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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eusápia Palladino

Eusápia Palladino


As Materializações produzidas pela famosa médium Eusápia Palladino foram frequentes e variadas. As manifestações ectoplasmáticas visuais foram raras. Em geral não passavam de percepções de contato de mãos. Richet, que realizou mais de duzentas sessões com ela, conta que, em numerosas ocasiões, foi tocado por sua mão no lado do seu corpo, nas suas mãos, no rosto, na testa, na nuca e nas costas.

Esta mulher, nascida em Nápoles, Itália, no dia 21 de janeiro de 1854. Morreu no ano de 1918, quando contava apenas 64 anos.
Nascida num ambiente pobre, foi uma mulher simples, ignorante, analfabeta. Tinha uns modos grosseiros e rudes. Estes comentários quem faz é a filha de Lombroso, completando que, apesar de ela ter-se relacionado durante longo tempo com gente educada - grandes sábios a investigaram -, não conseguia aprender bons modos. De costumes bruscos, suas fraudes, quando aconteceram, foram infantis.

Nas materializações de Eusápia só aparecem determinados membros corpóreos do fantasma. A suposta energia emitida pela médium (Telergia) não chega a ter a força suficiente para provocar a aparição completa. Richet, que não acreditava na sobrevivência da vida depois da morte, explicava a fantasmagoria dizendo que se trata de uma matéria chamada ectoplasma, que o médium emite através da cavidade do seu corpo, boca, ouvido, nariz, etc...

Em sessão realizada em Gênova, com o círculo de Minerva, a que assistiam Morselli, Porro, Ramorino, L. Vasallo e o doutor Venzano, surgiu a forma de uma menina que Porro identificou como sua neta. A sessão realizada no dia 21 de dezembro de 1901, sucedeu assim, segundo conta Morselli: "Manifestaram-se duas formas invisíveis na escuridão, mas que puderam ser vistas depois com uma débil luz. Porro percebeu a forma de sua neta falecida. Detrás de uma cortina, pode abraça-la e escutou-a falar com uma voz infantil. Depois chegou a ver um filho de Vasallo, morto aos dezesseis anos. Desta vez, a forma tornou-se visível. Apareceu um óvalo quase fosforescente à direita de Eusápia; moveu-se da esquerda para a direita, lentamente, e desapareceu. Viu-se, com a luz vermelha, um braço e uma mão saindo do gabinete e dirigindo-se a Vasallo. Apareceram depois uma terceira e uma quarta forma."

A mediunidade de Eusapia Palladino marca um estágio importante na história da pesquisa psíquica porque foi ela a primeira dos médiuns de fenômenos físicos a ser examinada por um grande número de homens de ciência.

O transe de Eusapia Palladino vinha sempre acompanhado das violências próprias de seu caráter temperamental. Pelo jeito, os "espíritos" que nela encarnavam não conseguiam domar sua tempestuosa personalidade real "Ao entrar em transe – segundo o diagnóstico de Morselli " - Sua voz era rouca e todas as reações, suor, lágrimas, inclusive a menstruação, aumenta... Faltam os reflexos papilares e tendinosos, tem tremores, amiostenia ... Igual que os faquires, respira com lentidão, passando de 28 inspirações a 15 e a 12 por minuto, o coração aumenta as pulsações de 70 a 90 e até 120; suas mãos ficam tremendo e as articulações se tornam rígidas. Palidez, olhos em branco, movimentos espasmódicos, deglutição frequente." Morselli notou no seu transe todas as características do histerismo: Amnésia; confusão de sua personalidade com a de John King, em cujo nome falava; gestos passionais, ora eróticos, ora sarcásticos; obsessões, sobretudo as de não sucesso nas sessões; alucinações.

Referências:

- Mistérios do Desconhecido - Ed. Século Futuro - Vol 04



Fonte: Sobrenatural.org

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