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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fenômeno estranho intriga Mulungu, Ceará

Depois de ouvirem um ruído de madrugada, moradores encontraram bananeiras destruídas e alguns cachos de bananas manchados com uma tinta de cor prata.



Um fenômeno estranho tem despertado a curiosidade na população de Mulungu, a 110 quilômetros de Fortaleza.

Algo ainda inexplicável destruiu várias bananeiras de um sítio a dois quilômetros da sede do município, no Maciço de Baturité.

O barulho diferente e as marcas que ficaram têm intrigado os moradores do local. Uma equipe de estudiosos de ufologia foi à cidade ontem (13) estudar a situação.

O caso ocorreu no Sítio Guritiba, na madrugada de sábado. Os moradores foram acordados por um chiado forte, que vinha do lado de fora.

"Era um som como se fosse um ovo fritando em uma frigideira. Depois, ouviram um som como se fosse um metal sacudido pelo vento", conta Francisco Célio Martins, dono do sítio. Ele não dormia no local no momento, mas se surpreendeu com o relato dos moradores.

Segundo eles, viram luzes também, mas preferiram não conferir. A mulher ficou com medo. O homem pensou que eram nuvens que se deslocavam em frente à Lua.

Na manhã seguinte, o filho do casal que mora na casa diz ter sentido um esquisito cheiro de queimado.

Não se sabe de onde vinha. O susto maior veio depois, quando ele percebeu que havia marcas de queimadura nas bananeiras.

Algumas delas estavam dobradas para dentro da touceira. Queimadas no mesmo ponto, estavam todas dobradas no mesmo nível.

Umas bananeiras estavam tortas. Algumas folhas, em vez do habitual preto, tinham a cor marrom. Também foi notada pelos moradores uma tinta de cor prata, grudada nas folhas e nas bananas ainda verdes.

No mesmo dia, crianças da cidade garantem ter visto na areia pegadas em forma oval. "É um caso estranho.

Muitas pessoas já foram olhar, mas tem gente com medo de radiação", descreve Célio Martins. Ele afirma que o que se comenta na cidade é que uma nave espacial tenha tentado pousar na região.

O comerciante Francisco Carlos, que mora em Mulungu, lembra que o caso já aconteceu há alguns anos: "Voltou de novo aquele disco voador. Isso já havia acontecido".

Ele acompanhou o debate pela rádio local, que abordou o assunto, com a participação do pesquisador em ufologia José Agobar Peixoto.

Na cidade, não se fala em outra coisa, cita o comerciante: "Todo mundo está dizendo que Mulungu é rota de disco voador. O comentário aqui é geral".

Francisco Célio Martins, oficial de justiça e dono do sítio onde o fenômeno ocorreu, fotografou as bananeiras e os cachos de banana que continham a tinta prata. A marca foi encontrada também em algumas folhas da planta.




O ufólogo José Agobar Peixoto foi a Mulungu ontem, depois que soube do fenômeno. Visitou o sítio, colheu material, conversou com as pessoas, deu entrevista na rádio local, tranquilizando os moradores.

Ele analisou: "Aqui, de dez em dez anos, sempre ocorrem esses fatos estranhos. É palco de casos muito complicados, como esse problema de bananeiras quebradas. E agora, a coisa está se repetindo".

Segundo ele, vai continuar observando esses fenômenos e verificando a continuidade deles na área.

Agobar viu as bananeiras. "É alto. Não havia como uma pessoa fazer aquilo. Nós colhemos alguns cachos de bananas com marcas estranhas e vamos avaliar", cita o pesquisador.

O pesquisador Agobar narra que, além da história esquisita, há o relato de gente que afirma ter sido perseguida por uma luz na área, na mesma cidade.

O caso teria ocorrido há dois meses, na localidade do Sítio São Paulo. "Algumas pessoas foram para embaixo dos cajueiros, das mangueiras, com medo dessas coisas estranhas por aqui", menciona o ufólogo.


Ouvintes curiosos tiram dúvidas na rádio local



No programa "Cidade em Debate", da rádio Paz FM, de Mulungu, não faltaram questionamentos.

Ao meio-dia, era todo mundo querendo saber mais sobre o fenômeno que já ganhou fama na cidade. Ouvintes ligaram perguntando se era mesmo uma nave espacial, se o aparelho aparecia de dia, se havia perigo de alguém ser resgatado, conta Tony Siqueira, locutor da rádio.

De acordo com o locutor, depois do fenômeno, não faltou mais gente na casa do sítio onde o caso ocorreu. Todo dia, enche de curiosos. A dona da casa está assustada com o grande número de pessoas que têm ido por lá.

Mas, para ele, "a história não é novidade". Tony mesmo admite já ter passado por uma experiência parecida. Voltava da escola, com um grupo de amigos. Quando desceu do ônibus, notou a luz vermelha.

Com medo, correram todos para embaixo de uma mangueira. "Parecia uma antena parabólica. Fazia um barulho simples, como se fosse um ventilador. Demorou uns dez minutos e a luz se apagou", relembra Tony. Faz dez anos que o fato ocorreu.

Há também o caso de que um cachorro havia surgido sem couro na cidade. Ninguém sabe como foi feito isso com o animal. "Mas as pessoas atribuem a um disco voador", explica Tony, garantindo que não é lenda.

Disco voador ou outro objeto não-identificado do tipo, porém, ninguém nunca viu em Mulungu. Tony acrescenta que o período entre os meses de julho e setembro é quando mais surgem esses fenômenos. Não se sabe por quê.

Cogitam até que isso tenha a ver com o clima. Segundo Tony, "muita gente jovem" não acredita no fenômeno nem gosta de falar sobre o assunto.



Fonte: O Povo/arquivosdoinsolito

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