Segundo a Unesp, esses túneis podem revelar o comportamento desses animais e o ambiente em que viviam.
A maior concentração de túneis foi descoberta em outubro de 2008, no município de Novo Hamburgo (RS).
O estudo foi apresentado na 24ª Jornada Argentina de Paleontologia de Vertebrados, em Mendoza, no dia 6 de maio.
Geralmente, esses túneis são encontrados totalmente preenchidos pela lama de enxurradas de chuva sedimentada ao longo de milhares de anos e recebem o nome de crotovinas.
Buchmann e seus colaboradores – o geólogo Heinrich Frank e os doutorandos Filipe Caron e Leonardo Lima, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mais a paleontóloga Ana Maria Ribeiro e o mestrando Renato Pereira Lopes, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul – são os primeiros a encontrarem no Brasil os túneis desobstruídos e com marcas das garras e da carapaça do animal que os escavou.
Com as chamadas 'paleotocas', os pesquisadores podem descobrir o que não dá para saber analisando apenas os ossos fossilizados.
- A paleotoca permite estudar quais eram os hábitos dos tatus gigantes - explica Buchmann. A maioria das paleotocas e crotovinas foi encontrada à beira de rodovias, em várias cidades no leste de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Buchmann e seus colegas vêm discutindo que espécie de tatu extinto escavou todas essas tocas no sul do Brasil. Até agora, as evidências sugerem que o escavador foi um tatu dos gêneros extintos Propraopus ou Eutatus.
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