"O brilho infravermelho da poeira ao redor dessas anãs brancas é um sinal de que houve, ou há, planetas rochosos nesses sistemas", diz Farihi. A equipe acredita que a poeira foi produzida quando asteroides - os tijolos da construção de planetas - ao redor da estrela foram puxados e empurrados pela gravidade estelar. A poeira então formou o disco de material rochosos que o Spitzer detectou.
Em um estudo anterior realizado pela mesma equipe uma amostra de oito anãs brancas revelou ter vestígios de asteroides pulverizados. No novo trabalho, Farihi e seu grupo analisaram sistematicamente anãs brancas ricas em metais e descobriram limites estatísticos para a possível existência de planetas rochosos.
"Agora sabemos de 14 anãs brancas cercadas por vestígios de poeira. Isso sugere que de 1% a 3% das estrelas tipo A e F da sequência principal - que são um pouco maiores e mais quentes que o Sol - têm planetas rochosos como a Terra", disse ele.
Anãs brancas são os restos de estrelas de massa relativamente baixa, que já encerraram seu estágio de gigantes vermelhas, algo pelo que o Sol passará dentro de bilhões de anos. Uma anã branca pode ter o tamanho da Terra, mas conter a mesma massa que o Sol. A estrela é tão densa que uma colher de chá de seu material pesaria várias toneladas.
As descobertas da equipe de Farihi foram apresentadas nesta segunda-feira, 20, em conferência da Semana Europeia de Astronomia e Ciência Espacial, na Universidade de Hertfordshire.
Fonte: Estadão
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