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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Crianças Índigo




O termo "criança índigo" foi criado pela paranormal e sinestésica Nancy Ann Tappe, que classificou as personalidades das pessoas de acordo com a cor de suas auras.*

Geralmente, cada era universal é acompanhada do predomínio de pessoas com aquela cor vital. Por exemplo, atualmente, a maioria dos adultos são azuis ou violeta, as duas cores com os atributos mais necessários nesta Era Violeta de transição. Durante a próxima era, a Era Índigo, as cores índigo serão a regra (Understanding Your Life Through Color [Entendendo Sua Vida Através das Cores] 1982).

Segundo Tappe,

O fenômeno índigo vem sendo reconhecido como uma das mudanças mais excitantes na natureza humana já documentadas na sociedade. O rótulo índigo descreve o padrão de energia do comportamento humano que existe em mais de 95% das crianças nascidas nos últimos 10 anos... Esse fenômeno está acontecendo globalmente e os índigos vão acabar por substituir todas as outras cores. Como são crianças pequenas, os índigos são fáceis de se reconhecer pelos olhos incomumente grandes e claros. Extremamente brilhantes e precoces, com uma memória surpreendente e um forte desejo de viver por instinto, essas crianças do próximo milênio são almas sensíveis e privilegiadas, com uma consciência evoluída, que vieram para ajudar a mudar as vibrações de nossas vidas e criar uma única terra, um único globo e uma única espécie. São nossa ponte para o futuro. *

Segundo Peggy Day e Susan Gale, o surgimento das crianças índigo foi profetizado por Edgar Cayce, muito antes da rotulagem de auras de Tappe.

The Indigo Children [As Crianças Índigo] é um livro de Lee Carroll, que canaliza uma entidade que chama de Kryon, e de sua esposa Jan Tober.

Carroll era um economista de formação que administrava uma empresa de técnica em áudio por 30 anos, até que uma visita a um paranormal lhe desencadeou uma crise New Age de meia-idade. Fundou uma religião e começou a viajar pelo mundo ministrando seminários de "auto-ajuda" em companhia de Tober, que era praticante de metafísica e cura pelas mãos, além de ser uma cantora de jazz que já havia excursionado com Benny Goodman e Fred Astaire (Krider 2002).

Kyron revelou mensagens importantíssimas como "o amor é a força mais poderosa de todo o universo". Caroll e Tober percorrem o mundo apresentando seminários de Kryon, e têm muitos interesses, entre eles o Universal Calibration Lattice and EMF Balancing (fortalecimento através do conhecimento de sua natureza eletromagnética, ou seja, como administrar seu campo de energia, que consiste em "fibras de luz e energia").

Uma das teses de As Crianças Índigo parece ser a de que muitas das crianças diagnosticadas com transtorno do déficit de atenção (TDA) ou TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) representam "um novo tipo de evolução da humanidade". * Essas crianças não precisam de drogas como a Ritalina, mas sim de treinamento e cuidados especiais. O livro consiste em dezenas de artigos de autores de variadas classes sociais. A qualidade das análises e conselhos é igualmente inconstante e desigual. Nancy Ann Tappe é um dos colaboradores. Um dos autores é Robert Gerard, Ph.D., cuja parte é chamada "Emissários do Céu". Ele acredita que a filha seja uma criança índigo. Também acha que "A maioria dos índigos vê anjos e outros seres do plano etéreo". Preside a Oughten House Foundation, Inc., e vende cartões de anjos. Outro colaborador é Doreen Virtue, defensora da terapia por anjos, que descobriu uma geração ainda mais evoluída de crianças que estaria surgindo agora: as crianças cristal.

No entanto, nem todos os colaboradores são das fronteiras da metafísica New Age. A Dra. Judith Spitler, por exemplo, é uma ex-professora de escola elementar e de pré-escola, e professora aposentada da Eastern Michigan University. Passa o tempo tentando interessar as crianças pela leitura.

como reconhecer uma criança índigo

A criança índigo é reconhecível por sua aura por certas outras características, segundo o site The Indigo Children (de propriedade da Kryon Writings).

  • Elas vêm ao mundo com uma sensação de pertencer à realeza (e muitas vezes agem como tal).
  • Têm uma sensação de "merecer estar aqui", e surpreendem-se quando as pessoas não a compartilham.
  • Auto-estima não é uma questão importante. Elas freqüentemente dizem aos pais "quem elas são".
  • Têm dificuldades com autoridade absolutista (autoridade sem explicações ou escolhas).
  • Simplesmente não aceitam fazer certas coisas. Por exemplo, esperar em fila é difícil para elas.
  • Ficam frustradas com sistemas que são ritualísticos e não exigem pensamento criativo.
  • Muitas vezes vêem maneiras melhores de se fazer as coisas, tanto em casa como na escola, o que faz com que pareçam "destruidores de sistemas" (incompatíveis com qualquer sistema).
  • Parecem anti-sociais, a não ser quando estão com outras do mesmo tipo. Se não houver outras de consciência semelhante ao seu redor, freqüentemente tornam-se introvertidas, sentindo que nenhum outro ser humano as compreende. A escola, muitas vezes, é socialmente dificílima para elas.
  • Não reagem à disciplina pela "culpa" ("Espere até seu pai chegar em casa e descobrir o que você fez").
  • Não têm receio de deixar que você saiba o que elas precisam.

(Para ver alguns exemplos de pais da região de Houston que identificaram seus filhos como índigos, leia Krider 2002. As crianças não necessariamente concordam com a avaliação dos pais).

É compreensível por que muitos pais não gostam de ter os filhos rotulados como portadores de TDA ou TDAH. Esse rótulo significa imperfeição. Alguns podem até interpretar que isso signifique que a criança é "defeituosa". Especificamente, significa que o comportamento da criança se deve a uma condição neuro-biológica. Para alguns, isso é o mesmo que ter um cérebro com problemas ou uma doença mental. Compreensivelmente, é aí que as emoções fervem. O tratamento de crianças com problemas é um assunto quente para a mídia de massas, advogados ferozes, apresentadores de programas de entrevistas, colunistas e outros não exatamente conhecidos por seu papel no esclarecimento de questões médicas e científicas complicadas. Muitos aderem à onda e atacam a indústria farmacêutica e os psiquiatras por encherem nossas crianças de drogas. Opor-se a isso é inútil, já que poucos se dispõem a escutar quem defenda a esses que "abusam" das crianças. Ainda menos pessoas se dispõem a investigar para descobrir se os críticos sabem do que estão falando.

Nos EUA, o Instituto Nacional de Saúde Mental afirma que o TDAH é o distúrbio infantil mais comumente diagnosticado. Afeta cerca de 3% a 5% de todas as crianças em idade escolar (David Kaiser afirma que 10% das crianças em idade escolar vêm sendo diagnosticadas com TDA/TDAH e que, em algumas partes do país, 50% das crianças recebem esse diagnóstico). Com tantas crianças afetadas, deve ser fácil encontrar casos de diagnóstico errado, tratamento inadequado, reações adversas a remédios, etc. Relatos de mau uso, porém, não devem substituir estudos científicos e observações clínicas feitas pelos profissionais que tratam essas crianças diariamente. Todos sabemos, no entanto, que um relato feito por Arianna Huffington ou Hilary Clinton nos programas Oprah ou Larry King Live tem muito mais poder que um estudo científico controlado. A Ritalina está presente desde 1950, e ainda assim não há estudos de longo prazo de que eu tenha conhecimento que demonstrem que é segura, eficaz ou melhor que qualquer alternativa. O apoio para a sua prescrição vem principalmente dos que estão na frente de batalha, os médicos que tratam os milhões de crianças e adultos com TDA/TDAH. O apoio também vem do fabricante da Ritalina, a Novartis Pharmaceuticals Corp., de Nova Jersey, que afirma que o medicamento "vem sendo usado de forma segura e eficaz no tratamento de milhões de pacientes de TDAH por mais de 40 anos", o que é atestado pelos resultados de 170 estudos (Donohue). No entanto, a Novartis está longe de ser uma parte desinteressada.

Em todo caso, não importando quantos estudos de longo prazo sejam feitos sem que se encontre nada espetacularmente errado com a Ritalina, sempre haverá a possibilidade de que o próximo encontre algo horrível. Por exemplo, "pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, diz o estudo, rastreando a entrada de jovens com TDAH na idade adulta, encontraram uma conexão entre o uso da Ritalina e um posterior abuso de tabaco, cocaína e outros estimulantes" (Donohue 2000). Será essa conexão forte o bastante para justificar preocupação? Como podemos ter certeza de que não foi o TDAH, em vez de a Ritalina, a principal base para a conexão?

O alarde e a quase-histeria que cercam o uso da Ritalina contribuiram para um clima que torna possível que um livro como Crianças Índigo seja levado a sério. Dadas as alternativas, quem não iria preferir acreditar que seus filhos são especiais e escolhidos para alguma missão importante, em vez de acreditar que têm um distúrbio cerebral? O lado bom é que, pelo menos, Kryon não receita algas verde-azuladas, uma "alternativa" popular à Ritalina, embora não existam estudos de longo prazo sobre que efeitos as algas verde-azuladas poderiam ter no cérebro de uma criança em desenvolvimento (“The Algae AD/HD Connection: Can Blue Green Algae Be of Help with Attention Deficit/Hyperactivity Disorder?” [A Conexão Entre as Algas e o TA/TH] de John Taylor, Ph.D.). Retiro o que disse: na página de links do site das Crianças Índigo, há um link para a Cell Tech - http://www.celltech.com (página 189) Web site da Cell Tech, a organização que vende algas verde-azuladas do Lago Klamath.


Fonte: Dicionário do Cético

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