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sábado, 1 de agosto de 2009

Estudo explica origem de bolas de gelo em zona de asteroides




Uma reacomodação das posições dos planetas no estágio inicial do Sistema Solar pode explicar como bolas de gelo de origem muito antiga terminaram sendo parte do cinturão de asteroides.

Essa nova hipótese, baseada em uma teoria popular sobre a formação do Sistema Solar conhecida como "modelo de Nice", reverte a posição anterior de que o cinturão de asteroides na verdade representa os restos de um disco protoplanetário que cercava o Sol no início de sua evolução.

"Se o modelo de Nice proceder, então as antigas ideias sobre o cinturão de asteroides têm de estar erradas", diz Harold Levinson, cientista planetário no Instituto de Pesquisa Sudoeste, em Boulder, Colorado.

Levison e seus colegas publicaram na revista Nature sua nova explicação sobre a origem do cinturão.

O cinturão de asteroides é uma faixa espacial com cerca de 176 milhões de km de extensão, entre as órbitas de Marte e Júpiter, que contêm milhões de objetos de diversas formas e tamanhos.

"O surpreendente quanto a esses objetos é que eles demonstram ampla diversidade de composição química", diz Levison.

No limite interno do cinturão, os asteroides parecem rochosos e calcinados, enquanto no limite externo ele abriga objetos gelados contendo água e moléculas orgânicas.


Local de crime planetário


Os astrônomos acreditavam que o cinturão de asteroides representasse os restos congelados do disco protoplanetário que um dia existiu em torno do Sol.

A linha entre rocha e gelo, arrazoavam, era uma "linha da neve", para além da qual planetas grandes e gélidos podiam se formar.

Mas havia problemas quanto a essa interpretação, especialmente no que tange a Urano e Netuno, de acordo com Stuart Weidenschelling, pesquisador sênior no Instituto de Ciência Planetária de Tucson, Arizona, que não esteve envolvido na pesquisa.

As distâncias nas quais esses planetas hoje orbitam, o disco protoplanetário estaria se movendo devagar demais para que eles pudessem se formar da forma devida.

E é aí que entra o modelo de Nice. O conceito, introduzido quatro anos atrás, dispõe que Urano e Netuno se tenham formado a cerca da metade da distância que os separa do Sol no momento. Para além deles, postula o modelo, havia um vasto disco de bolas de gelo semelhantes a cometas.

A formação não era estável, de acordo com Levinson, e "as órbitas realmente se descontrolaram".

Júpiter se moveu para dentro, enquanto Saturno, Urano e Netuno se afastaram todos do centro do Sistema Solar. Ao fazê-lo, catapultaram corpos gélidos do disco protoplanetário inicial para o interior do Sistema Solar.

As novas simulações demonstram que uma fração desses terminaram ocupando órbitas estáveis em torno do limite externo do cinturão do asteróides, e que continuem nelas ainda hoje.

Weidenschelling diz que os trabalhos mais recentes representam mais uma realização para o modelo de Nice, uma proposta relativamente recente. "É mais uma daquelas pecinhas de quebra-cabeça que parecem se encaixar", ele afirma.

Levison acredita que, se o modelo proceder, estudos detalhados sobre o cinturão de asteróides informarão aos astrônomos sobre a evolução inicial do Sistema Solar.

"É como investigar o local de um crime", ele afirma. "A maneira pela qual o sangue está espalhado pelas paredes revela mais sobre aquilo que aconteceu do que o cadáver da vítima".


Fonte: Terra / arquivosdoinsolito

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