Exorcismo - ††† Universo Sobrenatural †††

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Exorcismo

O termo exorcismo (do grego exorkismós, "ato de fazer jurar", pelo latim exorcismu) designa o ritual executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demónios) de outra pessoa que se encontre num estado considerado de possessão demoníaca. Pode também designar o ato de expulsar demônios por intermédio de rezas e esconjuros (imprecações). Não se refere a casos de demoniomania, isto é, de um estado mórbido mental em que o doente se julga possesso pelo Demônio, ou por dois ou mais demônios.

Características
No ritual católico do exorcismo, os padres não devem por princípio acreditar prontamente que uma pessoa se encontra sobre possessão demoníaca e apenas os bispos, podem autorizar um sacerdote a fazer exorcismos.
No ritual do exorcismo e depois de invocar a sua segurança e de todos aqueles que o assistem, o padre condena o(s) demónio(s) a não ter poderes sobre qualquer um dos presentes perante o possesso que deve encontrar-se amarrado de forma a prevenir qualquer tentativa de agressão.

Segundo alguns relatos deste ritual, os "demônios" respondem com mentiras às numerosas perguntas do sacerdote sobre questões várias que incluem a identidade do "demónio" e/ou a razão da possessão. Apesar da resistência do(s) demónio(s), o padre exorta-os a irem embora do corpo do possesso um prolongado período de tempo e com imensa insistência até que, por invocação do Nome de Deus, de Cristo Jesus e todos os anjos, ao fim de algumas horas consideradas extenuantes de invocações e de oração, poderá acontecer que o possesso seja libertado do domínio demoníaco e considerado "curado". Outras vezes essa situação pode ser revertida e a possessão volta a atormentar o paciente que muitas vezes também procura alívio em tratamentos psiquiátricos.

Um dos atos de exorcismo mais conhecidos foi o de Anneliese Michel, uma jovem alemã que, segundo relatos da própria, foi possuída por uma legião de demônios.

No exorcismo, o padre ou exorcista, utiliza um cântico mágico que destrói o demônio, ou retirando o espírito maléfico de uma pessoa. O cântico é o seguinte:
"Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis legio, omnis congregatio et secta diabolica, in nomine et virtute Domini Nostri Jesu Christi, eradicare et effugare a Dei Ecclesia, ab animabus ad imaginem Dei conditis ac pretioso divini Agni sanguine redemptis".





Perspectiva Neopentecostal
Nos movimentos cristãos pentecostal e neo-pentecostal, bem como nos movimentos de renovação carismática, há também um grande número de relatos de casos de exorcismo. Contrariamente ao ritual católico, não há uma liturgia rígida, embora seja considerado que não deva ser qualquer crente, que, embora tendo aceitado e confessado previamente Jesus como senhor e salvador, se pode tornar um exorcista, uma vez que, segundo a interpretação do Novo Testamento da Bíblia, Jesus deu autoridade apenas aos apóstolos para dominarem os espíritos imundos. Consideram-se os sacerdotes (presbíteros, pastores, bispos, etc.) como os apóstolos da atualidade. Mar 16:17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Sendo todo crente em Cristo Jesus capaz e autorizado por Cristo a expulsar Demônios.

A fórmula utilizada nas igrejas evangélicas é simples e de certa forma eficiente, baseando-se na utilização de "O nome de Jesus". A pessoa que apresenta sintomas de possessão ou infestação por demónios ou espíritos imundos fica imediatamente libertada após a imposição de mãos e declaração verbal por parte do pastor ou autoridade equivalente na igreja, para que as entidades estranhas à pessoa se retirem.

Atualmente, algumas denominações evangélicas defendem e praticam o exorcismo, de entre as, a Igreja Universal do Reino de Deus, com práticas consideradas não tão ortodoxas, como o "corredor de sal", a Igreja Pentecostal Deus é Amor, a Igreja Maná, a Igreja Renascer em Cristo entre outras.

Exorcismo, entre a Fé e o desequilíbrio -
Na Igreja Católica, o exorcismo deve ser com licença expressa, e para cada caso, do Bispo da Diocese. Raríssimamente concedido. No Ritual Romano se lê: "Os sinais de possessão demoníaca são... falar várias línguas desconhecidas...revelar coisas distantes ou ocultas... manifestar forças superiores à idade ou aos costumes."
Nenhum destes sinais hoje é válido. A Parapsicologia explica como perfeitamente naturais a xenoglossia, a adivinhação e sansonismo.

Xenoglossia
Ilga K. de Trapene (Letônia) apesar de sofrer de deficiência mental, era às vezes capaz de falar em qualquer língua, contanto que alguém na sua presença pensasse, ou lesse mentalmente, as frases correspondentes. Era uma adivinhação na base de escapes sensoriais (HIP- Hiperestesia Indireta do Pensamento). E, na ausência de qualquer pessoa, ou no isolamento da emissora de rádio da Universidade de Riga, era incapaz de qualquer xenoglossia. Será que o demônio não pode entrar no isolamento de uma emissora de rádio???

Adivinhação
Sobre a adivinhação, além da citada Hiperestesia Indireta do Pensamento, temos também a percepção extra-sensorial e suas diversas divisões... A telepatia da mesma forma não tem nenhuma relação com o demônio.

Sansonismo
Os psiquiatras falam em hiperdinamismo. Um louco, sem camisa de força, numa crise de fúria, dificilmente poderá ser contido, mesmo por várias pessoas. Numa situação parapsicológica, o aproveitamento ao máximo das energias musculares e nervosas pode dar a impressão de "força superior à idade ou aos costumes". Na realidade é sõ isso: aproveitamento ao máximo, parapsicologicamente, da força muscular (sansonismo) e nada de sobre-humano; é sempre numa dimensão humana. Se alguma vez, uma menina tivesse levantado um automóvel com um dedo, ou derrubado uma parede com a mão, então poderíamos pensar em força sobre-humana, demoníaca... Mas isso nunca aconteceu.

Ritual Romano
Poderá parecer que eu esteja desrespeitando a autoridade do Ritual Romano no tema dos exorcismos. Toda lei disciplinar universal da Igreja, obriga os católicos ao assentimento interno. O católico poderá discordar, em casos evidentes, mas não publicamente. A Igreja é hierarquica e mesmo que no Ritual Romano não se trate de doutrina religosa propriamente dita, uma ordem disciplinar universal obriga ao respeito e acatamento inclusive nos conceitos teóricos pressupostos.
Mas a parte do Ritual Romano que se refere aos exorcismos não é uma ordem disciplinar universal, como o são todas as outras partes do Ritual. Expressamente na bula em que se promulgavam os exorcismos, Gregório IX dizia: "Hortamur" , isto é, " Exortamos ", recomendamos, que o costume que se tinha na Alemanha se estenda a todo o mundo. É uma exortação, aliás antiquíssima, e antiquada, e não uma ordem disciplinar universal.

Aliás, a própria evolução dos exorcismos mostra que a Igreja neste tema científico e não propriamente religioso, e portanto fora do alcance direto da Igreja, foi acompanhando a evolução da Ciência. O termo " argumentos " (de possessão diabólica) foi substituído pelo de " sinais " . Mais adiante, a Igreja colocou um " talvez sejam" em vez de "são sinais". Depois acrescentou " não creia facilmente que se trate do demônio". Modernamente a Igreja proibiu administrar os exorcismos (a não ser com licença expressa do Bispo da Diocese).

E esta licença só será concedida a um exorcista oficialmente nomeado, que se supõe, saiba o que tem em mão. Aí, já depende muito da cultura do exorcista. O Padre José de Tonquedec, exorcista oficial durante trinta anos na Diocese de Paris, não encontrou nenhum caso de possessão demoníaca. Ele conhecia a Parapsicologia daquela época, anterior a 1930. E escreveu um livro intitulado " Possessão Demoníaca ou Doença ? ", que já por sí é todo um símbolo.

Posteriormente, a Igreja reduziu, e praticamente suprimiu os exorcismos do Ritual do batismo e das outras bençãos oficiais. Atualmente tirou inclusive a própria ordem menor de exorcista. Hoje ninguém se ordena exorcista, como anos atrás e durante tantos séculos se vinha fazendo.
O exorcismos, segundo as normas, deveria ser raríssima exceção. Mas na realidade, muitos padres, mais ou menos supersticiosos, dão exorcismos por conta própria.

Em conclusão: Não se pode invocar a autoridade do Ritual Romano para defender a possessão demoníaca, porque o próprio Ritual Romano e a prática da Igreja foram bem claramente acomodando-se à ciência na sua evolução. Fica portanto plenamente autorizado o cientista a continuar " forçando" a evolução da Igreja neste tema que só indireta e escassamente pertence à religião, e direta e principalmente à ciência.

É claro que a Igreja se acomodou e se acomoda à ciência no erro científico do passado e no progresso moderno. É claro também que não corresponde à Igreja adiantar-se à ciência: a parapsicologia é muito nova e pouco conhecida; seu influxo ainda é escasso entre a maioria dos cientistas. Seria prematuro a Igreja negar já a possessão demoníaca; deve se esperar que a Parapsicologia se imponha...
Algumas pessoas dizem em favor da possessão, que os exorcismos curam. " Por Poder Divino, se expulsam de fato os demônios".

Na realidade, os exorcismos "curam" (por sugestão) ou agravam...
Os endemoninhados de Ilfurt foram cada vez manifestando maiores fenômenos parapsicolõgicos à medida que se lhes iam aplicando os exorcismos.
As freiras de Loudun também foram complicando as suas manifestações e só se curaram quando depois de grandes tragédias (houve até suicídios), a igreja abandonou o caso. As freiras, deixadas em paz, esqueceram o tema da demonologia (e chegaram inclusive a uma vida muito piedosa e regular no seu convento. Por acaso, o demönio se converteu em apóstolo?).

Os irmãos Pausini manifestavam fenômenos após asistirem a uma sessão espírita. O vigário pensando tratar-se do demõnio; aplicou os exorcismos, e aí se complicou tudo: começarama manifestar cada vez maiores fenômenos.

No cemitério de São Medardo, sobre a túnica do Diácono Paris, muitas pessoas foram se contagiando com "possessões" e contínuos exorcismos até que o rei enviou o exército e acabou com a "possessão demoníaca". Os exorcismos estavam agravando cada vez mais a situação. Foia dispersão, evitando o contágio psíquico, que com o tempo "curou" o fenômeno. E um engraçadinho colocou um cartaz na porta do cemitério: "Por ordem do rei se proíbe a Deus fazer milagres neste local".

Muitos casos ao longo da história, foram se complicando, justamente porque as crianças (geralmente) eram tidas por endemoninhadas, e se assustavam ao pensar que tinham o demônio dentro de sí e o desequilíbrio foi cada vez maior, em consequencia também maior, a manifestação parapsicológica.. Até que, tranquilizadas por outros métodos, ou pelo passar do tempo , desapareceram, inclusive por sí sós, os fenômenos parapsicológicos.

A Bíblia
A Bíblia é um livro de Doutrina Religiosa. Não é um livro de psicologia, Medicina, Psiquiatria ou Parapsicologia, nem de qualquer outro ramo da ciência relacionado com os fenômenos ou fatos atribuídos tradicionalmente ao demônio. Nem de antropologia, Biologia, zoologia, evolução ou qualqueroutro ramo da ciência relacionado com a origem do homem. Nem sequer diretamente de história.
Dados que existem na Bíblia podem confirmar, talvez, esporadicamente, alguma verdade científica.
Mas, simplesmente, não se deve procurar na Bíblia argumentos contra quaisquer dados científicos. Religião é uma coisa, ciência é outra.

A religião é de âmbito sobrenatural, a Ciência, de âmbito natural. Nem a religião pode afirmar ou negar nada no campo natural, nem a ciência pode afirmar ou negar nada no campo sobrenatural.

Um tema científico que, indiretamente se relacione com a religião, não autoriza ao exegeta ou teólogo a considerá-lo exclusivamente tema religioso. Não é o teólogo a máxima autoridade nesse tema, mas a mínima.

Religião e ciência, sim, em temas fronteiriços, podem e devem cooperar, mas dentro de seus campos específicos. Nos temas que não lhe pertencem diretamente, o cientista e o teólogo devem dar primordial importância ao especialista a quem de direito lhe corresponde o tema.


Fonte: eujavifantasmas

Um comentário:

  1. acabei de ler um trecho desse texto acima falando que Cristo só deu poder para exorcisar aos apostolos, isso é mentira. Na Biblia está escrito que outros além dos apostolos estavam exorcisando, porém quando um dos apostolos viu, ele o proibiu. E mais tarde Jesus disse deixe-os quem não é contra nós é por nós.. E também encontramos na Biblia que se Jesus não fosse, o outro consolador não poderia vir. Jesus só poderia estar em um lugar pois estava em um corpo, porém o outro consolador a quem Jesus enviaria poderia estar em todos os lugares , isso desde quando Jesus morreu e ressuscitou até hoje......

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