Ataide da Silva Neto/Arquivo Pessoal/Divulgação
Criatura exposta no Museu de História Natural Wilson Estavanovic, em Uberaba, que presidente da AMPUP acredita que teria relação com lendas do local
Luzes que sobrevoam, entram e saem na Serra do Roncador, passagem para a terra dos descendentes de Atlântida ou para outra dimensão, são alguns dos mistérios e misticismos que atraem turistas do Brasil e exterior que vão conhecer o município de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, em Mato Grosso.
A Serra do Roncador é o berço de todas as lendas e relatos místicos. Ela recebe o nome de Roncador porque o encontro do vento forte com as rochas produz um som assustador. No entanto, alguns moradores da região dizem que o som vem do interior da terra, já outros que o som são de óvnis que rondam a região. A serra possui 600 m de altitude e mais de 1 mil km de extensão, inicia no Mato Grosso e vai até o Estado do Pará.
Os inúmeros relatos ufológicos e místicos inspiraram, há 12 anos atrás, o vereador Valdon Varjão a criar a Lei Municipal nº 1.840, sancionada pelo ex-prefeito Vilmar Peres de Faria em 5 de setembro de 1995, para a criação de uma reserva com cinco hectares destinada à construção de uma pista de pouso de óvnis, o Discoporto, no Parque Estadual da Serra Azul, próximo à Serra do Roncador.
Contudo, até hoje não foi construído o aeroporto alienígena. O que existem são painéis pintados e uma nave espacial feita com chapas de aço que enfeitam o local para os visitantes. Além disso, não existem registros de visitas de seres extraterrestres no espaço destinado ao Discoporto.
O secretário de turismo de Barra do Garças, Edvaldo Pereira da Silva, afirma que a prefeitura tem interesse em construir um observatório na forma de disco voador, com auditórios, salas de observação e museu fotográfico. "O município não possui recursos suficientes para construir sozinho esse espaço, por isso entregamos o projeto para o governo do Estado e o Ministério do Turismo e estamos aguardando um retorno. A administração apóia esse segmento, tanto que foi realizado há dois anos atrás um congresso internacional de ufologia", destacou Edvaldo Pereira.
Para o psicólogo, presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP) e consultor da revista UFO, Ataíde Ferreira da Silva Neto, o Discoporto tem potencial de atração turística. "O vereador Valdon Varjão aproveitou as histórias que envolvem a região, abraçou a causa e criou a lei que destina o espaço para a construção do Discoporto. Ele foi chamado de louco e lunático. Só que, graças a ele, Barra do Garças foi destaque na mídia, pessoas do mundo inteiro se deslocam para cidade em busca das histórias e relatos", afirma o psicólogo.
Ataíde Ferreira comentou que a notícia do Discoporto fez com que a cidade recebesse grande fluxo de visitantes, pesquisadores e curiosos que buscam informações sobre ufologia. O interesse pelo tema é tanto que a cidade possui inúmeras comunidades alternativas como Monastério Teurgico do Roncador, Vale do Amanhecer, Vale dos Sonhos, Rosa Cruz, Trigueirinho, Associação Pró-Fundação Vespertina, entre outras.
"O segmento esotérico e místico atrai estrangeiros para a cidade. Muitos vêm para cá dizendo que querem sentir a energia da região. Esse tipo de turista vem o ano inteiro, mas no mês de setembro o fluxo aumenta porque é feita uma reunião anual deles nas grutas e cavernas. Todavia, o maior fluxo de turistas é o das pessoas que vem para cá conhecer as belezas do Rio Araguaia, as diversas cachoeiras, as grutas e a famosa Serra do Roncador, independente de misticismo", declarou o secretário de turismo de Barra do Garças, Edvaldo Pereira da Silva.
A proprietária da agência Aventur Turismo, Mônica Ferreira Porto falou que o publico místico que vai a Barra do Garças se caracteriza por pessoas com estabilidade econômica, com mais de 40 anos, formação superior, geralmente vegetarianos e não gostam de lugares cheio e agitados.
"Eles gastam mais com conforto na cidade, nos hotéis e restaurantes, porém não se incomodam em dormir em saco de dormir dentro da caverna, acampar no alto de uma serra para fazer vigília ou comer numa simples pensão em lugares de difícil acesso. Os roteiros mais procurados são os ligados à Serra do Roncador. Existem roteiros que envolvem trilhas, cavernas, inscrições rupestres, observatórios pré-históricos e paredões, que para eles têm significados diversos. Os mais voltados para a ufologia também costumam fazer vigílias no Roncador", cita Mônica Porto.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI1931957-EI1141,00.html
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