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sábado, 15 de agosto de 2009

Lula Gigante

Uma lula que chega a ter sete metros de comprimento e que vive a mais de novecentos metros de profundidade está confundindo os cientistas com seu estranho aspecto e seu comportamento incomum.

WASHINGTON - Uma lula que chega a ter sete metros de comprimento e que vive a mais de novecentos metros de profundidade está confundindo os cientistas com seu estranho aspecto e seu comportamento incomum.

A lula foi vista em todo o mundo - no Golfo do México e nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico - por exploradores submarinos usando veículos especialmente projetados.

"É um verdadeiro mistério", diz Michael Vecchione, do Serviço Nacional de Pesqueiros e do Museu Nacional de História Natural em Washington. Ele descreve a lula na edição desta sexta-feira da revista Science.

"Elas se comportam de modo estranho, mas também têm um aspecto muito diferente", disse Vecchione em uma entrevista. Segundo ele, nenhuma dessas lulas foi capturada até agora, portanto o animal não tem um nome. No entanto, o comportamento do animal, diferente do das lulas comuns, está fazendo com que os cientistas recorram a um palavreado totalmente não-científico.

"Ela é muito mais do que uma nova espécie", disse Vecchione. "Ela é fundamentalmente diferente".

Vecchione disse que a lula não se parece nem age como as lula normais, que tendem a se mover rapidamente. Em vez de ter dois braços e oito tentáculos, o novo animal tem dez apêndices, todos iguais. "Estes braços longos e finos são muito maiores do que o corpo da criatura", ele disse. "Não conhecemos nenhum cefalópode com estas características".

Vecchione, que assistiu a vídeos feitos por robôs e outros obtidos por pessoas a bordo de submersíveis, disse que a lula quase não se move. "Quando o submersível se aproximou de uma delas, ela permaneceu em uma posição característica, flutuando verticalmente na água com os braços abertos".

O oceanógrafo William Sager, da Universidade A&M do Texas, é um dos pesquisadores que fotografou o animal no Golfo do México, durante explorações feitas com o submersível ALVIN. "Nunca vi nada parecido", disse Sager. "A criatura ficava lá, parada, olhando para nós, como se de repente ver o ALVIN flutuando como uma baleia com luzes não fosse nada demais. Fotografamos e filmamos esse animal por cinco ou dez minutos, e depois que viemos à tona começamos a procurar por alguém que pudesse identificá-lo".

Vecchione disse que não é surpreendente que estes animais sejam estranhos. Qualquer criatura que viva a uma profundidade como aquela, com toda a pressão, o frio e a falta de luz, terá um aspecto muito diferente dos seres que habitam profundidades menores.

Os finos tentáculos talvez não sejam usados para agarrar as presas - sua utilidade na maioria das lulas. Em vez disso, eles provavelmente são usados como uma espécie de rede. "Estas longas extensões devem ser realmente pegajosas", supõe Vecchione. "Um desses animais deu um encontrão no submersível e ficou grudado nele. Parecia que estava tendo problemas em se soltar. Talvez a criatura ande pelo fundo do mar procurando por pequenas presas, como crustáceos, para que fiquem presos em seus tentáculos, como uma teia viva".

A criatura não pode ser confundida com as lulas gigantes, uma espécie conhecida. Talvez ela seja a forma adulta de alguns indivíduos jovens encontrados recentemente, diz Vecchione. Estes receberam o nome de Magnapinnidae, que significa "grandes barbatanas". "Todos estes indivíduos jovens vieram do Pacífico, e viviam muito mais próximos da superfície, cerca de 200 metros", diz o cientista. "Mas não seria incomum se elas vivessem na superfície enquanto jovens e fossem para o fundo ao chegarem à idade adulta".

Vecchione diz que a nova espécie faz parte de um conjunto de criaturas incomuns sendo descobertas com o desenvolvimento das tecnologias de exploração subaquática. Ele espera que um programa atualmente em desenvolvimento pelo Consórcio de Pesquisa e Educação, uma organização com sede em Washington, faça novas descobertas sobre a misteriosa lula e outras criaturas das profundezas ao fazer um censo da vida marinha em grandes profundidades. "Acho que existem muitas criaturas estranhas lá embaixo", ele disse. "Toda vez em que alguém desce lá e procura, encontra algo realmente estranho. É hora de dizer eureka".


Fonte: sobrenatural.org

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