O hacker inglês acusado de ter invadido os computadores do Pentágono e da agência espacial americana (Nasa) perdeu nesta sexta-feira (31) um novo recurso para evitar sua extradição para os Estados Unidos.
A Alta Corte de Washington rejeitou o recurso apresentado pelos advogados de Gary McKinnon -- um desempregado de 43 anos qualificado pela justiça americana como o maior hacker de todos os tempos --, contra a decisão da ministra do Interior, Jacqui Smith. Em outubro de 2008, ela deu luz verde à extradição para os Estados Unidos.
Em um veredicto de 41 páginas, os juízes afirmaram que a extradição era uma "resposta legal e proporcional a sua ofensa".
Promotores norte-americanos acusam McKinnon de desligar toda a rede de mais de 2 mil computadores por 24 horas.
Se for extraditado, McKinnon poderá ser condenado à prisão perpétua. Desde que foi preso em 2002, McKinnon perdeu repetidas tentativas judiciais de evitar a extradição. Ele quer ser julgado em Londres, onde espera conseguir uma sentença mais branda.
Sob o nickname 'Solo', ele agiu sozinho em sua casa no norte de Londres. O autor daquela que foi classificada como a maior invasão sofrida até o momento por computadores do governo americano contou em audiências sua surpresa ante a facilidade com que teve acesso aos arquivos desses computadores.
Seus advogados alegam que seu cliente sofre de síndrome de Asperger, uma forma de autismo, e afirmam que qualquer afastamento de sua família poderá provocar algum trauma e, inclusive, levá-lo ao suicídio.
A campanha de McKinnon ganhou apoio de celebridades, incluindo o cantor britânico Sting e David Gilmour, do Pink Floyd.
Nenhum comentário:
Postar um comentário