viagem centenas de vezes e em condições piores, mas dessa vez algo estava estranho. Parecia que sua adrenalina estava pronta para explodir e que a qualquer momento iria acontecer alguma coisa.

Mesmo sentindo que algo de estranho estava para acontecer, seu coração quase parou quando viu no meio da estrada um vulto branco de formato humano com os braços abertos acenando vigorosamente. Jeremias experimentou um sentimento de pânico com a imagem mas logo viu que se tratava de alguém pedindo ajuda. Jeremias diminuiu a velocidade do carro e viu com detalhes o vulto assim que ele entrou na área iluminada pelos faróis.

A visão foi assustadora. Era uma mulher em trajes brancos e longos. Sua face demonstrava terror e desespero. Seus cabelos terrivelmente desarrumados, sua face pálida como leite a e olhos arregalados eram mais notáveis que as grande manchas de sangue que estavam pelo corpo e na cabeça. A mulher gritava por socorro sem parar. Jeremias ficou paralisado por alguns instantes quando viu aquele quadro tão assustador mas conseguiu respirar fundo e abaixou o vidro do carro. A mulher se arrastava pela lateral do carro gritando e chorando, mas sem conseguir organizar suas palavras. Ela estava em estado de choque.

Jeremias também estava em choque. A mulher parecia um fantasma. Nunca vira uma pessoas em estado tão deplorável. Ele ligou as luzes de alerta da caminhonete e saiu com uma lanterna. A mulher não olhava em seu rosto mas colocava as mãos na cabeça e gritava sem cessar. Jeremias tentava falar com a mulher mas não conseguia resposta. Olhou em volta e reparou numa parte da proteção lateral da estrada completamente destruída. Também conseguiu ver marcas de pneu indo em direção ao local e mato amassado. Jeremias compreendeu no mesmo instante que ali alguém acabar de sofrer um terrível acidente. Correu até a curva e viu no meio da grota que se formava duas pequenas luzes que logo notou serem da traseira de um carro e um grande clarão mais ao fundo do matagal pois os faróis dianteiros também estavam acesos. Se aproximou um pouco no meio da mata e apesar da escuridão, pode notar que um Monza estava com as rodas para cima e bastante danificado.

Quando Jeremias olhou para a parte que seria a cabine do Monza, um calafrio percorreu todo o seu corpo e seria impossível relatar em palavras o pavor e o espanto que Jeremias sentiu quando viu que um segundo corpo de mulher estava dentro no carro destruído. Mas o mais pavoroso de tudo foi constatar que aquele corpo era exatamente o mesmo que estava ao seu lado pedindo ajuda.

Fonte: assustador.com.br

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