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sexta-feira, 20 de março de 2015

As línguas mais difíceis de se aprender

Aprender uma nova língua não é fácil, mas por que algumas são mais difíceis que outras? Dois motivos. Primeiro, a distância entre elas na árvore genealógica dos idiomas. Quanto mais próxima, mais fácil de aprender. Outros critérios contam, como alfabeto e pronúncia. Mas o segundo motivo é motivação, segundo linguistas e professores. Ela faz a diferença. Ou seja, você pode até ficar fluente em !Xóõ (pronuncia-se estalando a língua no céu da boca), mas vai precisar de mais tempo. E muita paciência.



Legenda

FAMÍLIA LATINA - Línguas que se originaram da mistura do latim com dialetos populares da Europa e se modificaram ao longo do tempo.

OUTRAS FAMÍLIAS

ALFABETO LATINO - Pode ganhar caracteres para representar sons que não existem nas línguas latinas. Mas a base continua a mesma.

OUTROS ALFABETOs

LÍNGUA TONAL - Tem palavras que mudam completamente o significado, dependendo da entonação que se usa para pronunciar.

NÚMERO DE NATIVOS - Pessoas que têm esse idioma como língua materna.


Fácil 

Idiomas com mesma origem têm mais semelhanças. As línguas latinas são como primas que cresceram juntas, mas se afastaram. Francês é mais difícil que espanhol e italiano porque teve influência germânica (exemplo: chic vem do alemão schick). E o inglês é a amiga que se enturmou: somos mais suscetíveis a aprender a língua que está em todo lugar.


Espanhol 

Número de nativos - 390 milhões

Família latina

Alfabeto latino


Italiano 

Número de nativos - 80 milhões

Família latina

Alfabeto latino


Francês 

Número de nativos - 220 milhões

Família latina

Alfabeto latino


Romeno 

Aprender a língua do Conde Drácula não é assim tão difícil. Existem aproximadamente 500 palavras semelhantes ou até iguais entre romeno e português. Um exemplo é "superior", que se escreve e pronuncia da mesma forma.

Número de nativos - 24 milhões

Família latina

Alfabeto latino


Inglês 

Número de nativos - 400 milhões

Outras famílias - Germânica

Alfabeto latino


Médio 

Aqui entram idiomas de famílias diferentes, mas quase sempre com o mesmo alfabeto: o latino, o mais usado no mundo. Mesmo línguas de outras famílias ficam mais próximas quando usam o mesmo alfabeto de base. Neste caldeirão de letras latinas, está a maioria dos idiomas da Europa.


Alemão 

Número de nativos - 100 milhões

Outras famílias - Germânica

Alfabeto latino


Islandês

Número de nativos - 320 mil

Outras famílias - Germânica

Alfabeto latino


Polonês 

Número de nativos - 42,7 milhões

Outras famílias - Eslava

Alfabeto latino


Finlandês 

É uma das raras línguas ocidentais que não deriva do tronco indo-europeu, mas do urálico (junto com o húngaro e o estoniano). A diferença aparece principalmente na pronúncia, cheia de vogais. Às vezes lembra o japonês.

Número de nativos - 7 milhões

Outras famílias - Fino-permiana

Alfabeto latino


Turco 

Número de nativos - 73 milhões

Outras famílias - Turcomana

Alfabeto latino


Grego 

Inspirou o latim, origem da língua portuguesa. É, digamos assim, um tio-avô. Então, mesmo com um alfabeto diferente, a expressão "tô falando grego" deveria brincar com outra língua, pois o grego está longe de ser o idioma mais difícil do mundo.

Número de nativos - 13 milhões

Outras famílias - Helênica

Outros alfabetos - Grego


Difícil 

O aprendizado de uma língua passa pela escrita. Aqui nos deparamos com letras, ideogramas e sinais que nos são estranhos. E muitas dessas línguas são tonais, o que dificulta. A palavra vietnamita khao, por exemplo, pode significar "ele", "ela" ou "branco", dependendo do tempo levado para falar as vogais.


Vietnamita 

Número de nativos - 73 milhões

Outras famílias - Mon-khmer

Alfabeto Latino

Língua tonal


Russo 

Número de nativos - 164 milhões

Outras famílias - Eslava

Outros alfabetos - Cirílico


Tailandês 

Número de nativos - 60 milhões

Outras famílias - Kradai

Outros alfabetos - khmer

Língua tonal


Mandarim 

Número de nativos - 885 milhões

Outras famílias - Sino-tibetana

Outros alfabetos - Logograma

Língua tonal


Japonês 

Assim como no mandarim, aprendizes de japonês precisam memorizar milhares de ideogramas. São dois sistemas silabários e cinco de escrita. Haja coração (e memória) para encarar essa língua.

Número de nativos - 127 milhões

Outras famílias - Japônica

Outros alfabetos - Logograma

Língua tonal


Coreano 

Número de nativos - 71 milhões

Outras famílias - Língua isolada

Outros alfabetos - Hangul

Língua tonal


Árabe 

O árabe é tão difícil de aprender a ler que o lado direito do cérebro (responsável por dar uma leitura geral das letras) fica sobrecarregado e simplesmente desliga, deixando o lado esquerdo se virar sozinho.

Número de nativos - 206 milhões

Outras famílias - Semítica

Outros alfabetos - Árabe


Quase impossível 

O sistema vocal complexo de alguns idiomas exóticos torna a tarefa de aprendê-los quase impossível. O que vai fazer diferença, daqui para a frente, é a determinação e a força no gogó. Há registros de africanos que desenvolveram caroços na laringe por causa do !Xóõ.


Tuyuca 

Só consoantes simples, poucas vogais nasais e um amplo vocabulário. Calma que piora: para os indígenas da Amazônia que dominam a língua, a única forma de afirmar algo é terminando a frase com um verbo (Yoda tuyuca fala?).

Número de nativos - menos de mil

Outras famílias - Tukano oriental


!Xóõ 

Em Botsuana, na África, as pessoas conversam usando cliques (estalos feitos com a língua no céu da boca). O alfabeto é construído com cinco cliques básicos e 17 adicionais.

Número de nativos - 2,5 mil

Outras famílias - Khoisan

Fonte: http://super.abril.com.br/ Via: BichoNoturno

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