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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sóis podem "despir" planetas gigantes gasosos

O COROT-7b, descoberto em fevereiro, orbita um sol localizado a cerca de 457 anos-luz da Terra


Um planeta rochoso de grande porte recentemente descoberto e definido como uma "super-Terra" talvez seja o núcleo despido de um gigante gasoso que orbitava o seu sol a uma distância curta demais, afirmam cientistas.

O COROT-7b, descoberto em fevereiro, orbita um sol localizado a cerca de 457 anos-luz da Terra. Com massa cinco a oito vezes maior que a terrestre, esse mundo distante é um dos menores planetas que foram identificados até agora fora do Sistema Solar.

À primeira vista, o COROT-7b poderia parecer um planeta rochoso e assemelhado à Terra, posicionado em órbita próxima à estrela de seu sistema.

Mas novos modelos de computação demonstram que esse planeta de um sistema distante, ou exoplaneta, no passado pode ter sido um gigante gasoso com tamanho semelhante ao de Netuno, cuja atmosfera tenha sido lentamente expelida para o espaço devido ao efeito da radiação de seu sol.

O responsável pelo estudo, Helmut Lammer, do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Austríaca de Ciências, e seus colegas queriam determinar de que maneira o vento solar e o clima espacial podem influenciar planetas muito próximos aos seus astros.

De acordo com o seu modelo, um gigante gasoso de tamanho semelhante ao de Júpiter poderia ter sua atmosfera inteiramente arrancada caso percorra órbita em distância inferior a 2% de uma Unidade Astronômica (UA) com relação a um sol semelhante ao do Sistema Solar. Uma UA equivale a 150 milhões de quilômetros, a distância que separa a Terra do Sol.

Planetas gasosos menores do que Júpiter, a exemplo de Netuno ou Urano, podem ser reduzidos a núcleos rochosos caso suas órbitas fiquem a menos de 5% de uma UA com relação ao sol, anunciou a equipe de Lammer durante a Semana Européia de Ciência Espacial e Astronomia, uma conferência realizada em abril na Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido.

Quando os gigantes gasosos sofrem essa perda extrema de massa, disse Lammer, eles terminam por se assemelhar a cometas de dimensões planetárias, porque a radiação de seus sóis faz com que as atmosferas em fuga se distendam na forma de longas e tênues caudas.


Lentamente despidos



Os gigantes gasosos com órbitas próximas às de suas estrelas sofrem maior risco de perda de atmosfera quando as estrelas são jovens e ativas, prevê o modelo.

O COROT-7b orbita sua estrela, um sol vermelho-alaranjado semelhante ao terrestre, a uma distância de apenas pouco mais de 1% de uma UA.

Por enquanto, os astrônomos não estão certos quanto à forma original do COROT-7b. O planeta pode ter sido um mundo terrestre ou gigante gasoso no passado.

O novo modelo significa simplesmente que os cientistas não podem descartar a possibilidade de que o planeta tenha sido um mundo gasoso um dia, diz Lammer.

Caso fosse um planeta semelhante a Netuno, o COROT-7b teria perdido sua atmosfera em um período de cerca de 500 milhões de anos, aponta o pesquisador.

Os cientistas especulam há muito sobre a perda extrema de massa em gigantes gasosos, disse Jean Schneider, astrofísico do Observatório de Paris, na França, que não participou do estudo.

O novo estudo é o primeiro a modelar esse fenômeno de maneira detalhada, ele afirma. Uma maneira de testar a teoria de Lammer, segundo Schneider, seria medir em que velocidade ocorre a perda de gás em gigantes gasosos de órbita próxima aos seus sóis já conhecidos, e comparar esse ritmo de perda ao previsto pelo novo modelo.


Fonte: Terra

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