O casal de investigadores paranormais Rosa Maria Jaques e João Tocchetto
foram com nossa equipe até Ouro Preto, em busca de fantasmas
Na busca por respostas para dois dos inúmeros casos de espíritos
assombrando ladeiras, casarões e monumentos históricos da antiga Vila
Rica, convidamos dois investigadores paranormais para nos acompanhar
nessa matéria 'assustadora' da TV Encontro.
"Capacidade mental de interagir com o meio ambiente, usando meios que
não os sentidos e membros do corpo. Possivelmente, está presente em
todos os seres humanos, mas em alguns indivíduos com maior intensidade",
esta é a definição do dicionário Michaelis para a palavra
paranormalidade.
O assunto, aliás, gera medo e curiosidade em muita
gente. Para tentar entender um pouco o sobrenatural, a TV Encontro foi a
Ouro Preto, em busca de histórias de assombrações, juntamente com a TV
Alterosa e dois investigadores paranormais convidados.
Por que fenômenos como aparição de espíritos, vozes desconhecidas e mesmo objetos que se movem são tão comuns em nosso país?
"Essas atividades
paranormais acontecem sem qualquer programação. É como se fosse uma
energia em movimento, que pode ser usada, por exemplo, para que o mundo
espiritual contate uma pessoa daqui", diz Rosa Maria Jaques,
investigadora e sensitiva, fundadora do grupo Visão Paranormal
– também conhecido como Caça Fantasmas Brasil –, que, desde 2010, já
contabiliza mais de 100 casos sobrenaturais analisados em vários estados
brasileiros.
Além de usar aparelhos para fazer a 'tradução' dos
fenômenos, Rosa também diz ter o dom de se comunicar com os mortos. "Sou
vidente desde os seis anos".
O quadro do menino que teria morrido na casa fica pendurado na parede
Junto com o marido, e também investigador paranormal, João Tocchetto de
Oliveira, ela aceitou o convite da Encontro e da Alterosa para analisar
dois casos misteriosos na cidade de Ouro Preto, que fica a 98 km de
distância de Belo Horizonte.
A primeira história sobrenatural é
relacionada a uma casa, pertencente à Universidade Federal de Ouro
Preto (Ufop), que é a sede da república estudantil Maracangalha, e na
qual, de acordo com a lenda, vivia uma família, inteiramente vitimada
pela tuberculose, no século XIX.
Quando os agentes de saúde foram
retirar os corpos da residência, não encontraram o do suposto filho.
Segundo dizem os estudantes que moram no local, o espírito do menino
ainda ronda a casa, e sua única lembrança é um quadro, que está
pendurado na parede, em meio às fotos de ex-alunos da Ufop, que por ali
passaram.
Muito ouro e sofrimento puderam ser encontrados na Mina do Chico Rei
O segundo caso que fomos analisar está ligado à Mina do Chico Rei, um dos pontos turísticos da cidade histórica. A área de mineração desativada recebeu esse nome em homenagem a um escravo, que teria vindo da África, onde era rei de sua tribo.
Em Minas, apesar das
dores do trabalho forçado, Chico Rei conseguiu juntar dinheiro e
adquirir a mina de ouro. Com o metal precioso, libertou vários de seus
conterrâneos, além de ter contribuído para a decoração da igreja de
Santa Efigênia.
Dentro da mina, que é uma propriedade privada, dizem que
ainda residem os espíritos dos escravos que ali morreram, ao tentar
levar embora um pouco de ouro, para pagar a carta de alforria.
"Ouro Preto é uma cidade que foi construída em cima do poder, do dinheiro, da falta de humanismo (com respeito à escravidão). Isso ficou marcado na região, e ainda vai levar um tempo para diluir", explica a sensitiva Rosa Maria.
Durante nossa investigação, ela teria contatado diversos
espíritos, incluindo o suposto fantasma do menino da república
Maracangalha e, ainda mais intrigante, o do próprio Chico Rei, dentro de
sua mina.
Nem todos concordam com essa visão dos fenômenos paranormais. É o caso
de Márcia Cobero, professora e diretora do Instituto Padre Quevedo de
Parapsicologia.
Ela explica que essas manifestações consideradas
sobrenaturais, na verdade, estariam relacionadas a atividades mentais de
pessoas vivas: "O corpo humano possui diversas formas de energia,
incluindo a eletromagnética, no cérebro. Além disso, é possível
exteriorizá-la, para atuar numa área de até 50 metros ao redor da
pessoa".
Seu instituto, fundado há 44 anos pelo padre jesuíta Oscar
González-Quevedo, mais conhecido como padre Quevedo – hoje está
aposentado –, é especializado na análise de assuntos polêmicos como
demonologia, espiritismo e curandeirismo.
"Tudo indica que os próprios
investigadores paranormais influenciam nos aparelhos que utilizam. Esse
tipo de pesquisa que realizam só seria reconhecida pela parapsicologia,
se os equipamentos fossem automáticos", diz Márcia.
Os membros do Visão Paranormal não concordam com o pensamento da parapsicóloga. "Para nós, as provas geradas pelos equipamentos não são tão importantes quanto a paranormalidade da Rosa. O que ela está vendo e quais informações traz do mundo sobrenatural é o que valem", afirma João Tocchetto.
Sua esposa concorda, e explica que falta 'sensibilidade' aos
cientistas e pesquisadores: "Eles são estudiosos, não possuem a
sensibilidade aflorada a ponto de terem a vivência no assunto. São
racionais. Não têm o potencial paranormal suficiente", diz Rosa Maria
Jaques, que também é escritora e possui cinco livros editados.
Fonte: Encontro
Via: ArquivosDoInsolito
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