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segunda-feira, 20 de julho de 2009

A ciência da astronomia dos índios brasileiros


Índios brasileiros sabiam da influência da Lua sobre as marés antes de Isaac Newton formular sua teoria a respeito do assunto. É o que procura demonstrar estudo do astrônomo Germano Bruno Afonso, professor da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul.

Ao observarem o céu quando as águas dos mares e rios se agitavam, os índios brasileiros chegaram à conclusão de que a Lua é a principal causadora das marés. Eles sabiam que a pororoca – o choque das águas do Rio Amazonas contra o mar – ocorria próximo às fases da lua nova e cheia. Este conhecimento era descrito em antigos mitos indígenas.

Em 1632, Galileu Galilei afirmou que a principal causa das marés seriam os dois movimentos circulares da Terra: o de rotação em torno de seu eixo e o de translação em torno do Sol, desconsiderando a influência da Lua. Somente em 1687, Isaac Newton demonstrou que a causa das marés é a atração gravitacional do Sol e, principalmente, da Lua sobre a superfície da Terra.

Segundo o pesquisador brasileiro, antes disso, em 1614, o missionário capuchinho francês Claude d'Abbeville, que esteve no Maranhão, publicou em Paris o livro A história dos padres capuchinhos na Ilha de Maranhão e terras circunvizinhas, em que narra observações do convívio por quatro meses com tupinambás.

No livro, o missionário francês afirma que os tupinambás atribuíam à Lua o fluxo e o refluxo do mar e distinguiam muito bem as duas marés cheias que se verificam na lua cheia e na lua nova ou poucos dias depois.

– Todas as civilizações antigas liam os astros para construírem calendário e buscarem orientações para regular suas vidas – comenta o pesquisador brasileiro.

De acordo com o pesquisador, um dos principais objetivos práticos da astronomia indígena era sua utilização na agricultura. O astrônomo apresentará seu trabalho em julho na Universidade Federal do Amazonas no evento Amazônia: Ciência e Cultura.

– Em outros países, essa disciplina, a etnoastronomia, é muito estudada. Já se sabe muito sobre os incas, maias e navajos, por exemplo. Mas sobre os índios brasileiros, não se conhece nada. Só é possível ampliar o conhecimento sobre eles em trabalhos de campo, porque não existe nada nas bibliotecas – diz o especialista.


Fonte: JB / arquivosdoinsolito

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