Relato da morte de cães trouxe à tona casos de coelhos, galinhas e ovelhas mortas.
A Brigada Militar suspendeu após o feriadão o monitoramento da área onde foram registrados ataques a cães, na Estrada da Branquinha, em Viamão.
Após a divulgação da morte dos cachorros, surgiram relatos de outros moradores da região. Na propriedade de Alfeo Cigolini, de 9 hectares, foram mortos aproximadamente 10 ovelhas e 20 coelhos. Os ataques começaram há oito meses e cessaram há dois.
A Brigada Militar suspendeu após o feriadão o monitoramento da área onde foram registrados ataques a cães, na Estrada da Branquinha, em Viamão.
Após a divulgação da morte dos cachorros, surgiram relatos de outros moradores da região. Na propriedade de Alfeo Cigolini, de 9 hectares, foram mortos aproximadamente 10 ovelhas e 20 coelhos. Os ataques começaram há oito meses e cessaram há dois.
Os coelhos ficavam em gaiolas, e o animal que os atacou tirou de alguma forma um comedouro da estrutura, que ficava para fora, para conseguir pegar os pequenos mamíferos.
— Ele leva até dois meses para voltar. Enche a barriga e vai embora. Dos coelhos, só os pelos ficaram para trás. Já das ovelhas, o animal só comeu a "buchada" (estômago e vísceras) — conta.
As ovelhas, que Alfeo cria só pela sua beleza, agora são encerradas em um galpão que fica trancado à noite. Algumas de suas galinhas também foram mortas.
O microempresário tem planos de abrir a área ao público como espaço de lazer, com açude para pesca e campo de futebol.
— Enquanto não resolver essa história de ataques, não posso fazer isso — lamenta.
A proprietária de outra área, que teve três cães mortos, ficou sabendo dessas mortes há pouco tempo. Angélica Fritz Montano acredita que o mesmo animal tenha matado os cães e os animais de Alfeo:
— Meus cachorros eram grandes. O crânio de um deles tinha um furo em que entrava um dedo. A Brigada Militar disse-me que poderia ser um cão faminto, mas eu não acredito nisso. Um cão faminto não tem muito força e meus cachorros eram grandes e fortes.
Segundo a técnica em enfermagem, o pastor belga Boris tinha 50 kg e em pé alcançava 1,74m.
A Vaquinha, uma dinamarquesa, pesava 65 kg, enquanto a Brisa era uma cadela treinada da raça American Staffordhire Terrier, com aproximadamente 40 kg.
— O Boris teve ferimentos no pescoço e no peito. A Vaquinha teve o pescoço quebrado e o crânio da Brisa ficou com um furo onde cabia um dedo. Eu acredito que seja algum animal que tenha fugido de algum criador ou circo.
Contraponto
De acordo com o comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana, capitão Rodrigo Gonçalves do Santos, o monitoramento na região foi suspenso ao final do feriadão, por falta de evidências de que seria algum animal silvestre.
— Uma guarnição foi diariamente ao local, mas depois que efetuaram os disparos na mata não apareceu mais nada.
Segundo Rodrigo, as equipes estão de sobreaviso e devem ser acionadas se o animal for avistado. Os moradores podem telefonar para o número do Batalhão Ambiental: 3288.5146.
— Não avistamos mais nada e eu não tinha como justificar a manutenção do monitoramento. Infelizmente, temos outras coisas a cuidar.
Na verdade, o animal nem avistado foi. Não vamos deixar gente olhando para o nada no meio do mato.
O capitão considera que o animal possa ter sido morto, mas acredita que a probabilidade maior é que ele tenha fugido com a movimentação na mata. Questionado sobre o relato de Alfeo e Inácio, ele diz que não foi informado sobre as mortes.
— Tudo é possível, mas acredito que o animal tenha fugido. Permanece também a dúvida de que raça seria esse animal, se seria um cão que se tornou selvagem ou um felino. De qualquer forma, nada que vá atacar humanos — tranquiliza.
A pena para quem matar um animal silvestre é de 6 meses a um ano de detenção, por crime ambiental. Se for um animal doméstico, lembra Rodrigo, seria crime por maus tratos, com a mesma pena.
Ele destaca que os ataques podem voltar a ocorrer uma vez que a área que tinha mais vegetação nativa é tomada gradualmente para a construção de condomínios rurais. É uma tendência de confronto entre os animais silvestres e domésticos, na definição do capitão.
— E se as pessoas começarem a matar os animais silvestres, vão mexer com o equilíbrio do ecossistema.
Animal ainda não identificado assusta moradores da Estrada da Branquinha.
A Brigada Militar pretende utilizar armadilhas fotográficas e comuns para localizar animal que assusta moradores da Estrada da Branquinha, em Viamão.
A polícia ambiental passou quatro horas no mato na noite de quinta-feira e outras duas na manhã desta sexta, mas ainda não localizou o animal.
— Vamos continuar monitorando a área, mas não há nenhum sinal concreto de que se trata do bicho A ou B.
Depois de um levantamento, percebemos que o uso de armadilhas fotográficas é viável porque o animal vai mais de uma vez no mesmo local — afirma o capitão Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana.
Policiais ambientais precisaram atirar três vezes com munição não-letal para manter a segurança do grupo/Foto:Ronaldo Bernardi
Santos informou que também serão usadas armadilhas comuns na captura. Segundo o capitão, hoje e no fim de semana a BM fará apenas o monitoramento da área porque o Ibama não conta com a armadilha fotográfica na superintendência do RS. O plano é utilizar o equipamento assim que for possível obtê-lo.
— Está praticamente descartada a possibilidade de identificação apenas pelo rastro. Há muitos cães no local e não é possível detectar com clareza as pegadas do animal.
A superintendência do Ibama no RS informou ainda não ter recebido o pedido da armadilha fotográfica. O instituto não possui o equipamento em sua sede no Estado.
Para obter a armadilha, a BM poderá pedi-lo à Fundação Zoobotânica. Ainda de acordo com a superintendência, o Ibama autorizaria o uso e acompanharia as buscas ao animal desconhecido.
Na quinta-feira, dois policiais ambientais fizeram buscas pela mata a partir das 21h com espingarda calibre 12 com munição não-letal e lanterna.
Na primeira incursão, o soldado Alfeu Cesar Colussi disparou duas vezes ao perceber que o animal se aproximava.
O morador Gianilson Esteves dos Santos acompanhou as buscas. Ao retornar para a casa de Gianilson, eles ouviram novos rugidos e barulho de galhos quebrando e entraram novamente na mata.
O animal voltou a se aproximar e Colussi precisou disparar uma terceira vez para afastá-lo e manter a segurança do grupo. Os moradores da Estrada continuam assustados.
— Na hora que eles estavam saindo da mata, ouvimos um barulho de rugido e de galhos quebrando. Até quebrei o pote de café que tinha na mão.
Faz sete dias que não consigo dormir — contou a mulher de Gianilson, a dona de casa Glória Santos.
A polícia ambiental passou quatro horas no mato na noite de quinta-feira e outras duas na manhã desta sexta, mas ainda não localizou o animal.
— Vamos continuar monitorando a área, mas não há nenhum sinal concreto de que se trata do bicho A ou B.
Depois de um levantamento, percebemos que o uso de armadilhas fotográficas é viável porque o animal vai mais de uma vez no mesmo local — afirma o capitão Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana.
Policiais ambientais precisaram atirar três vezes com munição não-letal para manter a segurança do grupo/Foto:Ronaldo Bernardi
Santos informou que também serão usadas armadilhas comuns na captura. Segundo o capitão, hoje e no fim de semana a BM fará apenas o monitoramento da área porque o Ibama não conta com a armadilha fotográfica na superintendência do RS. O plano é utilizar o equipamento assim que for possível obtê-lo.
— Está praticamente descartada a possibilidade de identificação apenas pelo rastro. Há muitos cães no local e não é possível detectar com clareza as pegadas do animal.
A superintendência do Ibama no RS informou ainda não ter recebido o pedido da armadilha fotográfica. O instituto não possui o equipamento em sua sede no Estado.
Para obter a armadilha, a BM poderá pedi-lo à Fundação Zoobotânica. Ainda de acordo com a superintendência, o Ibama autorizaria o uso e acompanharia as buscas ao animal desconhecido.
Na quinta-feira, dois policiais ambientais fizeram buscas pela mata a partir das 21h com espingarda calibre 12 com munição não-letal e lanterna.
Na primeira incursão, o soldado Alfeu Cesar Colussi disparou duas vezes ao perceber que o animal se aproximava.
O morador Gianilson Esteves dos Santos acompanhou as buscas. Ao retornar para a casa de Gianilson, eles ouviram novos rugidos e barulho de galhos quebrando e entraram novamente na mata.
O animal voltou a se aproximar e Colussi precisou disparar uma terceira vez para afastá-lo e manter a segurança do grupo. Os moradores da Estrada continuam assustados.
— Na hora que eles estavam saindo da mata, ouvimos um barulho de rugido e de galhos quebrando. Até quebrei o pote de café que tinha na mão.
Faz sete dias que não consigo dormir — contou a mulher de Gianilson, a dona de casa Glória Santos.
BM prepara armadilha para desvendar mistério da Estrada da Branquinha em Viamão
Capitão começa a pensar que animal possa ser um cachorro e não um felino.
A Brigada Militar (BM) passou mais uma noite na espreita do animal misterioso que ronda a Estrada da Branquinha, em Viamão.
Três homens se revezaram desde as 21h30min até a 1h30min deste sábado no meio do mato para tentar identificar a presença do suposto puma que há mais de uma semana aterroriza a comunidade que vive na região. Para esta noite, está programada uma preparação do terreno para tentar atrair o bicho.
Dessa vez nenhum grunido, nem movimentação estranha na mata puderam ser observados. Apenas próximo à meia-noite algo começou a caminhar em direção ao grupo.
Os farois do carro foram ligados na direção de onde podia se escutar o barulho e um cão apareceu.
— Isto reforça a minha tese de que pode ser um cão de grande porte. Não temos nenhum indício de que se trata de um felino — arrisca o capitão Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana.
— Do jeito que o local está é impossível dizer que tipo de animal é. Encontramos pegadas sobre pegadas, é como procurar uma agulha em um palheiro.
A movimentação de pessoas está muito forte no local. Se o bicho é arredio, não vai aparecer. Temos certeza de que ele é muito mais arisco do que curioso.
O morador Jeanilson Esteves dos Santos, 42 anos, diz que não acreditou na nova hipótese levantada pela polícia, pois conhece o modo de ataque dos cães e que nunca viu nada parecido com o que está acontecendo na zona onde mora:
— A patrulha ambiental esteve aqui na quinta, eu estava junto, o animal apareceu, escutamos os barulhos dele e a polícia saiu daqui mais apavorada do que nós.
Eles tiveram que disparar três tiros de arma não letal para afugentar o animal. Não é nada de cachorro porque senão os meus cães já tinham rachado ele no meio. Eles se ouriçam todos, se escondem debaixo dos carros quando o animal se aproxima.
Hoje, o capitão Rodrigo informou que seguirá o conselho do Ibama de armar uma armadilha de pegadas.
— A ideia é emparelhar o terreno, deixá-lo bem liso e colocar um pouco de comida, um pedaço de carne e esperar que o animal apareça.
Assim, teremos mais clareza sobre as pegadas. Mesmo assim, não temos certeza nenhuma de que isso vai dar certo — explica. O novo plano não impede que sejam colocadas, como planejado anteriormente, as armadilhas fotográficas.
— Estamos dependendo apenas de apoio técnico para poder colocar as armadilhas.
Três homens se revezaram desde as 21h30min até a 1h30min deste sábado no meio do mato para tentar identificar a presença do suposto puma que há mais de uma semana aterroriza a comunidade que vive na região. Para esta noite, está programada uma preparação do terreno para tentar atrair o bicho.
Dessa vez nenhum grunido, nem movimentação estranha na mata puderam ser observados. Apenas próximo à meia-noite algo começou a caminhar em direção ao grupo.
Os farois do carro foram ligados na direção de onde podia se escutar o barulho e um cão apareceu.
— Isto reforça a minha tese de que pode ser um cão de grande porte. Não temos nenhum indício de que se trata de um felino — arrisca o capitão Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana.
— Do jeito que o local está é impossível dizer que tipo de animal é. Encontramos pegadas sobre pegadas, é como procurar uma agulha em um palheiro.
A movimentação de pessoas está muito forte no local. Se o bicho é arredio, não vai aparecer. Temos certeza de que ele é muito mais arisco do que curioso.
O morador Jeanilson Esteves dos Santos, 42 anos, diz que não acreditou na nova hipótese levantada pela polícia, pois conhece o modo de ataque dos cães e que nunca viu nada parecido com o que está acontecendo na zona onde mora:
— A patrulha ambiental esteve aqui na quinta, eu estava junto, o animal apareceu, escutamos os barulhos dele e a polícia saiu daqui mais apavorada do que nós.
Eles tiveram que disparar três tiros de arma não letal para afugentar o animal. Não é nada de cachorro porque senão os meus cães já tinham rachado ele no meio. Eles se ouriçam todos, se escondem debaixo dos carros quando o animal se aproxima.
Hoje, o capitão Rodrigo informou que seguirá o conselho do Ibama de armar uma armadilha de pegadas.
— A ideia é emparelhar o terreno, deixá-lo bem liso e colocar um pouco de comida, um pedaço de carne e esperar que o animal apareça.
Assim, teremos mais clareza sobre as pegadas. Mesmo assim, não temos certeza nenhuma de que isso vai dar certo — explica. O novo plano não impede que sejam colocadas, como planejado anteriormente, as armadilhas fotográficas.
— Estamos dependendo apenas de apoio técnico para poder colocar as armadilhas.
Fonte: Zero Hora/arquivosdoinsolito
Esse caso nunca foi resolvido. O mistério continua...
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