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sexta-feira, 3 de julho de 2009

As Macabras Experiências De Demikhov, Brukhonenko E White

“Frankestein”, a obra-prima de Mary Shelley, um misto de horror e ficção científica, é um testemunho eloquente de que a imaginação humana não tem limites. Infelizmente, assim também – ilimitada – parece ser a crueldade humana.

Tais pensamentos me vieram à mente enquanto eu assistia a um filme verídico e realmente assustador. Nele, contempla-se o produto de uma experiência tão macabra quanto cruel.

Em 1954, em Moscou, como resultado sinistro da guerra fria, o médico Vladmir Demikhov, sob os auspícios do ditador Joseph Stalin, repugnou o mundo ao exibir o nefando produto de suas pesquisas de laboratório.

Pode-se ler, na prévia que fez Alex Boese de seu livro “Elephants on Acid and other bizarre experiments” (vide http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/experimentos_bizarros.htm), que o médico soviético enxertou, cirurgicamente, a cabeça, ombros e patas dianteiras de um filhote de cão no pescoço de outro cão adulto. “Demikhov preparou uma apresentação diante de repórteres de todo o mundo. Jornalistas suspiravam enquanto as duas cabeças se debruçavam para beber simultaneamente em uma tigela de leite e estremeciam enquanto o leite da cabeça do filhote pingava do tubo desconectado de seu esôfago”, esclarece Boese.

Tal aberração pode ser vista no vídeo ao qual eu me referi (http://videosgrotescos.blogspot.com/2008/10/experincia-cruel-co-de-duas-cabeas-urss.html). Nele vê-se, claramente, que o cão enxertado, bastante estressado, reage com agressividade à aproximação de um dos pesquisadores, durante a exibição. Há o registro, da BBC Brasil (http://www.achetudoeregiao.com.br/noticias/vida_animal0001.htm) de que, ocasionalmente, as duas cabeças brigavam entre si. A criatura sobreviveu por seis dias.

Informa Boese que, tendo a União Soviética ostentado o cachorro de duas cabeças como prova da proeminência médica da nação, Demikhov continuou ativamente as suas pesquisas macabras: “no decorrer dos quinze anos seguintes, Demikhov criou um total de vinte outros cachorros de duas cabeças. Nenhum deles viveu por muito tempo, sendo vítimas inevitáveis das conseqüências de rejeição de tecido. O recorde foi de um mês”. A ambição de Demikhov era realizar o transplante cardíaco e pulmonar de seres humanos, consistindo a série de experiências em aprimoramento técnico para um objetivo somente em parte alcançado em 1967. Não pelo médico soviético, mas pelo cirurgião sul-africano Christian Barnard, que conduziu o primeiro transplante de coração relativamente exitoso.

As terríveis experiências de Demikhov somente foram possíveis graças às façanhas não menos macabras de seu compatriota e predecessor Sergei Brukhonenko. Em 1920, o Dr. Brukorenko registrou um feito repulsivo e particularmente aterrorizante (veja o vídeo abaixo). Ele, segundo o relato de Boese, criou uma máquina primitiva que exercia as funções do coração e do pulmão, à qual chamou de “autojetor”. Com o auxílio do aparelho, conseguiu manter viva a cabeça de um cachorro, completamente segregada do corpo. Boese narra outro episódio cruel: “Brukhonenko exibiu uma cabeça viva de cachorro em 1928 diante de uma audiência de cientistas internacionais no Terceiro Congresso de Fisiologistas da URSS. Para provar que a cabeça sobre a mesa realmente estava viva, ele a fez reagir a estímulos. Brukhonenko bateu com uma marreta na mesa, e a cabeça hesitou. Lançou luz em seus olhos, que piscaram. O médico chegou a ponto de alimentá-la com um pedaço de queijo, que imediatamente caiu pelo tubo esofagueal do outro lado.”


Em plena guerra fria, os “avanços” do Dr. Demikhov provocaram a reação dos Estados Unidos, que não admitiam ficar atrás. Para levar avante a disputa, e demonstrar que era capaz de façanhas ainda mais audaciosas, o governo norte-americano financiou as pesquisas de Robert White, que – pasmem – realizou um transplante de cabeça de macaco em 17 de março de 1970. White e sua equipe removeram a cabeça de um macaco e a transplantaram no corpo de outro símio. Registra-se que, quando a cirurgia foi concluída, e o macaco saiu da anestesia, o animal podia mover os músculos da face, os olhos e ser alimento. Mas estava paralisado do pescoço para baixo, em razão da ruptura da medula espinhal (cf. http://www.mymultiplesclerosis.co.uk/stranger-than-fiction/head-transplant.html). Segundo Boese, “ao despertar e descobrir que seu corpo havia sido trocado, o macaco fulminou White com os olhos e brandiu-lhe os dentes”. Ele relata que “o animal sobreviveu um dia e meio antes de sucumbir a complicações da cirurgia”. Boese fez, ainda, um comentário no mínimo assustador: “as coisas poderiam ter sido piores para ele, no entanto. White observou que, do ponto de vista cirúrgico, teria sido mais fácil implantar a cabeça ao contrário”.

Estes são apenas alguns exemplos de como, sobrepujando a ética, pode o homem, em nome da ciência, mas em verdade impelido por absurdas disputas políticas, dar vazão a toda sua crueldade. O que se espera é que os homens finalmente experimentem uma evolução ética comparável à tecnológica, e dela faça um contraponto necessário. Um urgente mergulho em si mesmo, antes que seja tarde.

Fonte: sobrenatural.org

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