Filho de um funcionário da alfândega, Adolf Hitler
(1889-1945) teve uma infância pobre e uma adolescência triste e
solitária. Detalhes de sua vida – alguns nunca antes revelados – foram
expostos em 265 verbetes no livro “O arquivo de Hitler”, escrito por Patrick Delaforce, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial. A obra está prestes a ser lançada no Brasil pela Panda Books.
O autor pesquisou escritos e discursos do líder nazista, pontos de vista de pessoas que o conheceram e bibliografias a respeito de Hitler para contar a jornada de um jovem pobre e desacreditado, que se tornou o maior ditador do século 20. Nesta terça-feita (20 de abril de 2010), Hitler faria 121 anos. Galileu traz alguns fatos curiosos narrados pelo livro de Delaforce:
O sonho de Hitler era ser artista
O sonho de Hitler era ser artista
O ditador teve uma adolescência muito sofrida. Em setembro de 1900, aos 11 anos, ingressou na Realschule de Linz, uma escola secundária que formava rapazes para a carreira comercial ou técnica. “De modo algum desejava me tornar um funcionário público. Um dia, tive certeza de que seria pintor, um artista... Meu pai ficou perplexo, mas logo se recuperou... ‘Artista, não, jamais enquanto eu viver!’”, assim escreveu Hitler em seu livro Mein kampf. Aos 16 anos, após a morte do pai, Alois Hitler, Adolf se mudou para Linz com sua mãe, irmã e tia e consagrou “toda a vida à arte”. Ele fazia esboços, pintava, projetava museus, uma ponte sobre o rio Danúbio, teatros e até mesmo a completa reconstrução de Linz. Fez também, por um tempo, algumas aulas de piano. Além disso, frequentava concertos, teatros, um clube de música, outro de livro e um museu de cera. Como teria sido a história da Alemanha se Hitler tivesse obtido sucesso em seu sonho?
O filho de Alois Schickelgruber e Klara Hitler ainda bebê
Hitler escrevia poemas
Aos 15 anos, Adolf passava a maior parte do tempo desenhando, pintando e lendo. Nessa época, morava numa casa de família em Steyr, na Áustria, onde ficava a escola que então frequentava. Escreveu também, com essa idade, um poema um tanto quanto incoerente. Os símbolos (-) são palavras indecifráveis:
As pessoas ali se sentam numa casa ventilada
Enchendo-se de cerveja e vinho
Comendo e bebendo em êxtase
(-) então de quatro.
Ali escalam os altos picos das montanhas
(-) com as faces cheias de orgulho
E caem como acrobatas em cambalhotas
E não podem se equilibrar
Então, tristes, voltam para casa
E em calma esquecem o tempo
Então ele vê (-), sua esposa, pobre homem,
Que lhe cura as feridas com uma boa sova.
O poema estava ilustrado com o desenho de uma mulher robusta surrando o marido.
E a fase poeta de Hitler não acabou na adolescência. Durante a guerra de trincheiras, em 1915, o ditador escreveu:
Frequentemente sigo em noites frias
Ao Carvalho de Odim no calmo bosque
Tecendo com negra magia uma união
A Lua traça runas com seu feitiço
E sua mágica fórmula humilha
Os que se enchem de orgulho à luz do dia!
Forjam suas espadas em fulgurante aço – mas, em vez de lutar,
Congelam como estalagmites
Assim se distinguem as almas – as falsas das verdadeiras
Penetro um ninho de palavras
E distribuo dádivas aos bons e aos justos
E minhas mágicas palavras lhe trazem bênçãos e riquezas!
Hitler era um adolescente preguiçoso na escola
Observe o boletim de quando o ditador cursava a 4ª série, na escola de Steyr, emitido em 15 de fevereiro de 1905.
Um empenho sofrível na escola mostra como o adolescente de 16 anos era
preguiçoso. Mas quando o assunto era arte, ele obtinha ótimos
resultados. Porém, o mais espantoso era seu excelente desempenho em
ginástica, já que, quando adulto, Hitler detestava exercícios físicos,
raramente caminhava e não praticava esportes.
O primeiro amor de Hitler foi uma judia
O primeiro amor de Hitler foi uma judia
Muitos sabem que Adolf Hitler tinha uma relação muito forte com sua mãe. Mas o primeiro amor dele, de fato, foi Stefanie (ou Stephanie) Isak, uma jovem loira e alta que vivia no mesmo subúrbio de Linz. O sobrenome dela indicava que fosse judia, mas isso não o incomodava.
O menino apaixonado de 17 anos dedicou a ela uma série de poemas românticos e, na companhia de seu melhor amigo, Gustl Kubizek, ficava todos os dias esperando Stefanie passar na rua, que infelizmente estava sempre sob o olhar atento da mãe.
Hitler confessou a Gustl que, para fugir com ela, seria capaz de sequestrá-la. E como a moça o ignorava, Adolf planejou suicídio nas águas do rio Danúbio, levando-a consigo. Stefanie, que possivelmente nunca conversou com Hitler, acabou se casando com um soldado, o tenente Jasten.
Hitler já ficou do lado de um movimento comunista
Logo
depois do armistício de 11 de novembro de 1918, que pôs fim à Primeira
Guerra Mundial, o cabo Adolf Hitler deixou o hospital e retornou a
Munique. Lá, ficou fascinado por um jornalista judeu e fanático
socialista, Kurt Eisner (1867-1919), que era também crítico teatral da
cidade. Kurt Eisner organizou uma revolução que proclamou a Baviera um
estado livre da mornarquia alemã em 1918.
Como membro da 7ª Companhia do 1º Batalhão de Reserva do 2º Regimento de Infantaria da Baviera, Hitler foi nomeado Vertrauensmann (representante). Entre outras funções, ele deveria ajudar o departamento de propaganda do revolucionário Partido Social-Democrata Independente da Alemanha. Em 13 de abril, os soldados dos conselhos de Munique realizaram uma eleição para assegurar que sua guarnição se mantivesse leal à nova república comunista. Como vice-presidente do batalhão, de acordo com o livro de Delaforce, o cabo Hitler era um dos defensores da república comunista, e muitos de seus amigos também apoiavam a instauração. Em 3 de maio de 1919, o a revolução foi massacrada e dissipada.
Como membro da 7ª Companhia do 1º Batalhão de Reserva do 2º Regimento de Infantaria da Baviera, Hitler foi nomeado Vertrauensmann (representante). Entre outras funções, ele deveria ajudar o departamento de propaganda do revolucionário Partido Social-Democrata Independente da Alemanha. Em 13 de abril, os soldados dos conselhos de Munique realizaram uma eleição para assegurar que sua guarnição se mantivesse leal à nova república comunista. Como vice-presidente do batalhão, de acordo com o livro de Delaforce, o cabo Hitler era um dos defensores da república comunista, e muitos de seus amigos também apoiavam a instauração. Em 3 de maio de 1919, o a revolução foi massacrada e dissipada.
Fonte: Revista Galileu
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